Eurico LARA é gaúcho de Uruguaiana,
onde nasceu em 24 de janeiro de 1897. Goleiro do Grêmio entre 1920 e 1935,
virou lenda. Mais do que isso: entrou para a história e para o próprio hino do
clube, que em um de seus versos faz referência a ele como “o craque imortal”.
O início de sua carreira foi no
Esperança de Uruguaiana, sua cidade natal, onde jogou de 1918 a 1920. Alto,
forte, de mãos enormes, ágil como um gato, era quase inútil tentar vencê-lo com
chutes de longa distância, pois estava sempre bem colocado. Fazia defesas
impressionantes, embora não era muito de segurar a bola, preferindo socá-la. Conquistou cinco títulos
gaúchos (1921/22/26/31 e 32) em quinze anos como titular, entre os anos de 1920
e 1935. Vestiu a camisa do Grêmio em 217 jogos, com um aproveitamento de 76,8%.
Em 22 de setembro de
1935, já doente de tuberculose e com ordem dos médicos para não mais atuar,
Lara decidiu entrar em campo para o Gre-Nal decisivo do campeonato
portalegrense daquele ano, chamado de "Campeonato Farroupilha" por
coincidir com os festejos do centenário da Revolução Farroupilha. O Grêmio, com
um ponto a menos, precisava vencer o Internacional para levar o troféu.
Foi uma de suas maiores atuações com a camisa do Grêmio perante uma torcida
maravilhada e sabedora do esforço realizado pelo atleta para poder participar
da partida. Vitória do Grêmio por 2 a 0. Lara jogou o primeiro tempo. Foi substituído
no intervalo e levado de ambulância para o Hospital Beneficência Portuguesa.
No dia 06 de novembro,
dois meses depois do Gre-Nal Farroupilha, o herói gremista morria ainda
jovem, aos 38 anos, na capital gaúcha. Uma multidão foi às ruas para chorar a
perda de um dos maiores desportistas do país. O enterro de Lara parou Porto
Alegre e o atleta entrou para sempre na história do Grêmio e no coração de quem
teve o prazer de vê-lo atuar.
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