ÊNIO Vargas de ANDRADE nasceu na capital gaúcha em 31
de janeiro de 1928. Como jogador foi um meia inteligente, de passes precisos,
bons recursos técnicos e ótima colocação em campo. Atuou no São José (RS),
Internacional (campeão gaúcho em 1950/51), Renner (campeão gaúcho em 1954),
Palmeiras – 138 jogos e 35 gols (campeão paulista em 1959 e da Taça Brasil em
1960), e Náutico. Retornou ao São José para encerrar a carreira em 1961.
Ênio tornou-se técnico e conseguiu trazer para a nova
função todo o conhecimento e categoria que tinha na época de jogador. Ele foi
considerado um mestre e referência para muitos treinadores. Apesar de ter dirigido vários
clubes brasileiros (Náutico, Esportivo-RS, Novo Hamburgo-RS, Pelotas-RS,
Grêmio, Santa Cruz, Sport Recife, Juventude-RS, Coritiba, Internacional,
Palmeiras, Corinthians, Cruzeiro e Bragantino, sendo que em alguns teve mais de
uma passagem), conquistou seus principais títulos por equipes do sul, como os
brasileiros de 1979 (Internacional), 1981 (Grêmio) e 1985 (Coritiba), além de
campeonatos estaduais por Cruzeiro, Santa Cruz e Náutico.
Foi diversas vezes cogitado pela imprensa para dirigir a Seleção Brasileira, mas nunca foi convidado. Se tivesse conquistado algum título de expressão no eixo Rio-São Paulo, certamente seu nome seria lembrado para assumir o comando técnico do Brasil.
Faz parte da galeria dos grandes
treinadores do futebol brasileiro. No Sul era chamado de “Santo Milagreiro”. A
seriedade na fisionomia era uma marca registrada de sua personalidade.
Ênio Andrade morreu na capital gaúcha, aos 69 anos,
vítima de complicações pulmonares, em 22 de janeiro de 1997.
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