quinta-feira, 4 de julho de 2019

HÉRNIA UMBILICAL: O QUE VOCÊ SABE SOBRE ELA?


A hérnia umbilical provoca uma protuberância na região do umbigo, que dói ao ser tocado ou em situações que o paciente realiza esforço físico.  

As hérnias da parede abdominal caracterizam-se pelo deslocamento de vísceras ou tecidos através de um orifício, passando a ocupar um espaço que não era o original. Geralmente ocorre em virtude de um defeito, enfraquecimento ou ruptura do tecido do abdômen em consequência de esforço exagerado, problema congênito ou adquirido.

A hérnia umbilical ocorre exatamente na região da cicatriz umbilical. Nesse caso, normalmente ocorre a saída de tecido gorduroso ou de uma alça intestinal na região do anel umbilical, que é considerado um ponto de fraqueza da parede abdominal. Assim como as outras formas de hérnias da parede abdominal, ela pode ocorrer em razão de um defeito congênito ou adquirido, bem como por grandes esforços.

Como sintomas principais, destacam-se a presença de uma saliência e dor local, que aparece sempre que são feitos esforços ou então quando se toca a região. A saliência é melhor percebida quando a pessoa tosse ou faz algum esforço físico. Normalmente a hérnia umbilical vai aumentando de tamanho, sendo cada vez mais difícil o retorno do órgão ou tecido para a cavidade abdominal.

Os bebês, na maior parte dos casos, são os mais acometidos, entretanto, nesses casos, a hérnia tende a desaparecer espontaneamente até os três anos de idade. Na infância, normalmente o problema é congênito, já no adulto é mais comum ser um defeito adquirido, podendo também ser uma hérnia congênita não diagnosticada anteriormente. Como principais causas da hérnia umbilical adquirida, podemos destacar a obesidade, tumores, ascite e várias gestações.

Para a realização do diagnóstico, frequentemente é observada a saliência na região do umbigo e são feitos toques no abdômen. Para a complementação do resultado, os médicos podem realizar exames de ultrassom, tomografia e raio X.

O tratamento normalmente é cirúrgico e deve ser realizado com urgência em casos de estrangulamento e encarceramento. Este ocorre quando a víscera fica presa na hérnia, não conseguindo mais retornar para o interior do abdômen. Já no estrangulamento ocorre uma diminuição da circulação sanguínea no órgão, podendo causar isquemia e necrose. Quando a víscera em questão é o intestino, observa-se que este para de funcionar, ocasionando aumento do volume do abdômen, perda de apetite e vômitos. Além disso, se ocorrer a necrose do intestino, seu conteúdo pode ser liberado na cavidade abdominal, gerando infecção.

A hérnia umbilical é grave e deve ser acompanhada por um profissional para que os riscos de complicações sejam reduzidos. Ao verificar qualquer saliência na região do umbigo que se torna mais visível em situações de esforço físico, procure o seu médico.

Fonte: BOL
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