

Em 2011, nas comemorações do centenário, Maninho foi homenageado
pelo clube mineiro. Representado pelo seu filho – Celso – foi entregue uma
placa comemorativa pela sua atuação no “ESCRETE DE OURO”, na década de 40. São
poucos os clubes profissionais do Brasil que reverenciam e prestam homenagens aos seus ídolos.
Com relação a esse time
do Ribeiro Junqueira, o Brasil ficou conhecendo sua fama através dos
depoimentos de Telê Santana. Na preparação para a Copa do Mundo de 82, na
Espanha, nas páginas da revista Placar, o ex-técnico lembrou aquele time que
tanto marcou a vida do menino Telê – com técnica e talento ao lado de tática e
preparo físico. Doze anos depois, mais precisamente em 28 de agosto de 1994, em
uma entrevista concedida ao Jornal do Brasil, Telê voltou a citar que foi
inspirado nesse time que brilhou no interior de Minas, na década de 40, que ele
montou a Seleção de 82 e o São Paulo campeão mundial interclubes de 92: Manganga, MANINHO e Baptista; Itim, Domício
e Quadrado; Vicente, Geraldinho, Daher, Caturé e Elair. Assim ele descreveu: “Eu digo que, aos 11 anos de idade, vi um time jogar lá na minha terra,
em Itabirito, e nunca mais esqueci a sua escalação. Fiquei abismado ao ver um
time jogar tão bem, eles jogavam por música. O time era o Ribeiro Junqueira, de
Leopoldina, no interior de Minas Gerais, e tinha a camisa parecida com a do
Flamengo. Esse time jogou em todo o interior de Minas e ganhou de todo mundo”. Essa
história ficou tão marcante em sua vida, que na sua biografia “Fio de
Esperança”, tem um tópico dedicado ao Ribeiro Junqueira.

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Tupan |
Depois de residir no
Rio de Janeiro, retornou a Miracema em meados dos anos 60 e a paixão pelo
futebol continuava correndo em suas veias. A cidade contava com um seleto grupo
de craques e o apoio incondicional dos apaixonados por esse esporte. O futebol
praticado era disputadíssimo e com uma rivalidade à flor da pele. Nesse período
Maninho foi técnico do Tupan e da Associação. A ideia de assumir a Liga foi
amadurecendo e ele mergulhou de corpo e alma nessa nova empreitada.
Maninho presidiu a Liga
Desportiva de Miracema por muitos anos, sempre com dedicação, organização e
contando com o apoio incondicional da Federação Carioca de Futebol. Otávio
Pinto Guimarães e Eduardo Viana, ex-presidentes, eram amigos e mantinham uma
relação bastante estreita, de grande confiança, com Maninho. Otávio, inclusive,
foi padrinho de casamento de um de seus filhos – Celso. Maninho foi o
responsável por muitos anos pela sobrevivência do futebol miracemense. Ocupou
também, com a mesma determinação e eficiência, o cargo de delegado regional no
Noroeste Fluminense, representando todas as Ligas junto à Federação.

Dentre muitas coisas
boas que fez, deixando um legado de muito orgulho para seus filhos e demais
familiares, como também para o esporte de Miracema, Maninho indicou e levou
Célio Silva para fazer testes no Americano. O resto da história você já
conhece. Em uma matéria que fiz com Célio Silva para o blog, em maio de 2016,
ele fez questão de mencionar o Maninho na reportagem.
Nota: tenho contado um pouco da história de muitas personalidades aqui no blog, e sempre tive vontade de escrever sobre o Maninho, um grande desportista de Miracema. Foi um ser humano de fala mansa e muito dócil no contato com todos que se aproximavam dele. Era torcedor do Botafogo. Missão cumprida!
Nota: tenho contado um pouco da história de muitas personalidades aqui no blog, e sempre tive vontade de escrever sobre o Maninho, um grande desportista de Miracema. Foi um ser humano de fala mansa e muito dócil no contato com todos que se aproximavam dele. Era torcedor do Botafogo. Missão cumprida!
Esse tinha história pra contar. Parabéns pelo texto! Flávio Cerqueira.
ResponderExcluirELE ÉRA BOTAFOGUENSE DE CORAÇÃO
ResponderExcluirEle nunca foi torcedor do América ele era Botafageunse fanático
ResponderExcluirCorrigido.
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