segunda-feira, 28 de novembro de 2022

FIDÉLIS: O TOURO SENTADO

 


A história de José Maria FIDÉLIS dos Santos no futebol começou nas categorias de base do Bangu, para onde foi levado por um Tenente da Base Aérea de São José dos Campos, interior paulista, onde nasceu em 13 de março de 1944.


Em 1963, finalmente chegou aos profissionais, participando do Torneio Início e de uma partida do Campeonato Carioca daquele ano. Em 1964, com apenas 20 anos, já era o titular da lateral-direita, promovido pelo técnico Tim e mantido na posição por todos os outros treinadores que passaram pelo Bangu naquele ano.



Tendo jogado exatamente nos melhores anos da história do Bangu, não foi difícil para Fidélis se destacar. Depois de ser vice-campeão carioca em 1964 e 1965, o lateral atingiria seu auge em 1966 quando foi convocado pelo técnico Vicente Feola para a Seleção Brasileira que disputaria a Copa do Mundo na Inglaterra, embora muitos torcedores preferissem o tricolor Carlos Alberto Torres na direita. Com a camisa “canarinho” atuou em 8 jogos e marcou um gol, sendo 7 oficiais.


Quando voltou ao Brasil teve a honra de ser campeão carioca pelo Bangu no final do ano, diante do Flamengo. Mesmo valorizado, o “Touro Sentado” – como era chamado - continuou em Moça Bonita por mais duas temporadas, sagrando-se novamente vice-campeão carioca em 1967. Só deixou o clube no início de 1969, quando a crise gerada pela saída da família Andrade forçou o Bangu a vender seus melhores jogadores. Atuou em 201 jogos e marcou 4 gols pelo time de Moça Bonita. Foi jogar no Vasco e ganhou o Campeonato Carioca de 1970 e o Brasileiro de 1974, disputando 266 jogos e assinalando 6 gols.



Depois, atuou no América-RJ (1975) e no ABC-RN (1976/77). Ao encerrar a carreira, virou técnico, comandando com relativo sucesso as equipes do São José (SP), Campo Grande (RJ), CSA, Uberlândia e Operário (MS).


Veio a falecer em 28 de novembro de 2012, em São José dos Campos (SP), quando lutava contra um câncer de estômago, aos 68 anos.

 

Fonte: Bangunet com algumas informações adicionais.

 

CILINHO: O PAI DOS MENUDOS DO MORUMBI

 


Até a segunda metade da década de 80, Otacílio Pires de Camargo, o CILINHO, era conhecido no cenário nacional como um técnico que revelava grandes talentos nos clubes do interior paulista.


Convidado para dirigir o São Paulo, formou um dos melhores times da história do Tricolor. Grande parte do elenco, e da equipe titular, era formada por meninos vindos das categorias de base, e por essa razão o time do São Paulo passou a ser conhecido como “Os Menudos do Morumbi”, referência a um grupo musical formado por adolescentes porto-riquenho, que, na época, faziam sucesso internacionalmente. Foi campeão paulista em 1985 e 87. Comandou o São Paulo em 243 jogos, com 108 vitórias, 85 empates e 50 derrotas, entre os anos de 1984/86 e 1987/89.


O que muitos não se lembram é que ele não aceitou um convite para dirigir a Seleção Brasileira na época em que era técnico do São Paulo. A razão: Cilinho acreditava que não teria liberdade para executar o trabalho como desejava. Essa é uma questão que parece não ter fim no comando técnico da Seleção. Por essas e muitas outras Otacílio Pires de Camargo deixou um legado mais do que positivo para o esporte brasileiro. Praticamente fez toda a sua carreira de técnico no futebol paulista, saindo apenas para trabalhar em duas oportunidades no Sport Recife, em 1973/74 e 1977.


O ex-técnico morreu em 28 de novembro de 2019, aos 80 anos, em Campinas, sua cidade natal, após complicações em decorrência de uma AVC, do qual se recuperava desde 2018.

quarta-feira, 23 de novembro de 2022

CELSO GARCIA: O GAROTO DO PLACAR

 


Celso de Paula Garcia nasceu em Lorena, interior paulista. O Garoto do Placar – como era conhecido – integrou, na década de 50, a equipe de jornalismo da Rádio Continental, passando depois para o Departamento de Esportes comandado por Waldir Amaral. Em 1962, antes da Copa do Mundo, no Chile, Waldir se transferiu para a Rádio Globo e Celso o acompanhou.


Na Rádio Globo, Celso foi narrador e, posteriormente, comentarista. Também trabalhou no departamento de esportes da Rádio Tupi, quando fez a cobertura da Copa do Mundo de 1978. Em 1990 ele se aposentou da carreira jornalística. Celso Garcia foi um dos grandes nomes do rádio esportivo brasileiro. Marcou época com seus bordões: "não adianta chorar, Fulano (e dizia o nome do goleiro)... a nega tá lá dentro" ou "e atenção garoto do placar do Maracanã, coloque... (e divulgava o placar após a marcação de um gol)".


Um fato marcante em sua vida ocorreu em 1967: um amigo da família Antunes Coimbra levou o Celso para assistir a uma partida do River, time de futebol de salão, e observar um garoto franzino de 14 anos, chamado Zico. O River ganhou de 14 a 0 e o “garoto franzino” marcou nove gols. No dia seguinte ele bateu à porta da casa dos Antunes e combinou de levar Zico para um treino no Flamengo, seu time de coração. Celso o levou para a Gávea, onde se transformaria no maior craque rubro-negro de todos os tempos. Há de se fazer o registro que o Zico já treinava na escolinha do América, levado pelo irmão Edu. 


Celso Garcia faleceu em 23 de novembro de 2008, aos 79 anos, no Rio de Janeiro, vítima de complicações cardíacas. 



terça-feira, 22 de novembro de 2022

FLÁVIO COSTA: UM NOME QUE MERECE RESPEITO

 


FLÁVIO Rodrigues COSTA é mineiro de Carangola, onde nasceu em 14 de setembro de 1906. O que poucos sabem é que Flávio Costa começou a vida esportiva como jogador antes de abraçar a carreira de técnico. Jogou por muitos anos no Flamengo – de 1926 a 1936 – marcando 16 gols em 148 jogos. Foi um esforçado médio e ganhou o apelido de “alicate” por usar as pernas para apertar os adversários em carrinhos temerários.


É o treinador que mais comandou o time da Gávea: 784 jogos. Apesar de ter conquistado o primeiro tricampeonato carioca da história do Flamengo (1942/43/44), o Campeonato Sul-Americano de 1948 pelo Vasco (359 jogos como técnico), e a Copa América de 1949 comandando a Seleção, Flávio Costa ficou marcado por ter sido o técnico do Brasil na fatídica Copa do Mundo de 1950. 


Trabalhou também na Portuguesa (RJ), Santos, Porto/Portugal, Colo-Colo/Chile, Portuguesa de Desportos, São Paulo, América (RJ), Bangu, Cruzeiro e Volta Redonda, quando encerrou a carreira em 1976.


No entanto, sua história não pode ser resumida apenas ao fracasso da Copa de 1950. O seu nome faz parte do seleto grupo de grandes treinadores do futebol brasileiro. Considerado o primeiro técnico brasileiro estrategista, Flávio Costa foi um dos inventores da diagonal, sistema tático brasileiro que fazia com que a equipe fosse mais ofensiva por um lado e mais defensiva pelo outro. Era um treinador duro, exigente, polêmico, disciplinador e não aceitava interferência de dirigentes em seu trabalho, assim como não aceitava preparador físico. Resumindo: foi um grande profissional do banco de reservas e tinha uma paixão sem limites pelo futebol.


Durante sua carreira teve muitos atritos com dirigentes e jogadores por causa de seus posicionamentos decididos e duros. Por ordem dele foram afastados do Flamengo dois grandes craques: Gérson (vendido ao Botafogo) e Dida (vendido à Portuguesa de Desportos). Anteriormente, já havia afastado do Vasco o polêmico Heleno de Freitas, contratado sem que o mesmo fosse consultado.


Comandou o Brasil em 59 jogos, sendo 56 oficiais.


Flávio Costa morreu na capital carioca, aos 93 anos, vítima de aneurisma abdominal (dilatação das artérias do abdômen), em 22 de novembro de 1999.

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

PARADA: UM ÍDOLO DO BANGU

 

                                                                          Paulo Borges, Parada e Cabralzinho

Antônio Parada Neto morreu no dia 21 de novembro de 2018, aos 79 anos, em sua casa, na capital paulista. Nos últimos anos de sua vida, o ex-jogador tinha muita dificuldade de locomoção e vivia de "bicos".

Fonte do texto: Bangunet

Parada veio do juvenil do Ypiranga para o Palmeiras, onde jogou entre 1957 e 1960, atuando em 71 partidas e marcando 19 gols. O centroavante, no entanto, já não estava mais nos planos do clube paulistano em 1961, quando a diretoria decidiu trocá-lo pelo goleiro Rosã, da Ferroviária de Araraquara.

Atuou dois anos no interior, chamando a atenção do técnico Tim, do Guarani. Em 1963, no entanto, quando o grande estrategista foi recontratado pelo Bangu, Tim logo sugeriu a Euzébio e Castor de Andrade que comprassem o passe de um vistoso atacante da Ferroviária.

Em Moça Bonita, Parada foi o grande nome do ataque alvirrubro, junto com Bianchini. Sua técnica apuradíssima era tão badalada que chegou, em muitas excursões, a ser anunciado como “o Pelé Branco”. No Bangu, ele participou da ótima equipe que ficou em terceiro lugar no Campeonato Carioca de 1963, depois de liderar praticamente todo o certame e perder o título somente nas últimas rodadas. Nos dois anos seguintes, amargou o vice-campeonato ao perder a decisão de 1964 para o Fluminense e, nos pontos corridos, o título para o Flamengo, em 1965.

No ano em que o Bangu seria campeão, em 1966, Parada já não estava mais no elenco. Fora vendido ao Botafogo, onde, pelo menos, foi artilheiro do Torneio Rio-São Paulo. Em 1967, retornou ao Bangu, mas jogou pouco, apenas cinco jogos. Voltou ao Botafogo, onde finalmente foi campeão carioca, em 1968. Depois, esteve ainda no Corinthians. No entanto, a situação de reserva no Parque São Jorge não contentava o craque que, decidiu, pela última vez, regressar a Moça Bonita, em 1969. Fez o total de 140 jogos e 53 gols com a camisa banguense.

As chances também foram poucas e ele percebeu que a sua melhor fase no futebol carioca tinha passado. Em 1970 foi para o Amazonas, onde voltaria a chamar a atenção, atuando pelo Fast e depois pelo Rio Negro. Encerrou a carreira em 1975, com uma grave contusão no joelho.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

FERENC PUSKAS: O MAJOR GALOPANTE

 


Ferenc Puskas nasceu em Budapeste no dia 1º de abril de 1927. Lendário atacante húngaro e considerado o maior jogador do mundo antes do surgimento de Pelé. Dono de habilidade precisa para passes e dribles curtos e secos, além de um primoroso chute de esquerda, era um jogador refinado e técnico. Um dos maiores de todos os tempos. Recebeu a alcunha de “O Major Galopante”, pois era major da cavalaria do exército húngaro. Em comparação com outros jogadores da época, era considerado gordo e baixo. Colocava brilhantina nos cabelos negros e penteava-os para trás.


Pela Seleção Húngara ganhou o ouro nos Jogos Olímpicos de Helsinque, em 1952. Foi vice-campeão mundial em 1954. Era o capitão do selecionado húngaro e marcou 4 gols na competição. Tem a impressionante média de praticamente um gol por jogo atuando pela Hungria, com 83 gols marcados em 84 jogos. De 1950 a 1954, os húngaros disputaram 32 jogos, vencendo 28 e empatando quatro. A invencibilidade foi cair justo quando não podia: na final da Copa da Suíça, para a Alemanha Ocidental. Perdeu por 3 a 2, após estar vencendo por 2 a 0. O primeiro confronto entre estes países terminou 8 a 3 para Puskas e seus companheiros. Mesmo com a derrota, os húngaros ficaram na história daquele mundial como os praticantes do melhor e mais bonito futebol. 


Conquistou quatro campeonatos nacionais (1950/52/54 e 55) pelo Honved – 367 jogos e 379 gols, o time do exército e a maior equipe do mundo nos anos 50. Jogou ao lado de outros dois grandes craques como Kocsis e Czibor. Desertou e foi jogar pelo Real Madrid.  A ditadura e os conflitos com a União Soviética foram o motivo da deserção.


Continuou insaciável e conquistou o pentacampeonato espanhol (1961/62/63/64 e 65), uma Copa da Espanha (1962), uma Copa dos Campeões e um Mundial Interclubes (1960). Assinalou 242 gols em 262 jogos pelo time merengue.


Naturalizado espanhol, Puskas jogou quatro partidas pela Seleção, mas não marcou gols. Abandonou a carreira em 1966, aos 38 anos. Como técnico, levou o Panathinaikos, da Grécia, à final da Copa dos Campeões de 1971, contra o Ajax. Comandou outros 14 times de menor expressão em quatro continentes.


O ídolo morreu aos 79 anos, em 17 de novembro de 2006, em Budapeste, depois de ficar internado com uma pneumonia durante cerca de dois meses. Em 2000 ele foi diagnosticado com o Mal de Alzheimer.

 

terça-feira, 8 de novembro de 2022

PAULINHO: DE CAMPOS DOS GOYTACAZES PARA BRILHAR NO FLAMENGO

 


O ex-atacante Paulo de Almeida, mais conhecido como Paulinho, nasceu em Campos dos Goytacazes-RJ, em 15 de setembro de 1933. Tornou-se titular do Goytacaz, de sua cidade natal, aos 16 anos, e a partir de 1951 foi para o juvenil do Flamengo, levado pelo ex-presidente Gilberto Cardoso.


Fez parte do chamado “rolo compressor” rubro-negro, formado também pelo paraguaio Benitez, Esquerdinha, Dida, Joel e Evaristo de Macedo, que deu o tricampeonato carioca ao Flamengo em 1953/54/55. Paulinho não participou da campanha de 53, mas foi o autor do gol da vitória contra o Vasco, aos 43 minutos do 2º tempo, que deu o título de 1954. O jovem ponta-direita torna-se ídolo dos rubro-negros. Foi o artilheiro do Campeonato Carioca de 1955, com 23 gols. As atuações pelo Flamengo – 143 jogos e 58 gols marcados – o levaram para a seleção brasileira, em 1956. Vestiu a camisa do Brasil em 6 jogos e marcou 1 gol, todos oficiais.



No ano seguinte, veio a decepção. O Flamengo resolve vender Paulinho para o Palmeiras e o seu futebol não foi mais o mesmo, como ele mesmo declarou: “Eu não queria ir. Adorava o Flamengo e, naquela época, jogar bem no Flamengo era garantia certa de estar na seleção. Me venderam e nunca mais fui o mesmo”. Jogou no Palmeiras de 57 a 59, marcando 42 gols em 109 jogos. Insatisfeito com a reserva e com problemas com o técnico Oswaldo Brandão, aceitou um convite do River Plate e foi para a Argentina, em 1960.


O futebol apresentado já não era o mesmo e ainda atuou pelo Estudiantes, também da Argentina, e no futebol venezuelano, onde encerrou a carreira no Desportivo. Depois de perder os bens em negócios que não deram certo, fato corriqueiro no meio dos boleiros, passou seus últimos anos de vida no balneário de Atafona, em São João da Barra, cidade próxima a Campos, morando sozinho e de favor numa pequena casa, contando com a ajuda de um parente para sobreviver. Ele tinha um sonho de rever os amigos do Flamengo e, poucos meses antes de sua morte, foi homenageado em um evento na sede social do clube, reencontrando velhos companheiros de time.


Em setembro de 2013 completou 80 anos, e veio a falecer menos de dois meses depois, vitimado por um enfisema pulmonar, em 8 de novembro, na cidade de Campos.

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

TOBY: TÍPICO JOGADOR QUE TODO TÉCNICO GOSTA DE TER SOB SEU COMANDO

 


Os banguenses se deram conta de quem era Toby na decisão do Campeonato Brasileiro de 1985. Jogando pelo Coritiba, o meia foi um dos que desequilibraram aquela partida, inclusive recebendo a falta que seria convertida por Índio no 1º tempo.


O Coritiba levou o título e Toby passou a ser uma fixação para Castor de Andrade. Por isso, no início de 1986, o Patrono pagou a fortuna de 700 milhões de cruzeiro pelo meia do Coritiba, na época com 24 anos.


O rapaz tinha tido uma vida difícil. Na juventude tinha sido bóia-fria, que coletava café no interior do Paraná, até fugir para a zona urbana da cidadezinha de Uraí e tomar gosto pelo futebol.


No Bangu, Toby era uma das apostas para a Taça Libertadores da América de 1986. No entanto, acabou fracassando junto com o restante do elenco na competição internacional. O resultado é que, ao final da temporada, Toby ainda não tinha justificado toda a sua fama, nem os milhões investidos. E muito torcedor jurava que ele só tinha jogado bola mesmo naquela final de 1985.


Para os treinadores, porém, Toby era peça fundamental no meio-campo. Guerreiro, combativo, Toby ajudou na conquista da Taça Rio em 1987 e manteve-se como titular do Bangu nos dois anos seguintes, quando a equipe já começava a perder seus maiores craques.


O ano de 1988 terminou com o rebaixamento no Campeonato Brasileiro da 1ª Divisão e Toby. Em 1989, Toby cumpriu suas últimas atuações – com grande seriedade e personalidade – durante o Campeonato Carioca e numa excursão à Europa. Quando regressou, fez alguns jogos pelo Campeonato Brasileiro da 2ª Divisão, mas logo foi vendido para o Vitória, onde o técnico João Francisco, que já tinha trabalhado com o meia no Bangu em 1988, pedira a sua contratação. Encerraria a carreira no Iraty (PR). Vestiu a camisa banguense em 156 jogos e marcou 4 gols.


Faleceu de infarto fulminante, em 3 de novembro de 2015, aos 53 anos, quando morava no Paraná. Dorival Mateus da Costa era paranaense de Uraí, onde nasceu em 18 de fevereiro de 1962.

 

FONTE: BANGUNET

 

Minhas considerações: consta em sua ficha a passagem por outros clubes (Cruzeiro-MG, Operário-PR, Juventus, de Jaraguá do Sul-SC, São Paulo, de Rio Grande-RS, e Sinop-MT).

 

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

CEZAR RIZZO: “SACUDINDO, SACUDINDO O FUTEBOL DO BRASIL”

 


Marcante locutor do rádio esportivo brasileiro, Cezar Rizzo morreu no dia 21 de janeiro de 2018, aos 82 anos, em Niterói-RJ, após lutar há mais de dez anos contra um câncer no fígado, além de sofrer dos males de Alzheimer e de Parkinson.

 

Natural de Vitória-ES, Cezar Rizzo era apaixonado por futebol. Foi goleiro no Espírito Santo e, quando desistiu da carreira nos gramados, começou sua trajetória no rádio, em 1959. Em seus quase 60 anos de carreira como locutor, trabalhou nas seguintes emissoras de rádio: Vitória (ES), Espírito Santo (ES), Itatiaia (MG), Guarani (MG), Tupi (RJ), Poti (RN), Sociedade da Bahia (BA), Vera Cruz (BA), América (RJ), Tupi (SP), Globo (RJ), Jornal do Brasil (RJ), Nacional (RJ), Tropical (RJ), Tamoio (RJ), Brasil (RJ) e Manchete (RJ).

 

Em sua carreira, Cezar Rizzo cobriu quatro Copas do Mundo (1982, 1986, 1994 e 1998), uma Olimpíada (Moscou, 1980) e 50 Grandes Prêmios de Fórmula 1. Algumas de suas narrações foram ouvidas em São Paulo, no começo dos anos 80. As rádios Excelsior (SP) e Eldorado (RJ), ambas do Sistema Globo de Rádio, transmitiam o mundial de Fórmula 1. Havia um revezamento de profissionais dos dois veículos para a narração das corridas e Rizzo fazia parte delas.

 

“Sacudindo, sacudindo o futebol do Brasil” era o famoso bordão usado pelo locutor.

 

Fonte: Terceiro Tempo com acréscimos.