Luiz Alonso Peres, o LULA, natural de Santos, onde
nasceu em 22 de fevereiro de 1922, teve o privilégio e a competência de ter
dirigido o time do Santos na “Era Pelé” por doze anos consecutivos (1954/1966).
Assumiu o comando técnico com apenas 32 anos de idade.
É merecedor de todo elogio e respeito, e deveria ser
mais reverenciado pela mídia esportiva. Do mesmo modo que alguns setores da
imprensa desdenhavam de Vicente Feola, também não deram o devido valor ao Lula.
Para muitos, ele tinha a função única de distribuir as camisas, pois um time
repleto de craques não precisava de técnico. A realidade era outra, pois Lula
sempre foi visto com respeito, seja pelos atletas como pela diretoria do clube.
Soube dirigir um time formado de grandes jogadores e sabia tirar o máximo
deles, sem mudar as suas características. Ou seja, simplesmente não inventava.
Com o seu olhar clínico, Lula revelou grandes
jogadores para o Santos. Citando apenas um, bancou a contratação do atacante
Coutinho e promoveu sua estreia no time principal com 14 anos e 11 meses.
Foi campeão da Libertadores do Mundial Interclubes (1962/63), paulista (1955/56, 1958, 1960/61/62, 1964/65), do Rio-São Paulo (1959, 1963/64), Torneiro Roberto Gomes Pedrosa (1959, 1963/64, 1966), além de vários torneios amistosos internacionais e nacionais pelo Santos. É o maior treinador da história do Peixe e os números comprovam: comandou o time em 943 jogos, com 619 vitórias, 144 empates e 180 derrotas, conforme dados do Acervo Histórico do Santos.
Antes de apresentar problemas de saúde, dirigiu o
Corinthians, Portuguesa de Desportos, Portuguesa Santista e Santo André.
Lula faleceu jovem, aos 50 anos, no dia 15 de junho de
1972, na capital paulista, após quadro de infecção generalizada decorrente de um transplante de rim.
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