domingo, 26 de janeiro de 2025

MEUS AMIGOS, FUTEBOL NÃO É GUERRA!

 






A temporada mal começou e as cenas lamentáveis, dentro e fora de campo, em Curitiba, e entre torcedores do Fortaleza, nos assustam ainda mais.

 

A diversão deveria ser o prato principal. Ganhar ou perder faz parte do esporte; matar ou morrer é coisa de bandido, não de torcedor. Algumas pessoas extrapolam em seus sentimentos e perdem a razão. Esses confrontos entre “marginais travestidos de torcedores” afugentam cada vez mais o cidadão de bem que sai com sua família para se divertir, e corre o sério risco de perder um ente querido.

 

Dentro de campo está muito próximo de ocorrer uma tragédia entre os atletas. Eles não têm noção – ou têm? – que atitudes desse tipo inflamam ainda mais aquele torcedor que já vai para o estádio com segundas intenções.

 

Os mesmos torcedores que brigam entre si são aqueles que invadem os centros de treinamentos para cobrar resultado do elenco. E lá, em seu local de trabalho, os “atletas brigões” ficam acuados e depois reclamam da atitude violenta de sua torcida. Já não se faz mais ídolos como antigamente... Muito longe disso.

 

O nosso futebol, dentro e fora de campo, já não anda bem das pernas faz algum tempo, mas a violência inserida em parte da torcida é um fator cada vez mais recorrente e cresce em escala e proporções inimagináveis.

 

Não é de hoje que o país passa por uma profunda crise moral e ética, em meio à falência das instituições. E o resultado de tudo isso está em nosso dia a dia, em que a sociedade é o reflexo de tudo. Quase que diariamente somos “surpreendidos” com o noticiário de acontecimentos trágicos, principalmente de balas perdidas, que de perdidas não têm nada.

 

A impunidade é a mãe da reincidência. Na medida em que não se pune, não se apura os fatos com o devido rigor, isso gera um estímulo para as pessoas acharem que está tudo solto, à vontade. Tudo isso é manifestado no deboche dos criminosos.

 

O futebol é mais um segmento na triste estatística de crimes que ficam impunes e retrata com muita propriedade o momento sombrio que vivenciamos, num todo, sem exceções. O que nos resta é uma profunda reflexão: a mudança está em cada um de nós.

 

Os "digníssimos dirigentes” têm uma parcela de culpa muito grande nessa questão, pois diversos deles, até para se perpetuarem no poder, subsidiam grande parte das torcidas organizadas. Aí você, meu amigo leitor, pergunta: organizadas? Sim, respondo: organizadas para grupos de facções criminosas.

 





sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

VACARIA: MAIS UM DESTAQUE DO COLORADO DOS ANOS 1970

 


Olávio Dorico Vieira, conhecido como Vacaria, ex-lateral do Internacional no vitorioso time dos anos 70, morreu em 30 de julho de 2016, aos 67 anos, de falência múltipla de órgãos, devido a complicações de saúde decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), sofrido em 2013. Em 2015, ele foi diagnosticado como portador de hepatite.


Natural de Urussanga-SC, onde nasceu em 26 de janeiro de 1949, ele começou a jogar futebol aos 16 anos, no Glória de Vacaria. Dois anos depois, tornou-se profissional e começou a atuar pelo 14 de Julho de Passo Fundo. O apelido “Vacaria” veio em função do nome da cidade onde iniciou sua carreira.


Foi em 1970, após uma grande temporada no14 de Julho, que Vacaria foi, então, para o Internacional. Apesar de ter feito parte do grupo campeão gaúcho nos anos de 70 e 71, o lateral não se firmou como titular e foi emprestado ao Figueirense em 1972. Era um excelente marcador e tinha um potente chute de canhota.


No ano seguinte, retornou ao Inter e foi peça importante nas equipes comandadas por Dino Sani e Rubens Minelli. Ao lado de craques como Carpegiani, Falcão e Figueroa, Vacaria participou do time que conquistou o bicampeonato brasileiro em 1975/76. Foi campeão gaúcho em 1970/71, 1973/74/75/76. Pelo Figueirense conquistou o catarinense de 1972. Teve uma breve passagem pelo Palmeiras, onde encerrou a carreira em 1978, marcando 1 gol em 29 jogos.


Posteriormente trabalhou como técnico entre os anos de 1981 e 2008, dirigindo inúmeras equipes do interior gaúcho e mais algumas da região sul do país. Seu último trabalho foi no Sinop, de Mato Grosso.

 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

AMARAL: UM ZAGUEIRO DE CLASSE

 


João Justino AMARAL dos Santos nasceu em Campinas–SP, em 25 de dezembro de 1954. Zagueiro de futebol clássico que dominava as jogadas à base da técnica e tranqüilidade. Sabia sair jogando com muita categoria. Amaral era o tipo de jogador que o torcedor admira e vislumbra o mesmo atuando com a camisa de seu time de coração. Finalizando: foi um baita zagueiro!


No Guarani, de Campinas, mostrou suas credenciais e o Brasil passou a respeitar o zagueiro de estilo sóbrio que tomava conta do setor defensivo. Foi titular do Brasil na Copa do Mundo de 1978, na Argentina, a única que disputou. Vestiu a camisa da Seleção em 56 jogos, sendo 40 oficiais.


O Corinthians foi seu próximo destino e fez parte do time campeão paulista em 1979. Jogou entre 1978 e 1981, vestindo a camisa alvinegra em 133 jogos e marcando um gol. Quando disputou a Copa, já era jogador corintiano, mas ainda não havia estreado.


Depois do Corinthians jogou no Santos, América (campeão mexicano em 1984), Leones Negros, também do México, e Blumenau, de Santa Catarina, onde encerrou a carreira em 1987.


Amaral, carinhosamente chamado por “Feijão”, vinha sofrendo com problemas de saúde e lutou enquanto teve forças contra um tumor que gerou metástase e se espalhou pelo corpo. Em 31 de maio de 2024, aos 69 anos, na capital paulista, veio a óbito.