Aílton Corrêa Arruda
nasceu em Recife-PE, em 26 de abril de 1937, e depois de um início de carreira
avassalador no Sport Recife, esse goleiro multicampeão conquistou o coração de
diversas outras torcidas.
Manga tinha uma provocação capaz de deixar qualquer torcedor
do Flamengo furioso: “Flamengo é bicho certo. Eu gasto o dinheiro na véspera”. Manga era assim mesmo: antes de tudo, um provocador.
Tecnicamente, foi um dos grandes goleiros do Brasil. Embora não tenha sido
campeão mundial – disputou apenas uma Copa, a de 1966, quando o Brasil
fracassou –, acumulou vários títulos nos oito times que defendeu. O mais importante foi o Mundial Interclubes de
1971, pelo Nacional de Montevidéu. Manga
tinha um físico privilegiado: mãos grandes – sofreu diversas fraturas nos dedos
durante a carreira – elasticidade, boa colocação e foi um grande pegador de
pênaltis.
Ele sempre foi um vencedor. Estreou no Sport Recife em 1955.
Quando deixou a equipe pernambucana, no final de 1958, havia conquistado três
estaduais – 1955/56/58. Ganhou fama e foi contratado pelo Botafogo, onde fez
parte do esquadrão que dominou o futebol carioca na década de 60, ao lado de craques como
Gérson, Quarentinha, Didi, Garrincha e outros. Jogou 445 partidas e sofreu 258 gols
defendendo o Glorioso. Foi campeão carioca em quatro oportunidades:
1961/62/67/68. Antes de deixar o Botafogo foi campeão da Taça Brasil de 1968.
Manga ajudou a fazer do Flamengo um “freguês de caderno” do
Botafogo nos anos 60, mas deixou General Severiano em 1968, após um
desentendimento com o jornalista e técnico João Saldanha. Manga se mudou para o
Nacional, do Uruguai, clube que defendeu de 1969 a 1974, com enorme brilho e
muitas conquistas. É considerado um dos
grandes goleiros da história do time uruguaio. Foi tetracampeão nacional em 1969/70/71/72. Para
coroar sua passagem vitoriosa pelo Nacional, ganhou a Taça Libertadores da
América e o Mundial Interclubes de 1971.
De volta ao Brasil, seguiu colecionando títulos pelo
Internacional, que ele defendeu entre 1974 e 1976 e de cuja torcida se tornou ídolo.
Aquela foi uma época de ouro do time gaúcho, e Manga deixou sua marca na
conquista do tricampeonato gaúcho de 1974/75/76 e no bicampeonato Brasileiro de
1975/76.
Ele passou rapidamente pelo Operário-MS, time que ajudou a
levar às semifinais do Brasileiro de 1977, sendo eliminado pelo São Paulo, que
foi o campeão naquela temporada. Jogou ainda no Coritiba, sagrando-se campeão
paranaense de 1978, e retornou ao futebol gaúcho para defender o Grêmio –
grande rival do Internacional – e conquistar o título gaúcho de 1979. Em 1981 se mandou de vez para o Equador, onde
defendeu o Barcelona de Guayaquil até 1982. Ganhou o título nacional de 1981 e
depois de encerrar a carreira, especializou-se em treinador de goleiros.
Poucos jogadores no futebol brasileiro têm uma carreira tão
vitoriosa em clubes como foi a trajetória do ex-goleiro, que jogou até os 45
anos de idade. No dia 26 de abril de 1983 foi criado o "Dia do Goleiro". A data escolhida serviu para homenagear o ex-goleiro Manga, nascido nesse dia.
Batia um bolinha no campinho da vila ferroviária em Campina Grande Paraíba. e os guris que jogavam de goleiros sempre se diziam "MANGA", QUANDO DE UM DEFESA ESPETACULAR FAZIAM". Hoje vejo a trajetória desse goleiro como uma das mais justa premiadas. Corajoso, enfrentou todas as condições e honrou o dom que recebeu como artista da bola. Parabéns "MANGA" Por tudo que fez pelo futebol e a nossa SELEÇÃO. Pena que não tenha defendido o meu Flamengo!
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