domingo, 21 de agosto de 2022

CAPITÃO FRONER

 


Carlos Benevenuto Froner nasceu em São Borja-RS, em 19 de novembro de 1919. Começou a orientar times durante sua carreira militar. Quando saiu do Exército, estreou treinando o Grêmio Esportivo Leopoldense, em 1947. Posteriormente comandou diversos times do futebol brasileiro: Aimoré, Floriano, Cruzeiro-RS, Internacional, Grêmio (campeão gaúcho em 1964/65 e 67), Brasil-RS, Ferroviário-PR, Santa Cruz-PE, Flamengo, Bahia (campeão baiano em 1977/78/81/82 e 83), Vasco, Caxias, Joinville (campeão catarinense em 1979), Vitória (campeão baiano em 1980), Juventude, Remo (campeão paraense em 1986), Chapecoense e Pato Branco-PR. Treinou a Seleção Gaúcha, que representou a Seleção Brasileira na Taça Bernardo O’Higgins, em 1966, e dirigiu  Seleção do Resto do Mundo, em 1975.


Em 1962, foi personagem de um dos momentos mais marcantes do futebol gaúcho. Dispensado pelo Internacional, Carlos Froner foi contratado pelo Aimoré. Na penúltima rodada do campeonato gaúcho, daquele ano, o Internacional precisava apenas de um empate para ser campeão. Magoado pela maneira como foi dispensado, Froner motivou seu novo time contra seu ex-clube. O Aimoré acabou vencendo por 3 x 1, em pleno Estádio dos Eucaliptos, e o Internacional perdeu o campeonato para o maior rival, o Grêmio.


Em sua passagem pelo Flamengo, entre 1975 e 1976, Froner foi o responsável por passar Júnior da lateral-direita para a lateral-esquerda, posição onde se consagraria anos mais tarde. Capitão da reserva do Exército, e chamado pelos jogadores e repórteres frequentemente de “Capitão Froner”, sempre foi a principal referência de treinador para Luiz Felipe Scolari. Carlos Froner abandonou a carreira de técnico em 1995, aos 76 anos de idade.


Carlos Froner faleceu em 21 de agosto de 2002, aos 84 anos, em Tramandaí, no litoral gaúcho, após sofrer uma parada cardíaca.

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