Tradicionalíssimo clube de Leopoldina, da Zona da Mata
mineira, completa 114 anos de sua fundação neste dia 27 de agosto.
O melhor momento do Dragão da Zona da Mata foi no
final dos anos 80 e início dos anos 90, quando conquistou a terceira divisão do
Campeonato Mineiro e foi vice-campeão da segunda divisão do Estadual.
No ano de 1991 o Ribeiro Junqueira chega à elite do
futebol mineiro, estando compreendido a chave 2 daquele campeonato. O clube
ficou na mesma chave do Atlético Mineiro e o Democrata de Governador Valadares.
Mais a fraca campanha fez com que o clube fosse eliminado. Disputou o Grupo da
Morte, onde os dois últimos foram rebaixados para o Módulo II do Campeonato
Mineiro de 1992.
Nota: transcrevo a seguir dois parágrafos exemplificando
a forte ligação do Ribeiro Junqueira com um craque miracemense, e a história do
clube com Telê Santana.
A juventude chegou e com ela Maninho partiu para
realizar o sonho de criança. Miracema ficou pequena e a cidade mineira de
Leopoldina, na Zona Mata, recebeu de braços abertos o jovem jogador que, aos 21
anos, começou a sua trajetória defendendo as cores do E. C. Ribeiro Junqueira,
um time quase imbatível naquela época em toda a região. Até hoje tem o seu nome
reverenciado na história do clube, junto aos demais companheiros que formaram,
senão o melhor, um dos maiores esquadrões do Ribeiro Junqueira. Em 2011, nas
comemorações do centenário, Maninho foi homenageado pelo clube mineiro.
Representado pelo seu filho – Celso – foi entregue uma placa comemorativa pela
sua atuação no “ESCRETE DE OURO”, na década de 40. São poucos os clubes
profissionais do Brasil que reverenciam e prestam homenagens aos seus ídolos. O
clube mineiro tem por tradição tratar com muito carinho e respeito seus
ex-jogadores.
Com relação a esse time do Ribeiro Junqueira, o Brasil
ficou conhecendo sua fama através dos depoimentos de Telê Santana. Na
preparação para a Copa do Mundo de 82, na Espanha, nas páginas da revista
Placar, o ex-técnico lembrou aquele time que tanto marcou a vida do menino Telê
– com técnica e talento ao lado de tática e preparo físico. Doze anos depois, precisamente
em 28 de agosto de 1994, em uma entrevista concedida ao Jornal do Brasil, Telê
voltou a citar que foi inspirado nesse time que brilhou no interior de Minas,
na década de 40, que ele montou a Seleção de 82 e o São Paulo campeão mundial
interclubes de 92: Manganga, MANINHO e Baptista; Itim, Domício e Quadrado;
Vicente, Geraldinho, Daher, Caturé e Elair. Assim ele descreveu: “Eu digo que,
aos 11 anos de idade, vi um time jogar lá na minha terra, em Itabirito, e nunca
mais esqueci a sua escalação. Fiquei abismado ao ver um time jogar tão bem, eles
jogavam por música. O time era o Ribeiro Junqueira, de Leopoldina, no interior
de Minas Gerais, e tinha a camisa parecida com a do Flamengo. Esse time jogou
em todo o interior de Minas e ganhou de todo mundo”. Essa história ficou tão
marcante em sua vida, que na sua biografia “Fio de Esperança”, tem um tópico
dedicado ao Ribeiro Junqueira.
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