Mauro Ramos de Oliveira é mineiro de Poços de Caldas,
onde nasceu em 30 de agosto de 1930. Um
dos mais técnicos zagueiros do futebol brasileiro. Sempre desfilando seu estilo
fino e eficiente na marcação, chegava sempre um segundo mais cedo do que o
atacante. Era soberano na área pela colocação e impulsão privilegiadas, que o
tornava senhor do pedaço. Nunca dava chutões. E não que se fizesse preciso. É
que raramente esse recurso se fazia necessário quando pegava na bola. Poucos
jogadores foram tão elegantes dentro e fora de campo quanto Mauro.
É considerado o melhor zagueiro do Santos de todos os
tempos. Escreveu seu nome na história do futebol mundial e nunca sairá da
memória daqueles que o viram jogar.
Mauro deu seus primeiros passos no futebol na Esportiva Sanjoanense, de São João da Boa Vista, interior paulista, e profissionalizou-se no São Paulo. Também teve uma passagem de destaque no Tricolor paulista. Formou com De Sordi uma zaga estupenda que sempre será lembrada pela torcida. Eles atuaram juntos de 1952 a 1960. Em virtude da seriedade com que jogavam, Mauro, De Sordi e Poy foram apelidados de "A Muralha Tricolor" dos anos 50. Encerrou a carreira no México jogando pelo Toluca, conquistando o título nacional em 1968. Ainda no futebol mexicano treinou o Club Deportivo Oro, antes de retornar ao Brasil no final de 1969.
Jogando no São Paulo, Santos e Seleção Brasileira, conquistou todos os títulos possíveis em sua trajetória vitoriosa ao longo de vinte anos de carreira: São Paulo – 492 jogos e 2 gols (campeão paulista em 1948/49/53 e 57); Santos – 354 jogos e 1 gol (campeão paulista em 1960/61/62/64 e 65, pentacampeão da Taça Brasil em 1961/62/63/64 e 65, bicampeão da Taça Libertadores e do Mundial em 1962/63, e campeão do Rio-São Paulo em 1963/64 e 66); Seleção (bicampeão mundial em 1958/62).
Representou o Brasil em três edições de Copa do
Mundo: 1954/58 e 62. Atuou pelo Brasil em 30 jogos, sendo 28 oficiais. Reserva nas Copas do Mundo de 54 e 58, teve sua grande oportunidade no Mundial do Chile, em 62. O zagueiro, que desarmava os adversários com lisura, mas sabia jogar duro, ganhou a posição de titular, e ocupou o posto de capitão da equipe. Com isso, o zagueiro ergueu a taça Jules Rimet no final da competição.
Poucos jogadores foram tão elegantes dentro e fora de campo quanto Mauro Ramos. Quantas e quantas vezes a mesma cena se repetia. Ele cercava o adversário, desarmava-o, limpava a jogada e saía jogando com extrema tranquilidade. Isso lhe rendeu o carinhoso apelido de “Marta Rocha”, uma referência à beleza e elegância da Miss Brasil que quase foi Miss Universo.
Mauro voltou a residir em sua cidade natal e nos
deixou em 18 de setembro de 2002, aos 72 anos, vítima de câncer no estômago. Dentro e fora de campo, sua classe, elegância e sobriedade lhe valeram um lugar de destaque na seleta galeria dos maiores jogadores de futebol do mundo.
Um verdadeiro artista com a bola nos pé. Tive o privilégio de vê-lo jogar.
ResponderExcluirEu tambem o vi jogar
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