Juscelino
Kubitschek de Oliveira, mineiro de Diamantina, onde nasceu em 12 de setembro de
1902, era um visionário, um sonhador, mas corria atrás e fazia o sonho virar
realidade. Quando chegou à Presidência da República, em 1956, já havia posto em
prática alguns sonhos como prefeito e governador de Minas Gerais. Mas foi como
presidente que fez o povo brasileiro sonhar o seu sonho, como cantava o
sambista Cartola.
Era
capitão-médico da PM mineira quando o governador Benedito Valadares o nomeou
prefeito de Belo Horizonte, em 1940. Abriu avenidas, construiu hospitais,
convocou artistas como Niemeyer, Burle Max, Portinari e Ceschiati e fez uma mini-Brasília
chamada Pampulha. Como governador eleito pelo PSD, modernizou o Estado com o
binômio “energia e transporte”, hidrelétrica e estradas.
Venceu
a eleição para presidente em 1955, derrotando o candidato da UDN e dos
militares que, um ano antes, haviam tentado derrubar o presidente Getúlio Vargas
e o levaram ao suicídio. Tentaram impedir a posse de JK alegando necessidade de
maioria absoluta, mas o general legalista Teixeira Lott a garantiu. JK ganhou
as eleições prometendo fazer o Brasil crescer “50 anos em 5” com o famoso
programa de metas, destacando: maior produção de energia, construir novas
estradas e pavimentar as já existentes, aumentar a produção e a produtividade,
criar indústrias de base e reaparelhar as existentes. Anunciou também a mudança da capital no fim do
governo.
Apesar
da oposição desatinada dos udenistas e de duas aventuras revoltosas militares
(que anistiou), governou com simpatia, democracia e cumpriu o seu plano de
metas: fez a produção industrial crescer 80%, inaugurou hidrelétricas
importantes, como Furnas e Três Marias, e deixou outras projetadas. Abriu
também a economia ao capital estrangeiro produtivo, criou a indústria
automobilística, rasgou estradas e entregou Brasília ao novo presidente.
No
entanto, houve também um significativo aumento da dívida pública interna, da
dívida externa e, segundo algumas publicações, seu mandato terminou com
crescimento da inflação, aumento da concentração de renda e arrocho salarial.
Na época não havia reeleição e em 31 de janeiro de 1961 foi sucedido por Jânio
Quadros, seu opositor apoiado pela UDN.
Em
1962, elegeu-se senador por Goiás e tentou viabilizar sua candidatura à
presidência em 1965. No entanto, com o golpe militar de 1964, foi acusado pelos
militares de corrupção e de ser apoiado pelos comunistas e, como consequência, teve
seu mandato cassado e seus direitos políticos suspensos.
Morreu vítima de desastre de automóvel, na via Dutra, em 22 de agosto de 1976, aos 73 anos, na altura de Resende. Estava encerrada a história de um homem público que teve muito mais acertos do que erros, e deixou o seu nome na história política do Brasil.
Morreu vítima de desastre de automóvel, na via Dutra, em 22 de agosto de 1976, aos 73 anos, na altura de Resende. Estava encerrada a história de um homem público que teve muito mais acertos do que erros, e deixou o seu nome na história política do Brasil.
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