domingo, 30 de outubro de 2022

RODRIGUES, O "TATU"...

 


Francisco RODRIGUES foi apelidado de “Rodrigues Tatu” pela semelhança física com o animal. Nascido na capital paulista em 27 de junho de 1925, esse atacante, que tinha um canhão no pé esquerdo, começou a carreira no Ypiranga, em 1942 e, em 1945, transferiu-se para o Fluminense, onde ficou até 1950. Durante esse período, ganhou o Campeonato Carioca de 1946 e foi o artilheiro da equipe tricolor e do campeonato ao marcar 28 gols em um ataque que marcou 97 gols no total. Ao todo pelo Fluminense ele atuou em 196 jogos e marcou 98 gols. Foi uma passagem marcante pelo time carioca.


Em 1950, durante a Copa do Mundo transferiu-se para o Palmeiras, onde jogou até 1955 na sua primeira passagem. Na equipe alviverde, ganhou o Campeonato Paulista de 1950, o Torneio Rio-São Paulo de 1951 e foi decisivo na conquista da Copa Rio, também de 1951, marcando um gol em cada um dos jogos. Vestiu a camisa do Palmeiras em 221 jogos e marcou 125 gols, confirmando sua fama de goleador.


Em 1955, foi para o Botafogo, antes de voltar ao Palmeiras em 1956, depois passando pelo Juventus, em 1957, e pelo Paulista, em 1958, e voltar para o Juventus em 1959. Terminou a carreira no Rosário Central da Argentina, em 1961.


Foi convocado para as Copas do Mundo de 1950 e 1954. Disputou pelo Brasil 21 jogos e marcou 7 gols, sendo 18 oficiais e 4 gols.  


Morreu novo, aos 63 anos, em 30 de outubro de 1988, na capital paulista, vitimado pela diabetes, sem as duas pernas, que foram amputadas em decorrência da doença. Ele sempre foi boêmio e nunca negou que gostava da noite.

 

 

terça-feira, 25 de outubro de 2022

DON ELIAS FIGUEROA

 


Elias Ricardo FIGUEROA Brander nasceu em Valparaíso, no Chile, em 25 de outubro de 1946. Zagueiro elegante, de técnica refinada, errava muito pouco e que também sabia fazer dos cotovelos uma arma contra aqueles que invadiam sua área, que ele chamava de “minha casa”. Figueroa foi um zagueiro quase perfeito. A liderança e o estilo elegante de jogar logo lhe valeram o apelido "Don Elias". 


O craque chileno dividiu com Falcão, no início dos anos 70, a condição de maior ídolo do Internacional. Foi dele o gol que deu a vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, na final do Campeonato Brasileiro de 1975. Capitão da equipe desde o primeiro jogo, Figueroa se despediu do Inter em 1977, sob fortes protestos da torcida, inconformada com a sua saída. Deixou o seu nome gravado na história do clube gaúcho, com 26 gols marcados em 336 jogos.


Figueroa jogou no Santiago Wanderes/Chile, Unión La Calera/Chile, Peñarol (campeão uruguaio em 1967 e 68), Internacional (campeão gaúcho em 1971/72/73/74/75 e 76, e do brasileiro em 1975 e 76), Palestino (campeão chileno em 1978), Fort Lauderdale Strikers/Estados Unidos e Colo-Colo/Chile.


"Don Elias" foi o único jogador a ser eleito três vezes consecutivamente como o Melhor Jogador da América do Sul (1974/75/76). Na Copa do Mundo de 1974, apesar da péssima campanha do Chile, recebeu o título de melhor zagueiro da competição. Em 1999, ganhou um lugar na seleção sul-americana do século, em votação com jornalistas de todo o continente. 


Participou das Copas do Mundo de 1966, 1974 e 1982. Defendeu o Chile em 47 jogos e marcou 2 gols.   

 

 

domingo, 2 de outubro de 2022

EDER JOFRE: ETERNO CAMPEÃO




De uma família tradicional de pugilistas, por muito pouco o menino Éder Jofre não nasceu num ringue de boxe. Mas logo o pequeno Éder estava engatinhando ao redor do ringue e dando os primeiros passos em cima da lona na qual tios e irmãos treinavam. Apesar de mostrar rapidamente um talento natural, ninguém ainda poderia imaginar que ele se transformaria simplesmente no maior de todos, no mais representativo da família Jofre e até hoje considerado o maior pugilista brasileiro de todos os tempos. Nascido na capital paulista em 26 de março de 1936, Éder foi e continua sendo um exemplo para os desportistas do país. 

E a trajetória para chegar ao topo começou de forma meteórica.  Em 1943, com apenas 7 anos de idade, Éder Jofre já subiria num ringue. Foi no Estádio Paulo Machado de Carvalho, o Pacaembu, numa exibição entre mirins. No entanto, as lutas para valer logo viriam. A estreia no boxe amador se deu em 1953, como peso-mosca, e, três anos depois, representava o Brasil na Olimpíada de Melbourne, na Austrália, chegando até as quartas de final.

Embora não tenha conquistado qualquer medalha, Éder prosseguiu na carreira de forma vitoriosa. Em 1958, foi campeão brasileiro e um ano depois, sul-americano. Em 1960, precisamente no dia 18 de novembro, veio a glória maior. Ao vencer o mexicano campeão mundial Elói Sanchez, conquistou o cinturão da categoria peso-galo. Virou um verdadeiro herói nacional.

Em 1961, essa condição de ídolo foi reforçada. Nos Estados Unidos, conseguiu o título dos pesos-galos também pela National Boxing Association, unificando os títulos. Depois dessa unificação, o “Galo de Ouro” defendeu o título em sete oportunidades até 1965, ano em que perde por pontos para o Japonês Harada. Em 1966, amarga a perda da revanche para o mesmo Harada, responsável pelas suas duas únicas derrotas em sua brilhante e inesquecível carreira.

Abandona o boxe para voltar em 1969, agora como peso-pena. Venceu até 1976, todas as 25 lutas que disputou pela categoria. Como campeão mundial dos pesos-pena – título conquistado em 1973 – Éder encerra sua carreira  em 1976, aos 40 anos, com um invejável cartel: 81 lutas, 75 vitórias – 50 por nocautes, 4 empates e 2 derrotas (em dois contestados combates contra Harada). Os seus feitos no ringue são reconhecidos até hoje no mundo do boxe. 

Entre as diversas homenagens que recebeu ao longo de sua carreira, em 1992 ganhou o título de “Maior Peso-Galo” de todos os tempos, e passou a ocupar um lugar no “Hall of Fame”, de Nova Iorque.  Assim como o Rei Pelé, Éder Jofre deveria ser mais reverenciado em seu país, pois não se pode contar a história do boxe mundial sem ter um capítulo especial dedicado a esse ETERNO CAMPEÃO. 

Morreu aos 86 anos, em 02 de outubro de 2022, em decorrência de complicações de uma pneumonia. Ele estava internado desde março numa clínica em Embu das Artes, na Grande São Paulo.