Henrique nasceu em Formiga-MG, em 3 de agosto de 1934.
Atacante de estilo trombador, forte, oportunista e com ótima impulsão. Henrique
não ligava para a violência dos zagueiros e chegava a rir dos que o paravam com
faltas. O seu melhor momento foi defendendo o Flamengo e faz parte da galeria
de ídolos do rubro-negro, no qual é o 3º maior artilheiro da história do clube,
com 211 gols em 411 jogos.
Além do Flamengo (campeão carioca em 1954/55 e do
Rio-São Paulo em 1961), também jogou no Nacional (campeão uruguaio em 1963),
Portuguesa de Desportos, Atlético Mineiro e no Formiga de sua cidade natal,
onde encerrou a carreira em 1967.
Henrique passou a ser chamado de Henrique Frade, em
1964, quando foi contratado pela Portuguesa de Desportos. É que naquela época a
Lusa tinha um lateral-esquerdo chamado Henrique Pereira e Frade foi usado para
fazer a diferenciação.
Mesmo tendo participado de algumas partidas pela
seleção brasileira – 4 jogos e 2 gols, todos oficiais – Henrique não foi
selecionado para a Copa do de Mundo de 1958. Um detalhe interessante é que foi
o único atacante do Flamengo que não foi convocado. Seus colegas de ataque –
Joel, Moacir, Dida e Zagallo – participaram do Mundial. O seu grande momento na
seleção foi em 1959. Henrique fez o segundo gol do Brasil contra a Inglaterra,
no Maracanã, no célebre jogo em que perto de 200 mil pessoas vaiaram Julinho
Botelho, que entrou em campo com a camisa 7 de Mané Garrincha. Mas Julinho
jogou tanto que transformou as vaias em um dos aplausos mais marcantes do
estádio. E Henrique teve também uma atuação primorosa assinalando o segundo gol
brasileiro.
Ele residia na capital carioca e desde o final dos
anos 90 sofria de problemas de locomoção, causados por uma fratura mal
calcificada em uma de suas pernas. Também sofria de artrose e gota. Veio a
falecer aos 69 anos, em 15 de maio de 2004.
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