Zoroastro Augusto Pinto
de Brito (Zó) e Clemente Gregório de Brito (Kel), são baianos de Vitória da Conquista,
onde nasceram em 16 de maio de 1964. Filhos de um rico fazendeiro de café e gado
– que chegou a oferecer uma plantação de 20.000 pés de café para eles
desistirem do futebol – o que não foi suficiente para interromper o sonho dos
gêmeos.
Iniciaram a carreira
nas divisões de base do extinto Conquista, em 1978. Juntos foram para o Serrano,
de Vitória da Conquista, e também jogaram no América (RJ) e no Goytacaz, de Campos.
Inclusive, em 1987, o time do interior fez uma excelente campanha no campeonato
carioca e eles foram destaques. O técnico Antônio Leone, ao assumir o time
campista solicitou a contratação de ambos, com quem havia trabalhado no América.
Depois atuaram por
alguns times do interior paulista, entre eles, União São João de Araras. Kel
teve uma rápida passagem pelo Corinthians, em 1993, marcando dois gols em sete
jogos. Teve o azar de perder dois pênaltis em uma semana – contra Bragantino e Santos
– e caiu em desgraça com a torcida. Kel ainda jogou no Marília, Remo, Paysandu,
Novorizontino, São Caetano e Figueirense.
As histórias são
muitas. Gols de Kel, algumas vezes, foram creditados ao irmão Zó, e vice-versa.
Em outras vezes, um era advertido pelo juiz por infração cometida pelo outro. E
quantas vezes os técnicos não passaram descomposturas no ponta de lança, certos
de que estavam falando com o centroavante, conforme relatado em uma reportagem
da revista Placar, de 1983, sob o título “Gêmeos em campo, que confusão!”,
assinada por Washington de Souza Filho.
Por cerca de um mês
estivemos juntos no Goytacaz, no início de 1987, e posso afirmar que eram muito
parecidos, além de simpáticos e atenciosos. O que ajudava na identificação era
o formato de rosto mais fino do Kel, e uma verruga acima do queixo, no lado
esquerdo do rosto de Zó.
Para minha tristeza
perdi todas as fotos que tirei naquele período, pois o rolo do filme estava
danificado e não consegui aproveitar nenhuma das 36 ao revelar. Naquela época
era comum ocorrer tal fato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário