Esperei o fim do carnaval para expor minha opinião sobre o
mimimi, ou seria preconceito, de alguns Blocos que deixaram de
cantar as “marchinhas politicamente incorretas”, em virtude das letras que
podem ser consideradas preconceituosas. Cresci ouvindo essas músicas e brinquei
carnaval curtinho todas elas, sem nenhum tipo de problema ou preconceito. “Olha a cabeleira do Zezé, será que ele
é?”; “O teu cabelo não nega, mulata”; “Maria sapatão, sapatão, sapatão, de dia
é Maria, e de noite é João”.
Diante da crise moral pela qual passa o nosso país, com a
classe política “atoladinha” em um escândalo atrás do outro, ainda temos que
aturar alguns grupos que levantaram essa bandeira persecutória contra as letras
das tradicionais marchinhas, tão cantadas ao longo dos carnavais.
Eles não percebem o quanto são usados por uma corrente de
demagogos e hipócritas que conseguem cada vez mais dividir a sociedade
brasileira. Esse mesmo grupo que tanto critica a censura serve muito bem aos interesses daqueles que destroem a
nossa própria identidade em nome de suas visões deturpadas, e ajudam a construir
um país que repudia o seu passado cultural.
Para citar apenas um exemplo, o Bloco Mulheres Rodadas – que
surgiu de um movimento feminista, algumas dessas músicas ficaram fora do
repertório. Os cortes de determinadas letras acontece após discussões internas.
Uma das componentes afirmou que letras “ofensivas” não devem ter espaço em uma
manifestação popular.
Quero deixar bem claro para os leitores do blog, que não
tenho nenhum tipo de preconceito, seja ele de qualquer segmento. Tenho opinião
formada sobre esse tema e procuro respeitar a todos, independente de cor, raça,
crença, classe social ou opção sexual. A sustentabilidade da vida depende do
respeito mútuo.
Mas esse imbróglio das “marchinhas
politicamente incorretas” poderia ter sido evitado e seria menos uma
polêmica em um momento tão conturbado e violento que assola a nossa sociedade.
O tema rendeu e foi repercutido em todos os cantos do país. Gostaria de ver o
repúdio desses grupos contra as letras “pornográficas” de alguns funks. Sonhar não custa nada!
É muita gente querendo aparecer. Na falta do que fazer, ficam criando polêmicas que não levam a nada. Gostei muito do que você escreveu no final do texto, sobre as letras pornográficas dos funks, isso sim, é que uma vergonha! Meu nome é Geraldo Carvalho e moro em São Fidélis.
ResponderExcluirO mundo tá muito chato
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