Vicente Ítalo Feola nasceu na capital paulista no dia
1º de novembro de 1909. Foi um jogador mediano e chegou a jogar no São Paulo da
Floresta, um dos times que dariam origem ao tricolor paulista. Mas o seu
negócio era outro, ser treinador. Começou como técnico no Syrio e Libanez (SP)
e passou pela Portuguesa Santista antes de ingressar no São Paulo, em 1937, onde
ficou por 38 anos exercendo as funções de treinador, supervisor e
administrador. Como técnico, foi campeão paulista em 1948 e 1949. É o
comandante que mais dirigiu o São Paulo: 532 jogos, com 299 vitórias, 106
empates, 127 derrotas, 1.249 gols pró e 723 contra.
Viveu apenas duas experiências fora do Morumbi, nas
décadas de 50 e 60, primeiro no XV de Novembro de Piracicaba e depois no Boca
Juniors, da Argentina, no time campeão nacional em 1962, repleto de brasileiros
– Édson dos Santos, Orlando Peçanha, Maurinho, Almir Pernambuquinho e Paulinho Valentim.
Pela Seleção Brasileira deixou o seu nome na história,
pois era o técnico do time campeão do mundo de 1958. Também dirigiu a Seleção
na Copa do Mundo de 1966, mas não teve o mesmo sucesso, e foi muito mal, antes
e durante a Copa. Em partidas oficiais, comandou o Brasil em 64 jogos, com 45
vitórias, 11 empates e 8 derrotas.
Antes da Copa de 58, foi Feola, ao lado de Paulo
Machado de Carvalho, quem mais insistiu – até ficando bravo, talvez pela
primeira vez na vida – com João Havelange, presidente da antiga CBD, para que o
contundido e garoto Pelé, não fosse cortado na véspera do Mundial. Pelé tinha
sido atingido pelo corintiano Ari Clemente em um jogo treino contra o time
paulista. Por muito pouco Pelé não deixou de mostrar ao mundo o que já era capaz
de fazer com apenas 17 anos.
É um equívoco e uma terrível injustiça, parte da
mídia, desinformada, jogar sobre a figura de Feola a fama de dorminhoco. Isso
só passou a ocorrer efetivamente em 1966, quando ele começou a ingerir remédios
para melhorar a sua circulação sanguínea.
Vicente Feola morreu em 6 de novembro de 1975, poucos
dias após completar 66 anos, vítima de um infarto do miocárdio e edema pulmonar
agudo, na capital paulista.
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