sábado, 15 de abril de 2017

A TRÁGICA MORTE DE ROBERTO BATATA, UM ÍDOLO DA TORCIDA CRUZEIRENSE


Um acidente automobilístico interrompeu a carreira do atacante de 27 anos, que saía de Belo Horizonte para rever sua esposa e filho, na cidade de Três Corações, em 13 de maio de 1976. Ele dormiu ao volante e bateu de lado no primeiro caminhão.  Perdeu o controle de vez e bateu de frente no segundo caminhão. Teve morte instantânea.

Roberto Batata disputou seu último jogo pelo Cruzeiro conta o Alianza Lima, no Peru, um dia antes, pela Taça Libertadores da América, competição essa que o time mineiro acabou conquistando naquele ano, sob o comando técnico miracemense Zezé Moreira. Nesse jogo contra o Alianza, ninguém podia imaginar que foi a última bola que mandou para as redes ao marcar o primeiro gol da goleada. Sua velocidade, seus dribles, seus gols - tudo isso estava fazendo dele um jogador indispensável aos esquemas de Zezé Moreira. Indispensável como a alegria que trazia às concentrações e aos treinos.  

O técnico Zezé Moreira já estava no Rio quando foi comunicado do ocorrido:
- Quando recebi a notícia fiquei desanimado e incrédulo. Como é que essas coisas acontecem? Nós somos como uma mosca. A gente está voando e, de repente, vem uma mão e nos dá o golpe. E estamos no chão. O Cruzeiro dependia muito dele, muito mais do que qualquer um possa imaginar. Um jogador decisivo, inteligente, solidário, de grande visão. 

Rapidez, impulsão e um canhão no pé direito eram as armas desse artilheiro camisa sete, que vestiu o manto celeste do Cruzeiro em 285 jogos, marcando 110 gols. Além da Libertadores de 1976, Roberto Batata conquistou o tetracampeonato mineiro, entre os anos de 1972 e 1975.  

Roberto Monteiro nasceu em Belo Horizonte em 24 de julho de 1949. Quando chegou à base do Cruzeiro logo demonstrou as qualidades que fizeram dele, mais tarde, um jogador imprescindível na equipe. A partir de 1972, ganhou a vaga no time principal e um lugar especial no coração da apaixonada torcida cruzeirense. Viveu o ápice da carreira em 1975, quando foi convocado para a Seleção Brasileira e fez seis jogos oficiais, marcando três gols.   


O apelido “Batata” foi dado por um técnico que ficou impressionado com a fúria que ele devorava um prato de batatas fritas.    

4 comentários:

  1. Sua morte teve uma forte comoção em Minas Gerais na época, unindo atleticanos e cruzeirenses no seu velório. 1976 também foi marcado pela morte de outro mineiro, Geraldo, do CR do Flamengo. Ano trágico para o futebol brasileiro.

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  2. Agradeço espero outra postagem nesse nível.

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  3. Km 37 perto de campanha sul de Minas tudo terminou em lágrimas.....adeus batata idolo

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