Foto Luiz Paulo Machado - Revista Placar
O Rei nos deixou em 29 de dezembro de 2022, na capital paulista, após lutar dois anos contra o câncer. Nos últimos dias de vida o tratamento contra a doença já não surtia o efeito esperado. Há tempos Pelé vinha sofrendo com sérios problemas na coluna.
Aqueles
que duvidam dos feitos de Edson Arantes do Nascimento, principalmente com a
camisa canarinho, argumentam que era muito fácil para Pelé jogar ao lado de
tantas feras, desde Garrincha, Nilton Santos e Didi, em 1958, até Gérson, Tostão
e Jairzinho em 1970. Que ninguém nos ouça, mas ser o astro maior daquela
constelação não deveria ser algo assim tão simples.
Muitos
afirmam que, naquela época, era mais fácil jogar futebol, com mais espaços em
campo e a preparação física dos marcadores, muito aquém do que temos
atualmente. Os mesmos críticos esquecem
que durante boa parte de sua carreira ainda não existiam os cartões amarelo e
vermelho e os zagueiros não aliviavam. Isso sem contar outras condições
precárias que envolviam o esporte num todo, que em nada se compara aos recursos
tecnológicos que foram se aperfeiçoando ao longo dos anos.
Você, amigo leitor, já deve ter ouvido que diversos craques do passado não jogariam nesse futebol de hoje. Quer dizer, então, que só o Messi, o Critiano Ronaldo e o Neymar jogam assim: driblando, correndo com a bola dominada, fazendo lindos gols, sendo craques também em assistências. O Pelé, não? Gerson, não? Tostão, não? Zico, não? O que esses caras fazem hoje, os gênios das "antigas" faziam da mesma forma, igualzinho. Resumindo: aqueles que chamamos de "craque", no melhor sentido da palavra, joga em qualquer época e contra qualquer adversário.
Esse tipo
de comparação não é somente direcionado ao Rei, mas a inúmeros craques que
desfilaram sua genialidade até os anos 80, a última década romântica do futebol
brasileiro. Seguindo no discurso daqueles que teimam em ignorar os feitos magníficos
e inigualáveis do Rei do Futebol, insistem nas comparações que ele não foi tão
decisivo como Garrincha em 1962, Maradona em 1986 ou Romário em 1994.
Exemplificando
apenas a sua participação na Copa de 1970, no México - a última que disputou - dos gols assinalados pelo Brasil, Pelé
marcou 4 e deu mais sete assistências, totalizando 11 participações nos 19
gols, ou seja, 58% deles. Sem contar outros lances maravilhosos que não
terminaram em gols, mas até hoje são reprisados e dignos de se reverenciar.
Na minha maneira de avaliar um jogador das antigas, não é necessário tê-lo visto jogar para
reconhecer tudo o que ele fez dentro das quatro linhas. A história existe para
ser contada e os registros do passado - apesar de não tão numerosos - nos ajudam a ilustrar e
confirmar os fatos apresentados, como os de hoje serão no futuro, com a vantagem de uma quantidade maior de imagens para se mostrar. Os brasileiros têm por costume não gostar de
leitura e tampouco se interessar pela sua história – com o agravante de
valorizar mais o que é estrangeiro. Esse é um grande diferencial em uma
discussão não somente direcionada aos fatos esportivos, mas a diversos outros temas.
A leitura é uma viagem fantástica junto ao conhecimento (estima-se que em
média, cada brasileiro leia pouco mais de dois livros por ano. Na Europa, em
alguns países, chega-se a surpreendente marca de 8 livros por ano. Acho que
isso explica alguma coisa).
O assunto
em questão é o Pelé e voltemos a ele. É muito fácil para qualquer jovem de hoje
dizer que o Messi é melhor do que Pelé. Difícil será o Messi alcançar os
números e conquistar os títulos que o Rei conseguiu. O Messi é um gênio e
daqui a 50 anos será lembrado como tal.
Em tempo: não está
em discussão o Edson cidadão, mas o Pelé jogador. Refiro-me a esse tópico, pois
já ouvi diversos comentários que o Pelé “não fez isso ou deixou de fazer
aquilo” - em sua vida particular - o que não vem ao caso no tema abordado. Quem sou eu para argumentar sobre esses pormenores.
Finalizando,
seria, com certeza, perda de tempo, e de espaço, repetir o que todos têm pleno
conhecimento: que Pelé, em 22 anos de carreira, colecionou todos os títulos
possíveis; que Pelé é o único craque de futebol tricampeão mundial pela seleção; que Pelé estabeleceu o recorde, ainda não ultrapassado, de 1.281 gols em 1.362
partidas; que Pelé foi e continuará sendo reverenciado por reis, presidentes,
papas, grandes personalidades e pobres mortais; que Pelé é uma das figuras mais
populares do planeta; que Pelé, enfim, com seu talento inigualável,
praticamente reinventou o futebol. É quase que impossível definir com exatidão
a importância de Pelé no cenário do esporte mundial. Pelé é um “Patrimônio
Esportivo da Humanidade”.
O PELÉ NÃO É DO SANTOS E NEM DO BRASIL, É DO MUNDO E CONTINUARÁ VIVO; O ÉDSON ERA DA D. CELESTE E DO DONDINHO, E MORREU.
Sou mineiro e resido em San Diego, no Estados Unidos. A sua crônica sobre o Pelé ficou excelente. Quem foi Rei nunca perde a majestade. Um grande abraço aos meus amigos e familiares de Teófilo Otoni. Felipe José
ResponderExcluirFico muito satisfeito pela sua participação e apareça sempre. Um abraço!
ExcluirNenhum ponto e nem virgula, acrescentar o que?
ResponderExcluirA história do Rei Pelé é muito grande e sempre tem algo a acrescentar. Obrigado pela participação! rsss
ExcluirA pepita era esférica.
ExcluirA cancga
pele nao se comparar,com nenhum jogador,e inigualável
ResponderExcluirQualquer comentário contrapondo os feitos do Pelé e o que ele signigica no Futebol Mundial!! Deveria ser proibido de ser publicado e qualquer mídia ecistente nos países onde sr pratoca p Futebol!!
ResponderExcluirNão está deste planeta
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