O jogador ARI ERCÍLIO morreu afogado enquanto pescava
na Gruta da Imprensa, ao lado da Avenida Niemayer, no Rio de Janeiro, em 18 de
novembro de 1972, aos 31 anos. Gaúcho de Porto Alegre, onde nasceu em 18 de
agosto de 1941, antes de chegar ao Fluminense, em 1972, Ari jogou no
Internacional, Corinthians, Floriano de Novo Hamburgo (RS) e no Grêmio. Em
todos os clubes foi considerado um atleta exemplar. Já estava bem ambientado ao
grupo do Tricolor e fez apenas 21 jogos no curto período antes de sua morte.
Forte, alegre, exemplo de atleta – uma das melhores
condições físicas do time –, Ari Ercílio chegou para brilhar, mas infelizmente
sua estrela apagou muito cedo. Sua chegada foi cercada de carinho e muita
promoção. Jogou bem algum tempo e estava afastado de forma passageira para
recuperar sua melhor condição técnica. O técnico Pinheiro já pensava em
lançá-lo no time a qualquer momento.
Num dia de folga, Ari pegou a esposa e foi pescar na
Gruta da Imprensa, ao longo da Avenida Niemayer. Já no fim da tarde, quando se
preparava para voltar para casa, escorregou na traiçoeira rocha e caiu ao mar.
Um mar forte, perigoso. Ele lutou desesperadamente para subir de novo na pedra
– um erro, segundo os pescadores, que aconselham nadar para longe das pedras em
vez de lutar com as ondas. E Ari Ercílio desapareceu para sempre. O corpo
apareceu cinco dias depois, na praia do Pepino, arrastado pelas águas.
Deixou a viúva e duas filhas pequenas. Tinha tanta
confiança em sua vida bem regrada que sempre dizia: “Jogo fácil até os quarenta
anos”. Jogou até os 31.
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