domingo, 1 de janeiro de 2023

RIVELLINO: O REIZINHO DO PARQUE SÃO JORGE E O COMANDANTE DA MÁQUINA TRICOLOR

 


Roberto Rivellino nasceu na capital paulista em 1º de janeiro de 1946. Depois de ser reprovado em uma peneira do Palmeiras, Roberto Rivellino foi fazer história, por ironia do destino, no maior rival. Em 1963, passou na peneira dos juvenis do Corinthians. Dois anos mais tarde estreava no time principal. No Corinthians, Rivellino foi herói e vilão. Com um futebol de dribles curtos, chutes poderosos e muita habilidade, tornou-se a principal esperança corintiana de acabar com o jejum de títulos que vinha desde 1954.  

 

Logo conquistou seu primeiro título pelo clube, o Torneiro do Cinquentenário da Federação Pernambucana, em Recife. Em 1966, ganhou o Rio-São Paulo – dividido com Santos, Botafogo e Vasco. Em 1968, ajudou o time a quebrar um tabu de 11 anos sem vitórias sobre o Santos de Pelé, com o histórico triunfo de 2 a 0, gols de Flávio de Paulo Borges. Foi jogando no Corinthians que Rivellino chegou à Seleção Brasileira, e como craque do clube que levantou o título mundial em 1970, no México.

 

Ganhou o apelido de “Reizinho do Parque”, mas, apesar de toda genialidade, não conseguiu tirar o Timão da fila.  A perda da decisão do título paulista de 1974 para o Palmeiras, quando o alvinegro desperdiçou a chance de pôr fim a um jejum de 20 anos sem campeonatos regionais, foi a gota d’água. A torcida pegou no pé de seu melhor jogador e Rivellino nunca mais jogou pelo Corinthians. Rivellino decidiu mudar de ares. Em janeiro de 1975, abriu mão dos 15% a que teria direito por seu passe, e transferiu-se para o Fluminense.  Rivellino disputou pelo Corinthians 474 jogos e marcou 144 gols. Mesmo não ganhando títulos importantes, é um dos maiores ídolos da gloriosa história do time corintiano.  

 

Rivellino estreou no Fluminense em um sábado do carnaval de 1975, marcando três vezes na goleada de 4 a 1 sobre o Corinthians, no Maracanã. Com apenas um jogo, tornou-se ídolo da torcida tricolor. Tinha apenas 29 anos de idade, e conservava a agilidade que lhe permitia humilhar o adversário com seus dribles e fulminá-los com sua irretocável “patada atômica”.

 

O Fluminense armou, entre 1975 e 1976, um dos melhores times de sua história, conhecido como “A Máquina Tricolor”. Francisco Horta abriu os cofres e contratou, no primeiro ano, além de Rivellino, craques do nível de Mário Sérgio e Paulo César Caju. Em 1975, Rivellino jogou 24 dos 29 jogos do Fluminense no Carioca, marcando 11 gols. Após o título, desabafou, ressaltando que não era “o sapo do Parque São Jorge”. Rivellino ganhou, de quebra, em 1975, a Taça Guanabara. No bicampeonato, o apoiador fez 28 das 32 partidas, voltando a marcar 11 gols. Rivellino disputou pelo Fluminense 159 jogos e marcou 57 gols.  

 

Em julho de 1978, o Fluminense deu a seu craque a oportunidade de ganhar um bom dinheiro, facilitando sua transferência para o Al Hilal, da Arábia Saudita. Em seu novo time, Rivellino conquistou dois títulos nacionais e uma Copa do Rei. Em 1981, aos 35 anos de idade, foi suspenso por ter atingido o rosto de um adversário. Impedido de atuar no Brasil em função de uma cláusula contratual com o time árabe decidiu encerrar a brilhante carreira. 

 

Rivellino disputou as Copas do Mundo de 1970, 1974 e 1978, sendo campeão em 1970, no México. Disputou 120 jogos e marcou 40 gols, sendo 92 oficiais e 24 gols. Foi um dos craques de sua geração e peça importante na conquista do tri. 

2 comentários:

  1. Vocês esqueceram de publicar que, em 1976, o Fluminense com Rivelino perdeu nos pênaltis para o Corínthians. Nesse jogo houve a famosa invasão corinthiana onde 70 mil torcedores do Timão invadiram o Maracanã!

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  2. Parabéns show 👏 gostei muito excelente

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