Marco Van Basten nasceu em Utrecht,
na Holanda, em 31 de outubro de 1964. Rápido, habilidoso, inteligente e
artilheiro: o que mais esperar de um atacante? Estava sempre no lugar certo, na
hora certa. Foi um dos melhores de sua época, uma excelente combinação de
talento e força. Era quase imbatível no jogo aéreo e formidável com seu pé
direito.
Van Basten começou no Ajax como
reserva de Cruyff. Mas logo a sua capacidade de fazer gols foi notada. Na sua
primeira temporada no Campeonato Holandês, marcou 28 gols em 26 jogos. O feito
se repetiria nos quatro anos seguintes. Conquistou três campeonatos nacionais e
três Copas da Holanda. Vestiu a camisa do Ajax em 174 jogos e marcou 154 gols. Em 1987, o Milan pagou 2,3 milhões de dólares ao Ajax
pelo jovem atacante. Ele chegou discretamente, apesar do preço – a contratação
de Gullit foi bem mais badalada. Além disso, os problemas no tornozelo direito
começavam a se manifestar e Van Basten demorou um pouco a brilhar. Quando o
fez, porém, foi para decidir a liga italiana.
A carreira de Van Bastem chegava ao
auge. Sua sintonia perfeita com Gullit e Rijkaard não só fez do Milan o melhor
time do mundo, mas levou a Holanda a seu primeiro título europeu, em 1988. Na
final contra a União Soviética, fez um fantástico gol de voleio. Eleito melhor
jogador da Europa pela primeira vez em 1988, na votação pela revista “France
Football”, Van Basten ganharia a Bola de Ouro mais duas vezes, em 89 e 92.
Na única Copa do Mundo que disputou,
em 1990, na Itália, a Holanda ficou longe do título. Vestiu a camisa holandesa
em 58 jogos e marcou 24 gols.
Apesar de uma grande decepção na Copa
– a Holanda chegou a ser apontada como uma das favoritas – o craque retomou a
rotina de títulos com o Milan. Foram três títulos nacionais e o bicampeonato da
Copas dos Campeões e do Mundial Interclubes, em 1989/90. Em dezembro de 1992, o
velho problema do tornozelo retornou com mais força e acabou com sua carreira. Marcou 128 gols em 206 jogos.
Tudo começou em outubro de 1986. Um
choque com um zagueiro provocou uma lesão na cartilagem seu tornozelo. A função
da cartilagem é impedir o atrito entre os dois ossos, facilitando, no caso, os
movimentos do pé. Em novembro de 1986, Van Basten submeteu-se a uma cirurgia
que aparentemente solucionou o problema. No entanto, as últimas temporadas
foram atrapalhadas por essa complicada lesão. Após sentir novamente em 1992,
outras duas operações foram realizadas, sem êxito.
Quando jogou pela última vez, na
decisão da Copa dos Campeões de 1993, anunciou a sua maior derrota. Van Basten
encerrava a carreira aos 28 anos devido a uma lesão crônica no tornozelo.
Resultado de anos de pancadas, mas, sobretudo, de cirurgias infelizes. Acabou
derrotado por um adversário inesperado: os médicos.
Dos atacantes que vi jogar, Van
Basten se encontra na primeira prateleira. Era um prazer assistir uma partida
de futebol com ele em campo. Ainda tinha muito a nos presentear com suas qualidades.
Um astro predestinado ao azar.
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