sábado, 1 de junho de 2019

EPIDEMIA: UM TEMA MAIS DO QUE ATUAL


A epidemia de dengue que nos atinge trouxe à tona o Brasil medieval, contrapondo do país moderno que queria delinear-se no horizonte com a industrialização. Enquanto avançava no campo da tecnologia, o país regredia no terreno social, notadamente na área da saúde pública. O mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, foi o mesmo que no início do século XX aterrorizou o Rio com a febre amarela, erradicada por Oswaldo Cruz.

Voltou à carga em 1986, ano em que a febre purpúrica atingia o interior do Estado de São Paulo, um surto de poliomielite atacava no Nordeste e uma epidemia de difteria se espalhava pelos bairros pobres de Florianópolis – isso sem falar na presença endêmica da malária na região Norte.  

Para completar o quadro epidêmico, só faltou a cólera, que viria depois, nos anos 90. O Brasil africano estava mais vivo do que nunca e era terreno fértil para a propagação de doenças já extintas. 

Tantos anos depois continuamos na luta contra a dengue, chikungunya e a febre amarela, que já vitimou muitas pessoas e obriga vários estados a uma força tarefa para vacinação em massa contra essas epidemias. E para completar ainda tem a gripe H1N1, uma doença provocada pelo vírus do mesmo nome, cujos sintomas são semelhantes aos da gripe comum. 



Um comentário:

  1. Obrigado ,Tadeu pelo envio da excelente matéria. Tenha um bom fim de semana !

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