domingo, 29 de janeiro de 2023

OLDEMÁRIO TOUGUINHÓ: MAIS UM GRANDE NOME DO JORNALISMO ESPORTIVO QUE NOS DEIXOU DE FORMA PREMATURA

 


OLDEMÁRIO Vieira TOUGUINHÓ nasceu em Campos dos Goytacazes-RJ, em 08 de novembro de 1934. Aos cinco anos mudou-se com a família para o Rio de Janeiro. O jornalista trabalhou durante toda a sua carreira no Jornal do Brasil, sendo ainda colaborador da Agência Estado, escrevendo tanto para o Estadão quanto para o Jornal da Tarde. Ele ganhou uma série de prêmios durante sua brilhante carreira, entre eles, dois Essos de Informação Esportiva no início da década de 80. Também teve artigos publicados em conceituados veículos, como o “The New York Times” e “France Football”. Oldemário escreveu dois livros: “As Copas que eu vi” e “Maracanã”.


Touguinhó faz parte daquele grupo especial de jornalistas esportivos mais importantes da crônica brasileira. Entre seus grandes feitos foi ter participado da cobertura de dez edições da Copa do Mundo, no período de 1962 e 1998, além de estar presente em várias Olimpíadas. Sempre foi um obcecado pelo trabalho e nada o dispensava do dever de uma informação. Outro diferencial desse jornalista era a imparcialidade, o que fez dele admirado por todos os craques do seu tempo.


Outra paixão era o samba e a Mangueira sua escola favorita. Botafoguense confesso morreu na capital carioca, aos 68 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória, após ter enfrentado uma série de problemas de saúde desde 1999, quando foi submetido a uma cirurgia no coração.


Quis o destino que Oldemário morresse exatamente vinte anos depois de Garrincha, em janeiro de 2003, na capital carioca – no mesmo dia (20), e Mané, assim como Pelé, que era seu compadre – sempre foram amigos muito próximos.

 

Assim descreveu o Jornal do Brasil em sua edição de 21 de janeiro de 2003, sobre a morte de Oldemário:

 

Logo o coração!

“O coração levou Oldemário. Logo o coração! Quem conviveu com ele e recebe a notícia assim, custa a acreditar. Logo com ele, que parecia ter sete corações! Ninguém usou o coração com mais ardor que o Oldemário. Na vida profissional ou particular, era o coração que comandava o Oldemário. Era com o coração que ele corria atrás das notícias, dos furos – e como corria! Era com o coração que ele escrevia suas reportagens – e que reportagens! Seus companheiros e amigos sabem também como era grande aquele coração – que coração!

Oldemário respirava pelo coração. É difícil acreditar que logo o coração o tivesse tirado do convívio que ele mais amava depois da família – a redação. Era na redação que se realizava. Por isso, todas as redações mergulham num profundo silêncio para reverenciar sua ausência.”

 

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