FLÁVIO Rodrigues COSTA é mineiro de Carangola, onde nasceu em 14 de setembro de 1906. O que poucos sabem é que
Flávio Costa começou a vida esportiva como jogador antes de abraçar a carreira
de técnico. Jogou por muitos anos no Flamengo – de 1926 a 1936 – marcando 16
gols em 148 jogos. Foi um esforçado médio e ganhou o apelido de “alicate” por
usar as pernas para apertar os adversários em carrinhos temerários.
É o treinador que mais comandou o
time da Gávea: 784 jogos. Apesar de ter conquistado o primeiro tricampeonato
carioca da história do Flamengo (1942/43/44), o Campeonato Sul-Americano de
1948 pelo Vasco (359 jogos como técnico), e a Copa América de 1949 comandando a Seleção, Flávio Costa
ficou marcado por ter sido o técnico do Brasil na fatídica Copa do Mundo de
1950.
Trabalhou também na Portuguesa (RJ),
Santos, Porto/Portugal, Colo-Colo/Chile, Portuguesa de Desportos, São Paulo,
América (RJ), Bangu, Cruzeiro e Volta Redonda, quando encerrou a carreira em
1976.
No entanto, sua história não pode ser
resumida apenas ao fracasso da Copa de 1950. O seu nome faz parte do seleto
grupo de grandes treinadores do futebol brasileiro. Considerado o primeiro técnico
brasileiro estrategista, Flávio Costa foi um dos inventores da diagonal,
sistema tático brasileiro que fazia com que a equipe fosse mais ofensiva por um
lado e mais defensiva pelo outro. Era um treinador duro, exigente, polêmico,
disciplinador e não aceitava interferência de dirigentes em seu trabalho, assim
como não aceitava preparador físico. Resumindo: foi um grande profissional do
banco de reservas e tinha uma paixão sem limites pelo futebol.
Durante sua carreira teve muitos
atritos com dirigentes e jogadores por causa de seus posicionamentos decididos
e duros. Por ordem dele foram afastados do Flamengo dois grandes craques:
Gérson (vendido ao Botafogo) e Dida (vendido à Portuguesa de Desportos).
Anteriormente, já havia afastado do Vasco o polêmico Heleno de Freitas,
contratado sem que o mesmo fosse consultado.
Comandou o Brasil em 59 jogos, sendo
56 oficiais.
Flávio Costa morreu na capital
carioca, aos 93 anos, vítima de aneurisma abdominal (dilatação das artérias do
abdômen), em 22 de novembro de 1999.
Ótima e merecida lembrança . Os próprios jogadores já o elegiam o melhor de todos daquela época . Li que ffora o Tesourinha ponta direita que estava contundido , o elenco era o que o Brasil tinha de melhor na Copa de 1950 .
ResponderExcluirUma lenda no futebol, com uma carreira brilhante, Internacional e longa.Infelizmente, pouco lembrado, especialmente pelo Flamengo, seu time do coração.
ResponderExcluirPublicação oportuna e merecida . Pelo que já li sobre o nosso futebol , é reconhecido pelos próprios jogadores da época , como o maioral . Quem perdeu a Copa de 1950 entendo foram os políticos e afins , que invadiram a concentração desde a véspera e não deixaram os jogadores descansar tranquilos .
ResponderExcluirRicardo C. Forghieri
Se tivesse colocado Nilton Santos no lugar de Bigode o resultado do Mundial de 50 seria outro. Uma opinião.
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