Pedro Virgílio Rocha Franchetti nasceu no Uruguai em 03
de dezembro de 1942. Foi um meia armador cerebral, de técnica refinada, visão
de jogo privilegiada e lançamentos precisos. É um dos maiores jogadores da
história do futebol uruguaio. Ganhou tudo que disputou pelo Peñarol e essa
credencial vitoriosa lhe reservou um espaço respeitoso entre os craques do
Tricolor paulista logo que chegou. A sua identificação foi imediata e o passar
dos anos mostrou o quanto o São Paulo acertou em sua contratação. Faz parte do
seleto grupo dos grandes nomes da história do clube.
Começou no Peñarol (campeão uruguaio em
1960/61/62/64/65/67 e 68, da Taça Libertadores em 1960/61 e 66, e do Mundial
Interclubes em 1961 e 66), e seguiu a sua brilhante carreira no São Paulo – 390
jogos e 119 gols (campeão paulista em 1971 e 75, e do brasileiro em 1977),
Coritiba – 20 jogos e 1 gol (campeão paranaense em 1978), Palmeiras – 9 jogos e
1 gol, Deportivo Neza/México, Bangu – 13 jogos e 5 gols, Monterrey/México e
Al-Nasser/Arábia Saudita.
Participou das Copas do Mundo de 1962/66/70 e 74. Pelo
Uruguai atuou em 57 jogos e marcou 17 gols. Inclusive, após a Copa de 1970,
Pelé, já consagrado com o título mundial, elegeu Pedro Rocha como um dos cinco
maiores jogadores do mundo.
Foi com essa ficha vitoriosa em mais de dez anos pelo Peñarol que ele chegou ao São Paulo. Ao lado de Gérson, Toninho Guerreiro, Édson Cegonha, entre outros, o São Paulo se reencontrou com sua tradição de títulos. Isso ocorreu tanto no bicampeonato paulista de 1970/71, que pôs fim ao jejum de 11 anos sem conquistas, quanto no título de 75. Neste ano, Pedro Rocha comandou um esquadrão de jovens no qual despontavam nomes como Muricy, Serginho e Zé Sérgio.
Jogou profissionalmente entre 1959 e início dos anos
80, disputando no total 620 jogos e marcando 213 gols pelos clubes e Seleção
Uruguaia.
Após encerrar a carreira de jogador trabalhou muitos
anos como treinador, passando por muitos clubes até 2009, quando sofreu um AVC.
As sequelas foram pesadas e nos últimos anos de sua vida sofreu de atrofia do
mesencéfalo, um mal que afetava os seus movimentos e a fala, o que o deixou
muito deprimido. Morreu na capital paulista, na véspera de completar 71 anos,
em 2 de dezembro de 213.
O maior dos urugauis!
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