quinta-feira, 23 de novembro de 2017

RONALDO MONTEIRO: MAIS UM FILHO DE MIRACEMA QUE HOJE É SÓ SAUDADE...

Ronaldo e Fernando
Vamos relembrar do nosso conterrâneo e amigo Ronaldo, também conhecido como "motorzinho" ou "perereca", que já não está entre nós há algum tempo. Ele faleceu em Itaperuna, em 15 de maio de 2008, ainda muito jovem, aos 40 anos. 

Quando mais novos travamos embates pelos campeonatos de juniores aqui de Miracema, ele atuando defensivamente pela direita, e eu pela esquerda. Bons tempos do nosso Campeonato Municipal, nas categorias principal e de juniores, com os estádios sempre cheios.

Nascido em 5 de março de 1968 e criado numa família de desportistas, seus irmãos Fernando e Renato já se destacavam no futebol regional, Ronaldo Monteiro da Silva, ainda jovem, já demonstrava seu valor e Miracema acabou ficando pequena para o garoto criado na Rua da Laje e que desde pequeno só queria saber de bater uma bola no estádio Plínio Bastos de Barros, localizado a um quarteirão de sua casa.
Em 1990 com o técnico Paulo Massa. 

Foi um lateral de ótimos recursos técnicos, forte na marcação e muito objetivo ofensivamente. Uma de suas qualidades principal era o certeiro e potente chute. Brilhou no Porto Alegre/Itaperuna no final dos anos 80 e na década de 90, deixando seu nome marcado na história do clube. Até hoje é lembrado com muito carinho e saudade pelos amigos que compartilharam com ele momentos únicos e inesquecíveis vividos em Itaperuna.

Itaperuna (1989) - Em pé: Cláudio Gomes, Jair, Januário, Chicão, Zé Carlos
e Ronaldo; agachados: Alexandre, Agnaldo, Cacaio, Alcer e Douglas. 

Figurinhas do Carioca de 1997
Suas atuações quase o levaram para o Flamengo, que demonstrou interesse em contar com seu futebol. Surgiram alguns pormenores e a negociação acabou não se concretizando. Ronaldo perdeu uma oportunidade única de alcançar um patamar bem acima defendendo as cores do rubro-negro carioca. Rodou pelo sul do país e jogou no Brasil de Pelotas (RS), Esportivo de Bento Gonçalves (RS) e Foz do Iguaçu (PR). Atuou também pelo Apollo, de Arraial do Cabo, em 1994, na disputa da segundona carioca.
   
Ficou a certeza que fatores extracampo prejudicaram a sua carreira. Carreira essa que poderia ter sido de sucesso, pois futebol para isso ele tinha.  

Descanse em paz, meu amigo!

Nota: entrevistei para o blog dois ex-companheiros do Ronaldo em Itaperuna – Alexandre e Alcer –, e solicitei dos mesmos algumas palavras sobre o amigo. Assim eles o fizeram:

Alexandre – “Uma criança grande que só me deu alegrias. Era como se fosse meu filho.”


Alcer e Ronaldo 
Alcer – “Irmão, amigo, humano, uma pessoa totalmente do bem. Tomei muitas broncas do Roberto Sued – dirigente do Porto Alegre – por causa dele, mas no final tudo acabava bem. Ele queria pedir um vale pro Roberto toda semana e me levava junto, dizendo que eu é que estava querendo.  O Roberto dava uma bronca nele e depois sempre cedia. No final ele falava com o Perereca: ‘O seu eu vou descontar e o do Alcer não’, mas no final não descontava de nenhum dos dois.”

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