Garrincha e Elza Soares cercados de crianças
Nota: reportagem de Hélcio José e fotos de Hélio
Passos. Não tenho a informação da revista.
Pesquisa, restauração e transcrição: Fábio Pirajá
(administrador do grupo Memória Capixaba)
Craque se recupera nas areias monazíticas de Guarapari
a pedido do Dr. Roberto Calmon, em 1963.
Nas areias monazíticas de Guarapari, Garrincha foi
buscar a sua fonte de rejuvenescimento. Para o jogador bicampeão do Mundo, a
cura de seu joelho significa muita coisa, o tricampeonato deste ano, a Copa de
66, e principalmente a sua carreira de jogador de futebol Garrincha levou Elza
Soares e boa vontade de cooperar com o Dr. Roberto Calmon, cujo desejo, além do
de curar o ponta-direita botafoguense, é fazer da praia de Guarapari um centro de
recuperação para jogadores lesionados. Mas o desejo do craque era ficar só, longe
do zelo excessivo de seus admiradores.
O Botafogo consentiu que Garrincha ficasse sete dias em
Guarapari, Espírito Santo, cumprindo ordens do médico Jorge Sardinha. O craque foi
em busca da última esperança de cura para o seu joelho doente, o mesmo que o
afastou dos gramados há vários meses.
Garrincha não foi só. Além da esperança, levou consigo
a cantora Elza Soares, seu novo e proibido amor. Na bagagem de recomendações,
um lembrete importante: o tratamento abrangeria 2 horas diárias, pela manhã e
tarde. Em Guarapari todos os caminhos conduzem à praia de areias monazíticas.
Antes, porém, o jogador visitou o Dr. Roberto Calmon, o mais antigo médico da
cidade, hoje no cargo de Prefeito Municipal, para cuidar do joelho mais caro do
Mundo. Com sua experiência e conhecimentos, Dr. Calmon examinou o cliente
famoso e Indicou o tratamento que, segundo suas próprias palavras, é o mais
adequado. Disse, também, que garantia a entrega de Garrincha inteiramente
curado em 30 dias.
A princípio a diretoria do Botafogo fez cara feia. Mas
o Dr. Calmon jogou com a responsabilidade e fez gestões junto cúpula do clube a
fim de que o ponta-direita ficasse sob seus cuidados por um mês.
Durante o exame, Garrincha revelou não sentir mais
nada no joelho direito, e sim na outra perna; "de tanto forçar por causa
da atrofia". Dr. Calmon não se importou com a revelação e deu as
instruções necessárias para o tratamento.
Garrincha e foram à praia. Claro está que não havia
banda de música para recebê-los. A frieza que o casal encontrava no Rio, nos
últimos meses, não viajou para Guarapari. Não havia banda, mas aplausos.
Garrincha e Elza foram saudados por palmas e votos de pronto restabelecimento.
Os maiores fãs de Garrincha são os garotos. Muitos
deles juntaram a melhor areia da praia para colocá-la sobre o joelho enfermo do
campeão. No primeiro dia, um menino tirou a própria camisa para carregar areia
para o seu ídolo.
Mané Garrincha, meio sem jeito pelo excesso de carinho
dos habitantes, será por algum tempo apenas um cliente da areia milagrosa de
Guarapari.
GARRINCHA o jogador maus injustiçado do futebol mundial foram sacana com MANE
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