O ex-atacante Welves Dias Marcelino, mais conhecido
como Vivinho, morreu em 13 de setembro de 2015, aos 54 anos, no Rio de Janeiro.
Ele sofreu um desmaio em casa, foi levado para o hospital, e acabou não
resistindo. Duas semanas antes de sua morte ele sofreu um trauma na face, em um
torneio no Pará. Na ocasião, ele se chocou com o goleiro adversário e teve
afundamento da face e fratura no nariz.
Nascido em Uberlândia-MG, em 10 de março de 1961, Vivinho
começou a carreira no time da cidade mineira onde nasceu, até um pouco tarde,
em 1982, aos 21 anos, quando fez um teste, passou e logo foi contratado. Ficou
até 1986. Em 1984, foi um dos destaques do Uberlândia na conquista da Taça de
Prata. De lá, se transferiu para o Vasco, ficando em São Januário até 1990.
Atuou em 188 jogos e marcou 42 gols. Conquistou o bicampeonato carioca de
1987/88, e o brasileiro de 1989. Ainda defendeu o Botafogo, Atlético-PR, Goiás,
Fortaleza e novamente o Uberlândia, em 1996, encerrando a carreira na
Cabofriense, em 1997.
Convocado por Sebastião Lazaroni, Vivinho atuou em 4
jogos e marcou um gol pelo Brasil, sendo 3 oficiais, na temporada de 1989.
No dia 11 de setembro de 1988, Vivinho marcou um
golaço pelo Vasco. Vamos aos detalhes:
Em São Januário, o Vasco enfrentava a Portuguesa de Desportos, pela terceira rodada da Copa União. Essa partida ficaria para sempre marcada na memória da torcida vascaína, não por ter sido uma goleada, nem pelo desempenho da equipe em campo. A partida seria eternizada pelo gol de Vivinho, logo no primeiro minuto do segundo tempo, um dos mais bonitos da história de São Januário e, porque não dizer, do futebol brasileiro.
O Vasco venceu a Lusa
por 4 a 2. Descrevendo o lance em questão:
Zé do Carmo lança Vivinho, que mata a bola na entrada
da pequena área em frente ao volante Capitão. Na busca por um espaço para
chutar, Vivinho dá um lençol em Capitão. Ainda não satisfeito com a posição
para o chute, Vivinho dá o segundo. Capitão não desiste, parte pra cima de
Vivinho e toma o terceiro lençol. Vivinho encontra, enfim, o espaço que buscava
e bate de esquerda, sem chance para o goleiro Valdir Peres. A torcida vai ao
delírio. O gol de “placa” ganhou uma “placa” em São Januário. No entanto, essa
mesma placa foi retirada em 1991 por ordem do mandatário vascaíno, após o
Vivinho ajudar o Botafogo a eliminar o Vasco da Copa Rio. Coisas do futebol
brasileiro e do amadorismo de seus dirigentes.
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