quinta-feira, 29 de julho de 2021

AMARILDO: O POSSESSO


 

Amarildo Tavares da Silveira nasceu em Campos dois Goytacazes-RJ, em 29 de julho de 1940. O ex-atacante iniciou a carreira no Goytacaz e posteriormente foi dispensado dos juvenis do Flamengo.


Servia o Exército quando foi levado ao Botafogo pelas mãos do jogador Paulistinha. Autorizado por João Saldanha, fez um teste e acabou aprovado. Jogador de estilo impetuoso, drible fácil e ótimo finalizador, acreditava em todas as bolas. No Glorioso conquistou o bicampeonato estadual de 1961/62 e marcou 135 gols em 238 jogos.


Em 1962, seguiu com a Seleção para a Copa do Mundo. Amarildo se consagrou ao entrar no lugar de Pelé, que havia se machucado. Marcou os dois gols na vitória por 2 a 1 de virada sobre a Espanha, classificando assim a Seleção Brasileira para as quartas de final. Firmou-se como titular e, por sua valentia, tanto pelo Botafogo quanto na Seleção, ganhou o apelido de Possesso.


Pela Seleção foram 24 jogos e 9 gols marcados, sendo 22 jogos oficias e 6 gols. Sua atuação na decisão contra a Tchecoslováquia coroou a trajetória do “Possesso” na Copa do Mundo. O Brasil venceu por 3 a 1 e depois da Copa Amarildo deixou o Botafogo para defender o Milan. Atuou durante nove temporadas no futebol italiano, tendo conquistado o Campeonato Italiano pela Fiorentina, em 1969.


O último clube de Amarildo na Itália foi a Roma. Voltou para o Brasil e assinou com o Vasco. Foi submetido a uma séria operação no joelho esquerdo que o levou a encerrar a carreira, em 1974.

sexta-feira, 23 de julho de 2021

DJALMA SANTOS: UM LATERAL DE EXCELÊNCIA

 


Djalma Santos nasceu na capital paulista em 27 de fevereiro de 1929.  Lateral-direito que possuía uma técnica primorosa e um dos mais perfeitos condicionamentos físicos de sua época. Sempre muito seguro na parte defensiva, apoiava com elegância e eficiência. Exímio marcador, dono de uma saída de bola qualificada e ótimo nas bolas alçadas sobre a área. Suas cobranças de lateral eram verdadeiros cruzamentos sobre a área adversária. Deixou o seu nome gravado na galeria dos grandes laterais do futebol mundial.


Despontou para o futebol na Portuguesa de Desportos – 453 jogos (campeão do Rio-São Paulo em 1952 e 55), e durante nove anos foi ídolo e um dos grandes nomes do Palmeiras – 498 jogos e 10 gols (campeão paulista em 1959/63 e 66, da Taça Brasil em 1960 e 67, do Rio-São Paulo em 1965 e do Roberto G. Pedrosa em 1967). Encerrou a carreira no Atlético Paranaense, em 1972, e ainda foi campeão estadual em 1970.


Participou das Copas do Mundo de 1954/58/62 e 66, sendo bicampeão em 1958/62. Na Copa de 1958, Djalma ficou na reserva em todos os jogos. Menos na final, quando entrou devido a uma contusão do lateral De Sordi, titular até então. A partida contra a Suécia foi tão irrepreensível que Djalma, além de ganhar o título, foi considerado pela crônica esportiva mundial o melhor do mundo em sua posição. Ele precisou de apenas 90 minutos para receber tal honraria. Vestiu a camisa do Brasil em 111 jogos, sendo 98 oficiais e 3 gols.  


Dono de uma conduta ímpar e uma lealdade exemplar terminou a carreira sem ter sido expulso uma única vez. Assim ele foi descrito em uma reportagem da revista Placar: “Ele nasceu para ser o maior. Sua biografia é uma coleção de vitórias técnicas e morais. Um monumento de simplicidade e modéstia.”


Djalma Santos residia em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e faleceu aos 84 anos em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, em 23 de julho de 2013.

 

JOSÉ ERASMO TOSTES POR JOFRE GERALDO SALIM

 


José Erasmo Tostes nos deixou no dia 23 de julho de 2016. Faço uma homenagem singela a esse ilustre cidadão que fazia parte da Academia Miracemense de Letras. Outra de suas facetas era a poesia. Foi premiado no Concurso em Brasília (promovido pela Maçonaria), no Festival de Poesias Faladas em São Fidélis e no Concurso Regional de Poesias em Itaocara. Editou o “Histórico da Maçonaria em Miracema”. Compôs letras carnavalescas para o Grupo Reviver, do qual participou efetivamente. Escrevia mensalmente suas crônicas para o Jornal Liberdade de Expressão sob o título “Tipos e Fatos Inesquecíveis”. Daí surgiu o livro do mesmo nome. Livro esse que é obrigatório ter um exemplar na estante para conhecer pessoas e histórias antigas de Miracema. Sem contar os inúmeros Diplomas e Certificados, recebeu a Comenda Ordem do Mérito D. Pedro I por completar, na época, 50 anos de Maçonaria (completou 63 anos de participações e atividades). Soma-se a isso Títulos Beneméritos, Menções honrosas e no ano de 2015, o Prêmio Cultural Dr. Hermes Simões Ferreira pelo Conselho Municipal de Cultura de Miracema. O seu legado tem que ser lembrado por outras gerações. Um grande nome da cultura miracemense!

 

JOFRE GERALDO SALIM E JOSÉ ERASMO TOSTES, uma dupla que já não está mais entre nós e que merece todo nosso respeito e admiração. Dois valiosos filhos de Miracema. 

 

JOSÉ ERASMO TOSTES POR JOFRE GERALDO SALIM

 

Nota: transcrito da contracapa do livro Tipos & Fatos Inesquecíveis, de José Erasmo Tostes, publicado em 2008. 

 

“José Erasmo Tostes veio ao mundo em 1931, e desde muito cedo começou a sua árdua luta pela vida. Os primeiros passos de trabalho foram dados no comércio ao lado de seu saudoso e inesquecível pai. Foi empregado, e dos melhores, de firmas importantes. Mais tarde, com o falecimento do pai, com muita disposição e dificuldade, montou o seu próprio negócio no comércio a que se habituara desde criança e que foi a grande escola da sua vida.

 

Por maiores que fossem as dificuldades, o bravo Erasmo não desanimou e esmoreceu, estando sempre enfrentando com galhardia os vendavais da vida. Erasmo possui um cérebro privilegiado onde, a despeito das agruras, há lugar para as cintilações do pensamento, tornando-se de uma hora para outra, memorialista, articulista e poeta, brindando-nos todo com deleitosos artigos em que recorda com sadio humor, fatos e vultos históricos do passado de Miracema, tendo o cuidado de jamais denegri-los, além de publicar versos bem feitos e sutis que nos encantam.

 

O estro de Erasmo esteve adormecido durante muitos e muitos anos; despertou agora, na idade provecta, para alegria nossa, de maneira fulgurante. Eu sempre vibro e exulto quando surge no nosso meio alguém que se destaca em qualquer mister, enaltecendo e dignificando os nossos foros de cultura, como é presentemente o caso de Erasmo, nosso brilhante conterrâneo e amigo dileto, septuagenário, mas, mesmo assim, novo rebento literário da nossa terra.”

 

 


quinta-feira, 22 de julho de 2021

HISTORINHAS DE NATAL - POR JOSÉ ERASMO TOSTES

 


Aproxima-se a festa que mexe com todos. A tristeza desaparece. Quando o sino da Matriz anuncia a chegada do Natal seja você o Papai Noel. Dê um aperto de mão, um sorriso, um abraço. Aqueles que estão fora de casa procurem um abrigo, um bar, um lugar de refugio. Nesse dia o amor renasce em todos os lares.

Minha mãe todos os anos armava um presépio em nossa casa e hoje meu neto Gustavo continua o mesmo costume, além de cooperar com a ornamentação do presépio da Igreja Matriz.

O Natal hoje é diferente dos de antigamente. Os presentes são mais sofisticados, a maioria são jogos eletrônicos, televisão, computadores, celulares e outros mais. Lembro-me que fazíamos compra na Loja do José de Assis e na Loja Samaritana. Os brinquedos eram feitos de madeira como caminhões, aviões e ioiôs. As nossas brincadeiras eram com bolas de meias, carrinhos, carteiras vazias de cigarros, carrinhos de rolimãs, revólveres e espingarda de madeira.

Cada família comemora o Natal a seu jeito de acordo com suas posses. O meu amigo Tião Carreiro compra um frango, uma garrafa de vinho, bebe umas biritas e pronto, estamos conversados. Aqui em casa era a Nilcéa quem resolvia tudo. Fazia pernil de porco ou cabrito, empadão, cuidava do vinho e outras iguarias. Comprava presentes para os filhos, para os netos e irmãos, para a lavadeira, a cozinheira e o lixeiro. Ficava tudo embrulhado em cima da cama com os nomes. Para mim, um pijama de calça xadrezinho e blusa branca. Estava desconfiado que já ganhei aquele pijama umas três vezes.

O meu amigo Viegas conta que quando criança ganhava presente regularmente. Seu pai era um pequeno negociante. Mas os negócios não iam bem, então, teve que vender tudo para saldar as dívidas. Passou a viver como pedreiro e pequenos biscates. O dinheiro sempre faltando. Chegara o dia de Natal. Será que também Papai Noel estava sem dinheiro para trazer os presentes? Pensou o filho. Foi dormir e no dia seguinte, ao amanhecer, em seu sapatinho estava um jogo de soldadinhos de chumbo, que ele mostrava a todos os seus coleguinhas para alegria geral. Mas, no dia seguinte, os soldadinhos de chumbo sumiram. Procurou por toda parte e não os encontrou. Hoje, casado e com filhos, vendo- os brincar lembra sempre daqueles soldadinhos que nunca mais saíram de sua memória. Um dia sua mãe lhe revelou que o seu pai os havia tomado emprestados para satisfazer a sua vontade uma vez que não poderia comprar, e os havia devolvido no dia seguinte. Aí ele compreendeu o que não passa um pai que se humilha para fazer a vontade de um filho. Ele nada falou, mas dentro do seu peito ele gritava - Pai te amo! Tu és um grande Pai! Naquela lição ele aprendera que o pai, para não decepcionar o filho, passou uma grande humilhação.

O Zeca Amaral convidou o José Carlos Rabelo e Lauro Quintal para cearem em sua casa. Havia comprado um peru temperado, daqueles com válvula que assobia após estar assado. Serviu tira gosto e cerveja enquanto esperava o peru assar. Lauro, mais apressado, disse ao Zeca que ia ver o peru, pois o mesmo estava demorando a ficar pronto. – Calma, disse o Zeca. - Quando estiver pronto ele apita. Ficaram então esperando o assobio do apito. Como estava demorando demais abriram o forno e o peru havia virado uma rolinha de tão assado, e o apito não funcionou.

Voninho abriu uma loja para vender colchões, a fim de encaminhar os filhos no comercio. Com ajuda de Dona Iaiá, avó dos rapazes, ele aplicou certa quantia na loja. Os negócios iam bem. Aproximando-se o Natal, os netos resolveram presentear Dona Iaiá. Aproveitaram quando ela saíra de casa, colocaram um colchão da melhor qualidade em sua cama e atearam fogo no colchão velho. Ao chegar Dona Iaiá, foi o maior desespero. As economias de mais de dez anos estavam dentro do colchão velho.

DEZEMBRO/2014

segunda-feira, 19 de julho de 2021

CARVALHO LEITE: O MARAVILHA DA SERRA

 


Carlos Antônio Dobbert de CARVALHO LEITE nasceu em Petrópolis-RJ, em 25 de junho de 1912. Atacante de estilo trombador, com excelente faro de gol, de chute forte e perfeita colocação na área, onde era genial. Um dos maiores artilheiros do futebol brasileiro nos anos 30. Começou a carreia no Petropolitano, de sua cidade natal, e chegou ao time da Estrela Solitária em 1929. Faz parte da história do Botafogo, seu único clube ao longo da carreira, assim como o também botafoguense Nilton Santos.


Foi campeão carioca em 1930/32/33/34 e 35). É o segundo maior artilheiro do clube, com 275 gols em 325 jogos, entre os anos de 1929 e 1941, ficando atrás apenas de Quarentinha, que assinalou 308. O terceiro é Garrincha, com 242 tentos.


Ele foi um dos heróis da conquista do tetracampeonato carioca de 1932/35, e artilheiro dos Cariocas de 1936/38 e 39. Encerrou a carreira prematuramente aos 29 anos, lesionado. Em 1931, na primeira visita de um time carioca ao futebol europeu – o Vasco da Gama – Carvalho Leite acompanhou, por empréstimo, a delegação vascaína na excursão e atuou em oito das doze partidas marcando sete gols.


Tornou-se médico e dedicou sua vida profissional durante 50 anos ao Botafogo, trabalhando até os 84 anos. É um nome que faz parte da história do clube e muitas vezes não é lembrado como deveria por parte da mídia e dos próprios torcedores alvinegros. É claro que os mais velhos conhecem um pouco de sua trajetória dentro da instituição.


Participou das Copas do Mundo de 1930 e 34. Vestiu a camisa do Brasil em 26 jogos e marcou 14 gols, sendo 11 oficiais e 5 gols.


Morreu na capital carioca em 19 de julho de 2004, aos 92 anos, deixando uma linda história com o clube de General Severiano.


Nota: em algumas publicações constam que ele nasceu em Niterói.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

PAULO VALENTIM: O TRISTE FIM DE UM ARTILHEIRO

 


PAULO Ângelo VALENTIM foi um atacante de estilo trombador, mas inteligente, de marcante presença na área e raro sentido de oportunidade. Nascido em Barra do Piraí-RJ, em 20 de novembro de 1932, Paulinho faz parte do seleto grupo de grandes atacantes da história do Botafogo, sendo também um de seus principais artilheiros. João Saldanha foi o responsável por trazê-lo do Galo. Na final do Campeonato Carioca de 1957, na vitória do Botafogo por 6 a 2 contra o Fluminense, Paulo Valentim foi o autor de cinco gols, com direito a um de bicicleta.


Atuou no Central de Barra do Piraí (RJ), Guarani de Volta Redonda (RJ), Atlético Mineiro (bicampeão mineiro em 1954/55), Botafogo – 206 jogos e 135 gols (campeão carioca em 1957), Boca Juniors – 115 jogos e 71 gols (campeão argentino em 1962 e 64), São Paulo – 10 jogos e 4 gols (foi titular durante algumas rodadas do Campeonato Paulista de 1965) e Atlante/México, onde encerrou a carreira. Quando veio para o São Paulo, aos 33 anos, já estava em declínio em decorrência da vida boêmia.


A sua passagem pelo futebol argentino foi marcante e fez dele um ídolo da exigente torcida do Boca. O ex-atacante é reverenciado com o seu nome na Calçada da Fama do time portenho. A sua transferência para a Argentina veio logo após a brilhante participação com o Brasil no Sul-Americano de 1959, disputado em Buenos Aires. Nessa competição foi a sua única passagem vestindo a camisa da seleção, marcando 5 gols em 5 jogos oficiais.


Teve um final de vida muito triste, pois morreu pobre e doente – excesso de cigarro e bebida – na capital Argentina, vítima de problemas de coração e hepatite, em 9 de julho de 1984,  ainda muito novo, aos 51 anos. Paulo Valentim foi casado com Hilda, que inspirou o romance Hilda Furacão e a minissérie na Rede Globo.


Nota: transcrevo abaixo uma reportagem da revista Esporte Ilustrado, de setembro/1956.


O NOVO PAULINHO DO BOTAFOGO...


O futebol carioca está cheio de "Paulinhos". Há um no Flamengo, outro no Fluminense, enfim, um clube que se preze tem que ter, hoje em dia, um Paulinho em suas fileiras. Por isso, o Botafogo, que já tinha um Paulinho, mas que não acertou e, portanto, teve o seu nome incluído no rol daqueles que seriam vendidos, tratou de arranjar um novo Paulinho. Por sinal, havia um, em Minas, que se projetava como goleador  emérito e que, por isso mesmo, fôra incluído no "scratch" da CBD que foi a Assunção disputar a Copa Osvaldo Cruz. O Botafogo não perdeu tempo, mandou logo um emissário a Belo Horizonte , o sr João Saldanha para negociar com o Atlético o passe daquele que parecera ser o mais indicado para ocupar o posto de centroavante do quadro de Zezé Moreira. Dele se tinham boas informações: era peitudo, entrão, cabeceava bem e sabia como bem aproveitar as oportunidades. Era um centroavante nos moldes da preferência do treinador, do tipo do homem que ele precisava para ficar lá na frente lutando com os zagueiros e tentanto o "goal". O alvinegro desembolsou na ocasião Cr$ 1.000.000,00 pelo passe, tendo o jogador ficado com Cr$ 200.000,00, pois como bom mineiro, Paulinho já havia segurado o seu, por força de uma cláusula no contrato com o Atlético, segundo a qual, 20% do seu passe seria em seu benefício. 

Paulo Valentim - este o seu nome - nasceu em Juiz de Fora, aos 20 dias de novembro de 1932. Começou a jogar futebol nas "clássicas" peladas. Quando rapazola ainda, foi para Barra do Piraí, onde teve oportunidade de ingressar num time organizado e que jogava de chuteiras. Era o Central E.C., onde ocupava a posição de ponta direita. Depois, aceitando um promissor convite de um amigo, transferiu-se para Volta Redonda, onde foi-lhe dado um emprego na Cia Siderúrgica Nacional, ao mesmo tempo que ingressava no Guarani, um dos mais poderosos quadros de futebol da cidade do aço, tornando-se profissional, pois o clube lhe pagava ordenado, bicho, gratificações, tudo numa média mensal de Cr$ 3.000,00. Em 1954, foi para o Atlético Mineiro, tendo como técnico Ondino Vieira. Nessa época, ainda ocupava a posição de ponta direita. Entretanto, quando o "coach" uruguaio cedeu o posto a Ricardo Diez, este, como uma das primeiras providências, fez uma experiência com Paulinho no comando do ataque. Não é necessário dizer-se que ele aprovou e se projetou, até, como um dos melhores na posição. Nos "carijós" foi bicampeão nas temporadas 54-55.


Minhas considerações: Paulo Valentim é mineiro ou nasceu em solo Fluminense? Há de se fazer o registro que seu pai, Joaquim Valentim (o Quim), jogava em Juiz de Fora quando de seu nascimento. Quim, que era zagueiro, também jogou no Atlético Mineiro e encerrou a sua carreira com 40 anos, jogando no Central e no Royal de Barra do Piraí. Levando-se em conta as informações ora mencionadas, cheguei à conclusão que Paulo Valentim nasceu em Juiz de Fora, apesar de todas as menções de Barra do Piraí como sua cidade natal.