quinta-feira, 10 de novembro de 2016

BEBETO ALVIM, UM MIRACEMENSE QUE AMAVA SUA TERRA. VOCÊ PARTIU, MAS A SAUDADE E AS LEMBRANÇAS QUE DEIXOU SERÃO ETERNAS


O Passarinho adormeceu... Bebeto meu amigo/irmão... Bebeto meu padrinho de casamento. Quantos jogos torcemos juntos em Campos... Quantas cervejas para comemorar a vitória ou para esquecer a derrota do nosso Goyta...

O alambrado do estádio do Goytacaz – dá-lhe Goyta! –  nunca mais foi o mesmo depois que parou de frequentá-lo. Quantos bons momentos ali vividos! A praia de Atafona, já tão castigada pela força da natureza - que por muitas vezes foi sua fonte de inspiração para os poemas - o mar encontra-se ainda mais revolto pela sua ausência física a contemplá-lo. Como explicar que, um de seus maiores admiradores, não mais estará no fim de tarde para ver aquele lindo pôr do sol. Não tem como explicar.

Sandra, sua esposa, Aline, Vítor, Michelle e Éder, seus filhos e meus irmãos de coração, netos e bisnetos. Dona Neuza, sua mãe, Paulo Cezar, Neuza Maria, Ana Lúcia, Lilian, André e Juninho, seus irmãos. Nem as palavras mais bonitas deste mundo, que o Bebeto tão bem expressava em seus lindos contos e poemas, poderiam trazer algum tipo de alegria para o dia de hoje.

O vazio deixado pela ausência é imensurável com a pura certeza que jamais será novamente ocupado. Mas o pior de tudo isso é ter a certeza que é preciso encontrar forças, mesmo que por dentro não consigamos acreditar que elas existem. A saudade será eterna e a presença não poderá mais ser sentida, mas as lembranças dos bons momentos vividos são um ótimo conforto, que permanecerão para sempre conosco.

Nada que se possa dizer é capaz de amenizar o sofrimento dos familiares. O máximo que se pode fazer é oferecer o nosso silêncio de cumplicidade com a dor, dizer algumas palavras de amizade e consolo, e dar o ombro amigo para apoiar o peso da perda.

Dedei, esse era o modo carinhoso que sempre me chamou. Recentemente fui presenteado com a sua coletânea de seis livros, todos produzidos - até o acabamento - por ele mesmo. 

Assim foi a dedicatória:
Dedei, meu eterno “menino”.
O menino que nos recebia e ainda nos recebe sempre com alegria e amizade ímpares. Oferto-lhe, com todo carinho, os meus livros, que não visam estrelismo... Apenas exteorizam os meus anseios, os meus sentimentos, sejam de tristeza ou de alegria. 

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