domingo, 24 de março de 2024

CRUYFF : UM GÊNIO DAS QUATRO LINHAS

 


Hendrik Johannes CRUYFF foi um dos maiores ídolos do Barcelona e ficou marcado pelo Carrossel Holandês da década de 1970, que mostrou ao mundo o conceito de “Futebol Total”. O ex-jogador defendendo o Ajax, da Holanda, ganhou a Bola de Ouro três vezes (1971, 1973 e 1974) e, em 1999, foi escolhido o jogador europeu do século pela Federação Internacional da História e Estatísticas do Futebol.


O futebol de Cruyff representava a modernidade do esporte, pois era muito rápido, extraordinariamente talentoso, com intuição, inteligente e versátil. Um jogador que deixou o seu nome marcado na história. É considerado por muitos especialistas o melhor jogador europeu de todos os tempos.


Ninguém mudou tanto a forma de jogar futebol como Cruyff, o homem que transformou a então modesta Holanda conhecida mundialmente. É difícil acreditar que o craque que corria por todas as partes do campo mal conseguia caminhar na infância. Até os dez anos de idade, Cruyff usava aparelhos ortopédicos devido a um defeito de formação nos pés. Pequeno e magro tinha dificuldades para correr. Quando a mãe viúva foi trabalhar no Ajax como faxineira, achou que o futebol ajudaria a desenvolver as pernas de seu filho e o colocou nas divisões de base do clube.


Pela seleção holandesa disputou 83 jogos e marcou 33 gols. Perdeu a Copa do Mundo de 1974, quando liderou a famosa Laranja Mecânica. Tinha como mania ou superstição, jogar com a camisa nº 14. A sua personalidade forte foi decisiva na hora de dizer não à sua participação na Copa do Mundo de 1978, na Argentina, em protesto contra o regime militar ali instalado.


Cruyff se aposentou como jogador em 1984 e foi técnico de Ajax e Barcelona. Morreu vitimado por um câncer no pulmão, doença que descobriu cinco meses antes de sua morte, ocorrida em 24 de março de 2016, em Barcelona, na Espanha, aos 68 anos.

 

sábado, 9 de março de 2024

ELY DO AMPARO: MAIS UM NOME DE DESTAQUE DO EXPRESSO DA VITÓRIA

 


Marcante jogador do Vasco da Gama nos tempos do “Expresso da Vitória”, Ely do Amparo nasceu na cidade de Paracambi-RJ, em 14 de maio de 1921. Começou no América e também jogou por Canto do Rio e Sport do Recife, onde foi campeão pernambucano em 1955. Zagueiro de físico privilegiado, marcador duro e de forte personalidade em campo.


Seu futebol foi fator determinante nas conquistas dos campeonatos estaduais de 1945, 47, 49, 50 e 52, além do importante e histórico Sul-Americano de clubes em 1948, pelo Vasco. Atuou em 367 jogos e marcou 3 gols.


Convocado pelo técnico Flávio Costa para o mundial de 1950, Ely era o reserva imediato de Bauer. Depois do vice-campeonato mundial de 1950, Ely foi campeão Pan-Americano de 1952 e também disputou a Copa do Mundo de 1954, realizada na Suíça. Ao todo, foram 19 partidas defendendo o escrete nacional, sendo 16 oficiais.


Ely formou uma famosa linha média ao lado de Danilo Alvim e Jorge. Os três eram carinhosamente chamados pela torcida vascaína de Feijão, Arroz e Carne Seca. Faleceu no Rio de Janeiro, em 09 de março de 1991, aos 69 anos.

 

MÁRIO TITO: UM DOS GRANDES NOMES DA HISTÓRIA DO BANGU

 


O zagueiro Mário Tito nasceu em Bom Jardim-RJ, em 06 de novembro de 1941. Foi revelado pelo próprio Bangu e teve sua primeira chance entre os profissionais em 1960. Em 1961, passou a ser titular do time por causa de uma fratura de Darci Faria. A partir deste triste episódio, Mário Tito não mais perdeu a vaga na zaga alvirrubra.


Passou a formar dupla com Joel, em 1961; com Ananias, em 1962; com Hélcio Jacaré, em 1963. Neste último ano, foi convocado pela única vez para a Seleção Brasileira, jogando o Campeonato Sul-Americano, na Bolívia. Atuou apenas uma vez com a “amarelinha”, perdendo para a Argentina por 3 a 0.


A partir de 1964, o clube revelou outro grande zagueiro: Luís Alberto e os dois formaram, talvez, a melhor dupla defensiva que o Bangu já teve. O Bangu, porém, não teve sorte, perdendo o título carioca em 1964 e 1965. O time foi à forra na final contra o Flamengo, em 1966, consagrando de vez o esguio Mário Tito como um dos melhores do país.


Mário continuou em Moça Bonita até o final da temporada de 1968. No início de 1969, com o clube passando por uma crise financeira, foi vendido para o Cruzeiro por 80 mil cruzeiros, numa transação precipitada, já que seu valor real custava, pelo menos, 400 mil cruzeiros.


Pelo Cruzeiro, não conseguiu se firmar como titular e fez apenas 62 jogos entre 1969 e 1971, e esquentou banco para Fontana. Em 1972, tentou voltar ao Bangu, mas fez apenas um jogo, substituindo Sidclei. Era o fim da carreira de Mário Tito com a camisa banguense.


Do Bangu foi para o Olaria, onde pendurou as chuteiras em 1975. Em 1983, foi contratado para auxiliar as categorias de base do alvirrubro, ficando em Moça Bonita até morrer em 09 de março de 1994, vítima de um câncer no pulmão, aos 53 anos. Atuou em 330 jogos e marcou 5 gols pelo Bangu.


Fonte: Bangunet

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

AUGUSTO: O CAPITÃO DO EXPRESSO DA VITÓRIA

 


AUGUSTO Costa nasceu no Rio de Janeiro em 22 de outubro de 1920. Lateral-direito com forte poder de marcação, grande espírito de liderança, que o transformou no capitão do Expresso da Vitória. Dificilmente falhava tamanha era sua eficiência. Marcou época defendendo o Vasco, onde é considerado por muitos o seu melhor lateral. Disputou 311 jogos e marcou 2 gols pelo time vascaíno.


Começou no São Cristóvão e no Vasco (campeão carioca em 1945/47/49/50 e 52, e do Sul-Americano em 1948), viveu o auge de sua carreira.


Participou da Copa do Mundo de 1950 e defendeu o Brasil em 20 jogos e marcando 1 gol, sendo 18 partidas oficiais.


Após o fim de sua carreira como jogador, Augusto chegou a comandar alguns times. Em 1953, aceitou o convite do então Presidente Getúlio Vargas para ingressar na Polícia Especial. Ainda trabalhou como assistente de Flávio Costa, entre 1954 e 55, mas preferiu continuar como funcionário público. Em 1961, foi convidado novamente por outro Presidente, Juscelino Kubitscheck, para chefiar a Guarda Especial de Brasília (GEB), recém criada para manter a ordem na Capital Federal. Aposentou-se como funcionário público.


O capitão da Copa de 50 nos deixou vitimado por uma infecção generalizada, aos 83 anos, na capital carioca, em 29 de fevereiro de 2004.

 

 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

PEPE: O CANHÃO DA VILA

 


José Macia, o Pepe, nasceu em Santos no dia 25 de fevereiro de 1935. Atacante de técnica apurada, rápido e um grande artilheiro. Seu chute fortíssimo de canhota decidiu muitas partidas difíceis para o Santos nas décadas de 50 e 60, e por isso ganhou o apelido de “Canhão da Vila”.


É o segundo maior artilheiro da história do clube, com 405 gols em 750 partidas. Pepe costuma dizer que é o maior artilheiro da história do clube. O Pelé não conta. Muitos o consideram o segundo maior jogador da história do Santos, perdendo apenas para o Rei Pelé.


Atuou somente no Santos ao longo de sua vitoriosa carreira (campeão paulista em 1955/56/58/60/61/62/64/65/67/68 e 69, do Rio-São Paulo em 1959/63/64 e 66, da Taça Brasil em 1961/62/63/64 e 65, da Libertadores e do Mundial em 1962 e 63, e do Roberto G. Pedrosa  em 1968).


Participou das Copas do Mundo de 1958 e 62, sendo bicampeão. Vestiu a camisa do Brasil em 40 jogos e marcou 22 gols, sendo 34 oficiais e 17 gols.

 

sábado, 17 de fevereiro de 2024

JORGE MENDONÇA: UM ÍDOLO PALMEIRENSE DE TOQUE REFINADO

 


JORGE Pinto MENDONÇA nasceu em Silva Jardim-RJ, em 06 de junho de 1954. Meia-atacante habilidoso, inteligente, eficiente na criação das jogadas e bom finalizador. Foi muito cobrado ao longo de sua carreira por não chegar junto nas divididas. É o único, depois de Pelé, a marcar mais de trinta gols em um campeonato paulista. Vestindo as camisas de Palmeiras e Guarani viveu o seu melhor momento.


Assim o jornalista Paulo Vinícius Coelho definiu Jorge Mendonça: “A elegância era, às vezes, confundida com falta de fibra. Acusavam-no de pipoqueiro. Os críticos devem imaginar o que seria Jorge Mendonça se não tivesse esse defeito”.



Começou no Bangu – 51 jogos e 25 gols, e passou por Náutico (campeão pernambucano em 1974), Palmeiras – 217 jogos e 102 gols (campeão paulista em 1976), Vasco – 25 jogos e 10 gols, Guarani, Ponte Preta, Rio Branco (ES), Colorado (PR) e Paulista de Jundiaí (SP).


Vestiu a camisa da Seleção em 11 jogos e marcou 2 gols, sendo 6 oficiais e participou da Copa do Mundo de 1978.


Depois de uma carreira de destaque, Jorge Mendonça deixou o futebol em 1991, aos 37 anos. Já convivia com os males do alcoolismo. Além do álcool, a artrite já corroía o corpo. Os problemas pessoais se agravaram e a separação litigiosa pesou no bolso. Atravessou uma série de dificuldades financeiras e perdeu todo o seu patrimônio.  


Morreu ainda novo, aos 51 anos, vítima de um infarto fulminante, em 17 de fevereiro de 2006, na cidade paulista de Campinas, onde residia. Estava em casa, quando passou mal. Levado às pressas para o Hospital, não resistiu.


Morava com seu pai, e sua maior alegria era poder estar todos os dias trabalhando no Guarani, clube que aprendeu a amar quando chegou em 1981. Jorge Mendonça trabalhava desde 2002 como coordenador do Projeto Bugrino, criado pelo Guarani para integrar crianças de baixa renda à sociedade. 


domingo, 11 de fevereiro de 2024

QUARENTINHA: O MAIOR ARTILHEIRO DA HISTÓRIA DO GLORIOSO

 


Waldir Cardoso Lebrêgo, paraense de Belém, onde nasceu em 15 de setembro de 1933, foi um atacante de chute fortíssimo com a perna esquerda, presença permanente na área, grande vocação para marcar gols. Está entre os grandes nomes da história do Botafogo, sendo o seu maior artilheiro. Jogando ao lado de Didi e Garrincha, foi o goleador máximo do Campeonato Carioca por três edições seguidas: 1958 (19 gols), 1959 (25) e 1960 (25).


Um detalhe que deixava o torcedor botafoguense irritado era a frieza do atacante, que não fazia festa para comemorar os seus gols. Dizia com a mesma tranqüilidade que não havia razão para tal, pois estava apenas cumprindo com a sua obrigação de atacante. O gol podia definir um título ou garantir a artilharia de um campeonato, não importava: na comemoração, apenas caminhava para o seu campo de defesa.    


Atuou no Paysandu (PA), Vitória (campeão baiano em 1953), Botafogo – 446 jogos e 308 gols (campeão carioca em 1957, 61 e 62, e do Rio-São Paulo em 1962), Bonsucesso – por empréstimo, em 1956, e no futebol colombiano, onde encerrou a carreira em 1968.


Pela seleção foram 17 jogos e 17 gols, sendo 13 oficiais e 14 gols. Uma operação dos meniscos, em 1961, foi fator determinante para sua ausência no Mundial de 1962.

Morreu na capital carioca, aos 62 anos, de insuficiência cardíaca, em 11 de fevereiro de 1996.