Escrever sobre o Rei Pelé e falar de sua genialidade e
de todos os seus feitos dentro de campo, chega a ser repetitivo, mas,
convenhamos, os números estão aí para comprovar o seu Reinado.
Edson Arantes do Nascimento, mineiro de
Três Corações, onde nasceu em 23 de outubro de 1940, ainda é o maior gênio que
o futebol produziu. Só o tempo dirá se vai aparecer outro com os mesmos números
e conquistas. Fazia tudo com perfeição – da cabeçada ao lançamento, do chute ao
drible inventado na hora, da tabelinha à proteção da bola. Ninguém marcou
tantos gols ou conquistou tantos títulos. Ninguém foi mais completo, mais
atleta e mais profissional.
Mudou a história do Santos e a própria
história da evolução tática do esporte. Foi eleito o Atleta do Século, em 1980,
por jornalistas do mundo inteiro. Atuou no Santos (campeão paulista em
1956, 1958, 1960/61/62, 1964/65, 1967/68/69 e 1973, do Rio-São Paulo em 1959, 1963/64 e 1966, da
Taça Brasil em 1961/62/63/64/65, da Taça Libertadores e do Mundial em 1962/63, e do Roberto G. Pedrosa em 1968), e no Cosmos/Estados Unidos (campeão
norte-americano em 1977). Participou das Copas do Mundo de 1958/62/66 e 70,
sendo campeão em 1958, 1962 e 1970.
Voltando ao seu tempo de criança, até os
cinco anos o apelido de Édson era Dico. Só começou a ser chamado de Pelé quando
se mudou para Bauru. Em 1943, seu pai jogava por um time de Minas, e o goleiro,
Bilé, impressionava o garoto, que sempre gritava: “Defende, Bilé”. Quando foi
para o interior paulista, nas peladas, Édson ficava no gol e a cada defesa que
fazia gritava: “Bilé”. A pronúncia às vezes errada e o sotaque mineiro ajudaram
a transformar Édson em Pelé.
Antes de Pelé, o número das camisas de
futebol era usado meramente para identificar os jogadores. Só que tudo isso
mudou quando aquele brasileiro de apenas 17 anos assombrou o mundo na Copa de
1958. Porém, a escolha de Pelé para vestir a camisa 10 da seleção aconteceu por
mero acaso, através da escolha de um dirigente uruguaio, presente na sede FIFA
na ocasião, que nem conhecia os jogadores brasileiros. Detalhe: os dirigentes
do Brasil se esqueceram de enviar a numeração dos atletas inscritos, por isso
que a escolha foi feita por um membro da entidade.
Seus números:
Santos: 1.116 jogos e 1.091 gols
Cosmos: 108 jogos e 65 gols
Seleção: 114 jogos e 95 gols, sendo 91
oficiais com 77 gols marcados.
Foi artilheiro do Campeonato Paulista em
11 oportunidades: de 1957 a 1965, 1968 e 1973. É dele o recorde de 58 gols
marcados no certame de 1958.
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