Carlos Martins da Rocha foi um dos personagens mais importantes da história do Botafogo. Nascido no Rio de Janeiro, em 11 de novembro de 1894, jogou, treinou e presidiu o clube que tanto amou. Por sinal, foi campeão carioca de 1912 como atleta, de 1935 sentado no banco de reservas, e de 1948 como presidente. Foi ele quem deu a primeira oportunidade ao ex-jogador Zezé Moreira, ainda jovem, para assumir o comando técnico do time principal do Botafogo, e conquistar esse título carioca de 48.
Houve época no futebol
brasileiro que a palavra “cartola” não tinha conotação negativa. O Carlito Rocha era um deles, talvez o maior
de todos. Dono de uma fábrica de tecidos
ficou pobre de tanto ajudar o Botafogo. Mas foi, com certeza, o maior alvinegro
a intervir decisivamente na história do clube.
Tanto amor, tanta
devoção, fez com que ele recebesse todas as homenagens possíveis do clube. E
também a maior tristeza. Em 1976, o
Glorioso vendeu seu maior patrimônio para a Companhia Vale do Rio Doce e foi
para Marechal Hermes. Ele jogou na primeira partida do Estádio de General
Severiano, em 1916. No final dos anos 70, costumava levar rosas e colocar na
antiga sede do clube.
Quis o destino que ele
morresse sem ver o time retornar à sede, em 12 de março de 1981, em decorrência de problemas cardiovasculares e
renais.
Outra marca registrada
do Carlito Rocha era a supertição. Chegava ao extremo de descer de um táxi cujo
motorista desse marcha à ré. Quando o dia amanhecia nublado, certamente o
Botafogo não iria ganhar a partida que ocorreria mais tarde. E o Biriba? Quase
todos os botafoguenses conhecem a história do cachorrinho que virou símbolo do
clube no título carioca de 48, e acabou adotado pelo saudoso cartola. O animal,
por sinal, passou a ser figura obrigatória nos estádios onde o clube jogava,
inclusive durante excursões pelo exterior.
Meu pai começou a torcer pelo Botafogo em 1948..
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