PELÉ NO
VASCO...
Torcedor vascaíno durante a sua infância quis o destino que Pelé, com apenas 16 anos, quase conquistasse seu primeiro título profissional com a camisa do próprio Vasco, em pleno Maracanã.
Tudo aconteceu na disputa do Torneio do Morumbi de 1957, competição amistosa
promovida pelo São Paulo para celebrar o início da construção de seu estádio –
que foi inaugurado em 1960. Despontando com rara habilidade, a jovem promessa
foi “cedida” ao Vasco – juntamente com os santistas Ivan, Urubatão, Brauner,
Álvaro, Jair Rosa Pinto e Pepe – para formar uma espécie de combinado, já que o
time principal do Vasco excursionava pela Europa. Até então, Pelé havia jogado
30 partidas como profissional vestindo a camisa do Santos.
Foram três jogos e cinco gols com a camisa do Vasco:
Belenenses/Portugal (6 x 1 para o combinado); Dínamo Zagreb/Iugoslávia (1 x 1);
Flamengo (1 x 1).
Três partidas do combinado foram no Maracanã. Outros jogos foram realizados no Pacaembu. Inclusive, na fase seguinte o jogo do combinado Vasco/Santos contra o São Paulo foi no Pacaembu, empate de 1 a 1, e o combinado usou a camisa do Santos. O torneio não chegou ao fim, pois não despertou muito interesse do público, e os seus organizadores resolveram suspendê-lo devido aos prejuízos.
Em maio de 1965, no gramado do Maracanã, Pelé recebeu das mãos de Manoel Joaquim Lopes, presidente do Vasco, um escudo de ouro e um título de sócio patrimonial do clube. Pelé nunca negou suas condições de torcedor do Vasco.
PELÉ NO FLUMINENSE...
Isso aconteceu em 1978, numa excursão do Fluminense ao continente africano, mais precisamente na Nigéria. Era um amistoso contra o Racca Rovers. Pelé não foi ali originalmente para jogar pelo Fluminense: ele havia sido convidado apenas para dar o pontapé inicial na partida, mas como as emissoras de rádio e os principais jornais da Nigéria acabaram divulgando o boato de que ele iria jogar e isso foi suficiente para superlotar o Estádio. Para evitar uma possível tragédia, Pelé jogou os primeiros 45 minutos pelo Fluminense, que venceu a partida por 2 x 1 e o Rei não marcou nenhum dos gols.
PELÉ NO FLAMENGO...
Com 39 anos, Pelé vestiu a camisa 10 do Flamengo em
1979, deixando o Zico com a número 9, no confronto contra o Atlético Mineiro,
que gerou uma renda de CR$ 8.781.290,00, com um público de 139.953 pagantes. O
jogo foi em benefício dos mineiros que sofreram com a enchente naquele ano.
Comandado por Zico, que marcou três vezes, e pelo ponta Júlio César, o Uri
Geller, o Flamengo goleou o Galo por 5 a 1. Marcelo anotou o gol atleticano.
Flamengo: Cantarelli, Toninho, Rondinelli (Nelson),
Manguito e Júnior; Andrade, Carpeggiani (Ramirez) e Zico; Tita, Pelé (Luisinho)
e Júlio César (Reinaldo). Técnico: Cláudio Coutinho.
Atlético-MG: João Leite, Alves, Osmar, Luizinho e
Hilton Bruniz; Cerezo, Marcelo (Carlinhos) e Paulo Isidoro; Serginho
(Pedrinho), Dario e Ziza (Vilmar). Técnico: Procópio Cardoso.
PELÉ NA
SELEÇÃO COMEMORANDO SEU CINQUENTENÁRIO...
Para comemorar o cinquentenário de vida do Rei Pelé, a
CBF organizou para o dia 31 de outubro de 1990 um amistoso entre a Seleção
Brasileira, com a participação do Rei do Futebol e o Combinado do Resto do
Mundo, uma seleção dos melhores jogadores que disputaram a Copa do Mundo de
1990, ocorrida quatro meses antes. O jogo ocorreu no Estádio Giuseppe Meazza,
em Milão (Itália).
Pelé jogou por 43 minutos, substituído por Neto. O Rei
poderia ter marcado o último gol de sua carreira se não fosse o atacante
Rinaldo, do Fluminense, que protagonizou um lance que entrou para a história. O
jogador tricolor partiu pela esquerda contra apenas um zagueiro, enquanto Pelé
vinha a seu lado totalmente desmarcado (propositalmente, talvez), só esperando
receber a bola para marcar o gol. Rinaldo – infelizmente – não tocou e ainda
perdeu o gol.
Neto fez o gol do Brasil, de falta, enquanto o
espanhol Michel e o romeno Gheorghe Hagi marcaram os gols do Combinado do Resto
do Mundo.