O ex-atacante Paulo de Almeida, mais conhecido como Paulinho, nasceu em Campos dos Goytacazes-RJ, em 15 de setembro de 1933. Tornou-se titular do Goytacaz, de sua cidade natal, aos 16 anos, e a partir de 1951 foi para o juvenil do Flamengo, levado pelo ex-presidente Gilberto Cardoso.
Fez
parte do chamado “rolo compressor” rubro-negro, formado também pelo paraguaio
Benitez, Esquerdinha, Dida, Joel e Evaristo de Macedo, que deu o tricampeonato
carioca ao Flamengo em 1953/54/55. Paulinho não participou da campanha de 53,
mas foi o autor do gol da vitória contra o Vasco, aos 43 minutos do 2º tempo,
que deu o título de 1954. O jovem ponta-direita torna-se ídolo dos
rubro-negros. Foi o artilheiro do Campeonato Carioca de 1955, com 23 gols. As
atuações pelo Flamengo – 143 jogos e 58 gols marcados – o levaram para a
seleção brasileira, em 1956. Vestiu a camisa do Brasil em 6 jogos e marcou 1
gol, todos oficiais.
No ano seguinte, veio a decepção. O Flamengo resolve
vender Paulinho para o Palmeiras e o seu futebol não foi mais o mesmo, como ele
mesmo declarou: “Eu não queria ir. Adorava o Flamengo e, naquela época, jogar
bem no Flamengo era garantia certa de estar na seleção. Me venderam e nunca
mais fui o mesmo”. Jogou no Palmeiras de 57 a 59, marcando 42 gols em 109
jogos. Insatisfeito com a reserva e com problemas com o técnico Oswaldo
Brandão, aceitou um convite do River Plate e foi para a Argentina, em 1960.
O futebol apresentado já não era o mesmo e ainda atuou
pelo Estudiantes, também da Argentina, e no futebol venezuelano, onde encerrou
a carreira no Desportivo. Depois de perder os bens em negócios que não deram
certo, fato corriqueiro no meio dos boleiros, passou seus últimos anos de vida
no balneário de Atafona, em São João da Barra, cidade próxima a Campos, morando
sozinho e de favor numa pequena casa, contando com a ajuda de um parente para
sobreviver. Ele tinha um sonho de rever os amigos do Flamengo e, poucos meses
antes de sua morte, foi homenageado em um evento na sede social do clube,
reencontrando velhos companheiros de time.
Em setembro de 2013 completou 80 anos, e veio a
falecer menos de dois meses depois, vitimado por um enfisema pulmonar, em 8 de
novembro, na cidade de Campos.
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