segunda-feira, 30 de abril de 2018

OBRIGADO, DR. NEY MENNA GUTTERRES!

Foto do Instagram de Ricardo Tostes 

HOMENAGENS EM VIDA SÃO MARCANTES E INESQUECÍVEIS PARA O HOMENAGEADO; HOMENAGENS PÓSTUMAS SÃO APENAS LEMBRANÇAS PARA OS FAMILIARES.

Um amigo é alguém que sabe a canção de seu coração e pode cantá-la quando você tiver esquecido a letra. 

Sem palavras para descrever o que presenciamos no encerramento do desfile cívico escolar no último domingo de abril (29), quando o Dr. Ney foi ovacionado do início ao fim da Rua Marechal Floriano, reconhecimento esse por todos os serviços prestados em prol da medicina. O seu nome, Dr, Ney, está escrito e gravado com letras douradas em nossos corações! Chega a ser difícil conseguir as palavras certas para traduzir o agradecimento que o senhor merece. As lágrimas que derramamos durante a homenagem foram de alegria por compartilhar da sua “alegria” ao lado de seus familiares e de seus amigos.

Ser médico, não é simplesmente fazer uma opção. Ser médico, não é uma profissão como outra qualquer, pois você vai cuidar de um ser humano, você tem que salvar vidas, e para isso tem que trabalhar com o coração. A sua área específica tem o dom único e o prazer de ajudar a trazer novas vidas a esse mundo. Há médicos do corpo e médicos da alma. Felizes são aqueles que, como o senhor, conseguem reunir as duas profissões. 

Muitas vezes o remédio mais importante para o tratamento de seu paciente não se encontra nas farmácias. Ele é composto por respeito, carinho, dedicação e pode ser oferecido a cada consulta. Essas três palavras mágicas, “respeito”, “carinho” e “dedicação”, tão ausentes no mundo que vivenciamos, fazem parte de sua trajetória na medicina.

AVANTE MIRACEMA!


sábado, 28 de abril de 2018

BODAS DE 01 A 100 ANOS



Bodas é o nome da celebração das festas de casamento, sejam elas no civil ou religioso. As bodas são comemoradas todos os anos, e a cada ano ela recebe um significado e uma denominação diferente. 
O termo bodas é oriundo do latim, e significa promessa. Bodas foi escolhido pois refere-se aos votos matrimoniais, feitos no dia do casamento. Para cada ano de bodas existe um material que representa a nova etapa, e já é uma celebração tradicional na cultura ocidental comemorar o aniversário de bodas. 
A tradição das bodas surgiu na Alemanha, onde era costume de pequenos povoados, oferecer uma coroa de prata aos casais que fizessem 25 anos de casados, e uma de ouro aos que chegassem aos 50. Então, com o passar dos séculos, foram criadas outras simbologias para os anos que ficam entre 1 e 100, e quanto mais tempo de casado, maior é a importância do material, do mais frágil ao mais forte.
Bodas de 01 a 100 anos de Casamento
01º – Bodas de Papel
02º – Bodas de Algodão
03º – Bodas de Couro ou Trigo
04º – Bodas de Flores, Frutas ou Cera
05º – Bodas de Madeira ou Ferro
06º – Bodas de Açúcar ou Perfume
07º – Bodas de Latão ou Lã
08º – Bodas de Barro ou Papoula
09º – Bodas de Cerâmica ou Vime
10º – Bodas de Estanho ou Zinco
11º – Bodas de Aço
12º – Bodas de Seda ou Ônix
13º – Bodas de Linho ou Renda
14º – Bodas de Marfim
15º – Bodas de Cristal
16º – Bodas de Safira ou Turmalina
17º – Bodas de Rosa
18º – Bodas de Turquesa
19º – Bodas de Cretone ou Água Marinha
20º – Bodas de Porcelana
21º – Bodas de Zircão
22º – Bodas de Louça
23º – Bodas de Palha
24º – Bodas de Opala
25º – BODAS DE PRATA
26º – Bodas de Alexandrita
27º – Bodas de Crisoprásio
28º – Bodas de Hematita
29º – Bodas de Erva
30º – Bodas de Pérola
31º – Bodas de Nácar
32º – Bodas de Pinho
33º – Bodas de Crizopala
34º – Bodas de Oliveira
35º – Bodas de Coral
36º – Bodas de Cedro
37º – Bodas de Aventurina
38º – Bodas de Carvalho
39º – Bodas de Mármore
40º – Bodas de Esmeralda
41º – Bodas de Seda
42º – Bodas de Prata dourada
43º – Bodas de Azeviche
44º – Bodas de Carbonato
45º – Bodas de Rubi
46º – Bodas de Alabastro
47º – Bodas de Jaspe
48º – Bodas de Granito
49º – Bodas de Heliotrópio
50º – BODAS DE OURO
51º – Bodas de Bronze
52º – Bodas de Argila
53º – Bodas de Antimônio
54º – Bodas de Níquel
55º – Bodas de Ametista
56º – Bodas de Malaquita
57º – Bodas de Lápis-lazúli
58º – Bodas de Vidro
59º – Bodas de Cereja
60º – Bodas de Diamante
61º – Bodas de Cobre
62º – Bodas de Telurita
63º – Bodas de Sândalo
64º – Bodas de Fabulita
65º – Bodas de Platina
66º – Bodas de Ébano
67º – Bodas de Neve
68º – Bodas de Chumbo
69º – Bodas de Mercúrio
70º – Bodas de Vinho
71º – Bodas de Zinco
72º – Bodas de Aveia
73º – Bodas de Manjerona
74º – Bodas de Macieira
75º – Bodas de Brilhante ou Alabastro
76º – Bodas de Cipestre
77º – Bodas de Alfazema
78º – Bodas de Benjoim
79º – Bodas de Café
80º – Bodas de Nogueira ou Carvalho
81º – Bodas de Cacau
82º – BODAS DE CRAVO
83º – Bodas de Begônia
84º – Bodas de Crisântemo
85º – Bodas de Girassol
86º – Bodas de Hortênsia
87º – Bodas de Nogueira
88º – Bodas de Pêra
89º – Bodas de Figueira
90º – Bodas de Álamo
91º – Bodas de Pinheiro
92º – Bodas de Salgueiro
93º – Bodas de Imbuia
94º – Bodas de Palmeira
95º – Bodas de Sândalo
96º – Bodas de Oliveira
97º – Bodas de Abeto
98º – Bodas de Pinheiro
99º – Bodas de Salgueiro
100º – BODAS DE JEQUITIBÁ

Com informações de Marli Oliveira (eventos personalizados)


quinta-feira, 26 de abril de 2018

MINHA RUA - POR JOSÉ ERASMO TOSTES



Passamos a vida fazendo as mesmas coisas todos os dias. Às vezes em minha rua, fico reparando os meus vizinhos. Bem cedo, antes do amanhecer, escuto o barulho do varredor começando a sua lida diária. O barulho do cilindro da padaria já deixamos de ouvir há tempos, hoje são mais modernos.

Às seis da manhã chega o jornaleiro, entrega seus exemplares e na volta passa recebendo. O Altair passando assobiando baixinho e balançando a cabeça ao fazer seu cooper diário. Antes das sete, vejo o primeiro a abrir sua loja, o Chiquinho Alfaiate, que abre, pega a mangueira e molha a rua todos os dias, invariavelmente. Quando chega a noite, após a varredura, pega a vassoura, esfrega-a na árvore para eliminar a poeira e tira com as mãos alguma coisa que ficou agarrada na mesma.

Abaixo um pouco, o Thiara com seus badulaques a ornamentar a calçada, com bolas, calcinhas, óculos, cintos e muitos outros objetos que são protegidos do sol por uma lona azul. Mais acima, o Garibalde, sempre sentado numa cadeira de praia, onde fica por várias horas durante o dia. A Cilene, todas as manhãs a jogar água em frente ao Supermercado Real. A Tânia com sua barraca de bijuterias com relógios, carteiras, fitas, brinquedos e muitas outras coisas a mais, na calçada do Wilson há mais de dez anos.

A Cecéia coloca todos os dias na calçada os seus artigos para expor: pias, canos, arame farpado... mostruários para atrair os seus fregueses, de onde as mercadorias são levadas pelo seu caminhão.

As empregadas domésticas a descer todos os dias, carregando as suas bolsas, para o trabalho. O movimento dos alunos em direção à escola, o locutor da Rádio Princesinha que chega à porta para apreciar a paisagem enquanto a fita está rodando. O caminhão do lixo sempre ao meio-dia.

Ainda tem o Fernando Chaveiro, que conserta de tudo, amola tesoura e mais, sempre deixa uma placa com o aviso: “Volto já”. O Carequinha dentista, sempre atrasado e sem pressa para atender os seus pacientes. O Beto, no Bar do Pernoca, pintando na tabuleta: “Hoje tem feijoada”. No outro dia: “Hoje tem canjiquinha com costela”. O carteiro, que passa sempre às três horas da tarde há mais de vinte anos. No açougue do Betinho, que fica ao meu lado, começa cedo o movimento. Muita água para fazer a limpeza. Depois chega o caminhão do Matadouro, com o boi abatido, que vai para o gancho para ser desossado. Depois da venda diária, na hora de fechar, toma sua cervejinha no Zé Amim, porque ele não é de ferro. Do lado direito, o Tetinho, sempre cochilando numa cadeira. Quando acorda, queixa-se de uma injeção que tomou há mais de trinta anos. E o vigia noturno, que vejo mais de dia do que de noite. Cinco ou seis sexagenários (brochas) que após fechar a Loja do Marcellino, sentam na porta para falar de sexo e mulheres.

E assim a vida vai continuando sempre a mesma, a repetir dia-a-dia os nossos hábitos, e nessa trajetória diária, vamos vivendo, e junto conosco envelhecendo também as árvores de nossa rua, aonde os pardais, todas as tardes, às cinco e meia, vêm chegando com um alarido em profusão para buscar o abrigo e o agasalho das folhas para passarem a noite. No outro dia bem cedo, no alvorecer, parte em bando com seus trinados a procura de alimento.
Ouço o sino da Matriz bater as horas. E começa tudo outra vez.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

INDIGNADO COM O FORO PRIVILEGIADO? LEI PERMITE SUSTAR AÇÃO PENAL CONTRA PARLAMENTAR.


Nota do Blog: mais uma das inúmeras aberrações que protege a classe política. 

Se você acha injusta a existência de um foro privilegiado para políticos que respondem a crime, saiba que há um outro dispositivo legal - mas menos conhecido - que garante a uma Casa parlamentar, tanto federal quanto estadual, a possibilidade de suspender o trâmite de qualquer processo. O artigo 53 da Constituição possibilita que um deputado ou um senador só responda à ação, seja qual for o crime, após deixar o cargo.

Lá diz que, "recebida a denúncia contra o senador ou deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal (STF) dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação".

Para que isso ocorra, ao menos um partido tem de fazer a solicitação e metade dos parlamentares da Casa aprovar a edição de um decreto. A regra vale "apenas" para crimes cometidos após a diplomação. O dispositivo é o mesmo em Constituições estaduais. A de São Paulo, por exemplo, repete o mesmo no artigo 14 - excluindo, claro, o termo senadores e substituindo STF por Tribunal de Justiça (TJ). 

O jurista e advogado Marlon Reis, idealizador da Lei da Ficha Limpa, diz que os movimentos de ética na política devem defender a extinção desses dispositivos. "Os parlamentares já contam com imunidade no tocante às palavras e voto -- o que os distingue de todos os demais cidadãos. Essa distinção quanto à possibilidade de ver o processo sustado pelos próprios colegas de Parlamento é tão injustificável quanto à existência do foro privilegiado", afirma.




segunda-feira, 16 de abril de 2018

MOTORISTAS E CAMINHÕES - POR JOSÉ ERASMO TOSTES



Quando menino ficava embevecido ao ver passar em frente a minha rua, ainda sem calçamento, aqueles caminhões da época: Chevrolet tigre ano 38 carregado de tonéis de aguardente, escrito em sua traseira, Leão da Serra. Chevrolet Gigante ano 42 carregado de lenha para ser vendida para as padarias.

E foi em um caminhão Chevrolet 38 que João Cláudio levou a mulher e oito filhos em direção ao Paraná, atrás da corrida do ouro verde, que era o café, voltando somente após a guerra, com o dinheiro depositado no bolso da cueca, hospedando-se no hotel do turco José João na Rua das flores.

E tempos depois, já com mais idade, fiz diversas viagens de carona com motoristas meus conhecidos, só para matar meu desejo do passado. Aos 14 anos fui ao Rio de Janeiro pela primeira vez, na carona do caminhão International que pertencia ao Djalma Candinho, levando quase uma semana para chegar. Pela primeira vez presenciei o sofrimento de um motorista que carregava ajudante, enxada, enxadão e correntes para serem amarradas nos pneus. No Morro do Serrote, era como se chamava a serra em direção a cidade de Leopoldina - MG, onde se pegava o asfalto Rio-Bahia, cinco ou seis caminhões ficavam atolados no barro por dois ou três dias até parar a chuva e desagarrarem. Sebastião Magalhães fornecia comida a todos os motoristas que ali ficavam dias e noites batendo papo, tomando pinga para debelar o frio, comendo feijão tropeiro e arroz carreteiro.

Com o passar dos tempos foi chegando novos caminhões da marca International NV-AC, L160, L180. Ford F6 escrito em sua traseira: adeus pampa mia, F8 Big Job, F600, Dodge, Studebacker. São muitas as histórias dos caminhoneiros que mantive relações de amizade, por motivos outros vou mudar o nome de alguns.

Na época da construção de Brasília, fui de carona com meu amigo Dalton levar pedras para a embaixada da Rússia. Dalton tinha mudado recentemente para Miracema, vindo de Mar De Espanha, lá deixando dívidas com um motorista seu amigo, e, nessa viajem, ao pararmos para jantar num vilarejo chamado Cristalina, terra de pedras coloridas onde os habitantes faziam anéis e outros objetos de adorno. Vejo que o Dalton começou a se esconder. Perguntei o que estava acontecendo. “Que azar, neste fim de mundo o meu credor está justamente onde estamos”. Teve que se desculpar com o credor, só não pagou.

João Bichoca foi parar na fazenda do Chicrala Amim em Rio Doce. Lá chegando, vestiu o pijama do Chicrala, fazendo-se passar por seu sobrinho. Mandou matar um garrote, fez um churrasco, comeu os perus bronzeados, carregou o caminhão de toras e veio vender para o próprio Chicrala para pagar as prestações que devia do caminhão.

Francisquinho trabalhava com aguardente, tinha dois caminhões. Um vermelho, outro branco. Carregava 10 mil litros toda semana para São Paulo, que entregava a uma firma revendedora. Como o gerente não conferia a carga, toda semana ele acrescentava 500 litros d’água, chegando ao ponto de um dia levar somente água. Quando o gerente o chamou atenção, ele se desculpou dizendo que havia levado o caminhão errado, o branco em vez do vermelho.

Genuíno fez uma sociedade com seu pai Olegário. Bate com o caminhão e pede ao Olegário 300 cruzeiros para o concerto. Diz o Olegário: somos sócios. Vou te dar 150. Mas eu bati do lado do carona, diz o Genuíno, é onde fica a sua parte na sociedade.
O Manoelzinho e o Gonzaga viajavam sempre juntos e todos os dois mancavam de uma perna. Procuravam carga sempre para os mesmos lugares, sempre levando com eles mulheres que apanhavam pelas estradas, e paravam sempre no bar do Antenor. Passando os dias, levaram consigo as esposas, e ao chegar ao bar do Antenor, para as refeições, Antenor chamou-os à parte e disse: vocês sempre trouxeram umas mulheres mais ou menos, mas hoje trouxeram dois bagulhos de dar pena!

E na espera das cargas sempre batem um papo onde um diz Plimouth, o Citroen está uma Mercury. Ninguém tem Dodge da gente, mas eu não Lincol. A gente Nash, Ford, Ford faz Fiat, não sai de Simca nem Kaidelak. E quando os netos nos chama de Volvo, a gente Morris e Reossuscita. Outro diz, quando saí de casa a mulher me disse: deixa 100 reais para eu pagar o Supermercado. Fui à casa da amiga, ela me disse: deixa 200 para eu comprar umas roupas. Passo na casa de minha mãe e ela me diz: toma meu filho, 300, para você comprar o que precisar.

A vida de motorista de caminhão tem horas alegres e horas tristes. Horas alegres ao bater papo, jogar uma porrinha enquanto espera o frete, falando das garçonetes com os colegas quando bebem uma geladinha, ou água que gato não bebe. E as horas tristes em caminhos distantes ao lembrar-se da mulher e dos filhos que há muitos dias não se veem.     

quinta-feira, 12 de abril de 2018

TRIEL: UM ÍDOLO DO FUTEBOL GOIANO



Sebastião Hercules do Nascimento, mais conhecido como Triel, nasceu em Miracema (RJ), em 6 de novembro de 1950. Filho de Milton Pedro do Nascimento e Eva Rocha do Nascimento é mais um miracemense que se aventurou no mundo da bola. 
São Cristóvão 1972
Em pé: TRIEL, Norival, Celso, Jair, Dias e Almir;
agachados: Valdo, Alexandre, Eraldo, Madeira e Ivo.  
Esse ex-lateral-direito começou nas categorias de base do América, junto com o ex-lateral Nelinho, que naquela época jogava de volante, e por um breve período também teve a companhia de um garoto chamado Arthur, ainda muito franzino e que por lá ficou pouco tempo. Esse garoto em questão depois ficou conhecido como Zico. O resto da história todo mundo já conhece.
Botafogo-SP 1972
Em pé: TRIEL, Julio Amaral, Adalberto, Poli, Manoel e Roberto;
agachados: Geraldão, Maritaca, Alexandre Bueno, Jorge Demolidor e Luís Carlos. 
Voltando a falar do nosso conterrâneo, apesar de torcer pelo Vasco, uma de suas grandes decepções no futebol foi não ter assinado contrato com o Flamengo, onde fez testes e não ficou. Do América ele foi para o São Cristóvão e assim iniciou sua carreira profissional. Passou depois por Botafogo-SP (1972), Goiás (1972-1978) e Vila Nova-GO (1979-1981), onde pendurou as chuteiras. Além de ter sido um ótimo marcador, outra de suas virtudes era o potente chute.  
Em pé: TRIEL, Matinha, Marcus, Juci, Milton e Donizete;
agachados: Piter, Luciano, Pastoril, Lincoln e Rinaldo.

Triel foi ídolo do Goiás e um dos grandes jogadores do clube esmeraldino naquele período. Jogou ao lado do goleiro Amauri, outro destaque, nascido em Santo Antônio de Pádua. Transferiu-se para o maior rival do Goiás, o Vila Nova, onde também conquistou títulos e se preparou para encerrar a carreira. Essa transferência foi muito polêmica por se tratar de um jogador muito querido pelos torcedores do Goiás. Com toda sua experiência, Triel soube contornar a situação e também se destacou no Tigre goiano.
Em pé: TRIEL, Timora, Zé Luís, Roberto Oliveira, Valdo e Gabriel;
agachados: Zé Henrique, Erivelto, Roberto, Zé Ronaldo e Paulinho.
Com tudo isso, até hoje goza de muito prestígio no futebol goiano. Chegou a exercer a função de técnico e trabalhou em alguns times do estado de Goiás e da região central. Fixou residência em Goiânia onde curte sua aposentadoria.






quinta-feira, 5 de abril de 2018

SALVE-SE QUEM PUDER! SERÁ QUE SOBRA ALGUÉM?


O que os políticos estão roubando não é somente o dinheiro... É também o orgulho de ser brasileiro. Não é a ocasião que faz o ladrão, ela apenas revela quem são os ladrões. 

O atestado de “TROUXA” é fornecido pelo governo, mas quem assina é o povo. Nós temos o governo que merecemos.

Somos “obrigados” a votar – dizem que vivemos em uma democracia plena e de direito –, e não sabemos extrair benefícios dessa obrigação. Pelo contrário, quando chega o momento de escolher o seu representante, muitos eleitores só têm olhos para o próprio umbigo – dane-se o mundo! 

Sendo assim, temos que assumir a nossa parcela de culpa por tamanho descaso na hora de escolher os cidadãos de bem – reconheço que é uma tarefa dificiDILMA e TEMERosa – mas convenhamos, está em nossas mãos. 

Com muito PEZA"R"(ÃO)  não confio em mais ninguém! 

terça-feira, 3 de abril de 2018

MEU ALFAIATE - POR JOSÉ ERASMO TOSTES




Na década de cinquenta, em Miracema, havia nove alfaiatarias. Isto mostra como os homens se vestiam bem naquela época. Usavam tecidos como casimira Aurora, tropical Inglês, linho S-120, York Strit, Panamá, Caroá e até o brim cáqui. Em todas as solenidades e em todos os bailes os homens sempre se apresentavam de terno e gravata. A vida em nossa cidade era mais calma, poucos carros transitavam pelas ruas. Nas calçadas viam-se famílias sentadas reunidas batendo papo. Tínhamos o nosso médico de família; lembro-me certa ocasião em que meu pai mandou que eu chamasse o doutor Moacyr para uma consulta, e em menos de hora o mesmo estava chegando todo em terno de linho branco e gravata vermelha. Logo após a consulta a conversa descambou para o assunto de uma caçada, já que o mesmo era exímio caçador de paca. Ele começou a contar a caçada que fez junto com o seu amigo Manoel Valeiro, e fazia os gestos com as mãos como atirava, ajoelhava no chão e fazia a pontaria e imitava o cachorro latindo, até que o cachorro caiu numa fenda da pedra e ele teve que sacrificar o animal.

Mas voltando ao assunto dos alfaiates, as nove alfaiatarias eram do Sebastião Samel, Argeu Rangel, Zico Faria, Nilo Caldas na Rua Coronel Josino e outras três na Rua Direita: Amaro Leitão em frente ao Hotel Braga, em que trabalhavam os meus amigos apelidados de Botina e Coelho, a do Ernesto Granato, um italiano, em frente a Força e Luz. O Ernesto transformava em todos os carnavais a sua alfaiataria num bazar para vendas de artigos para o carnaval. Vendia de tudo: fantasias, máscaras, lança-perfume, confete e serpentina. Cem metros dali ficava a Alfaiataria do Dante Barbi, que tinha grande clientela. Às tardes, após o serviço, sempre tinha os jogadores de dama costumas, e nos fundos se jogava pif-paf. As outras duas ficavam na Rua Paulino Padilha, a dos irmãos Mercante, com o Noqueta talhando os ternos num corte mais moderno, como os de hoje. O Argentino e o Tiússa, seus irmãos, como ajudantes, além de diversos oficiais que trabalhavam na oficina e outros que faziam o serviço de acabamento em casa. Em certa ocasião, os Mercantes transferiram a alfaiataria para a Travessa do Ouvidor, no Rio de janeiro, mas depois retornaram. O Noqueta jogava bola no time do Tupã. Fazia ala de beque com o Jaminho.

Mas de todos esses alfaiates o meu era o Pepito. Talvez por ser o meu vizinho e ter ficado viúvo muito cedo. Ás vezes fazia as refeições em nossa casa. Pepito era baixo, meio gordo, pouco cabelo e gostava de usar chapéu, como era costume na época. Sua alfaiataria, que era simples, tinha dois manequins, um espelho, cadeiras de palha de taboa trançada, um ferro de brasa que deveria pesar seis quilos. Gostava de bater papo com ele, apesar de ser mais novo, mas gostava de ouvir as estórias que contava sobre os carnavais, onde ele passava todos os anos no Rio de Janeiro.

Pepito era meio excêntrico, ao mesmo tempo espirituoso, um pouco maldoso, como diziam, do bucho ruim. Tinha um freguês, o Sr. Amim do Cacheado, que pesava uns 150 quilos e era enjoado para roupa. Todo dia mandava ora abrir uma, ora apertar outra roupa, às vezes só passava, e ele ficava satisfeito. Pepito dizia que fazer roupa para o Sr. Amim era o mesmo que colocar lona em um circo. Certa ocasião o Adelino da padaria pediu que fizesse um terno para ser testemunha de um casamento. Diz o Pepito: “Me traz tantos metros”. E o Adelino, para fazer economia, trouxe menos um metro de pano.
 
- Não vai dá.
- Pode fazer que dá.

Pepito fez mais curto. Nas pernas das calças e nas mangas do paletó ficaram faltando pano. E o Adelino não foi ao casamento.
 

OS PERIGOS PARA A SAÚDE QUE MORAM NO SEU BANHEIRO.



Alguns itens que parecem inofensivos no nosso banheiro podem trazer sérios riscos à saúde, segundo novos estudos. Desde as toalhas molhadas estendidas e compartilhadas, até o próprio sabonete ou os brinquedos de borracha para as crianças, todos podem acabar sendo transmissores de doenças para crianças e adultos.

"O banheiro é um lugar bastante complicado quando o assunto é higiene", disse John Oxford, professor emérito de virologia da Universidade Queen Mary, em Londres.

Quantas vezes posso usar a toalha de banho antes de lavar? Comida que cai no chão pode ser salva em 5 segundos? Preciso mesmo tirar o sapato antes de entrar em casa?

"As pessoas passam muito tempo limpando a privada, mas seria bom se todos prestassem mais atenção ao banheiro como um todo e usassem sprays desinfetantes para limpá-lo". A segurança é outra questão importante no que diz respeito aos banheiros.

Veja a seguir preocupações e dicas de especialistas:

Patos de borracha e brinquedos
Em estudo reportado pela imprensa britânica, o Instituto Federal Suíço de Ciência e Tecnologia Aquática e a Universidade de Illinois analisaram 19 brinquedos de banheira e identificaram fungos em 58% deles. O líder do estudo aconselhou a não esguichar água do pato no rosto de uma criança, pois isso poderia causar "infecções nos olhos, ouvidos ou mesmo problemas gastrintestinais”.

Cadeirinhas de banho
Como você dá banho em um recém-nascido? Os pais sabem que um bebê é delicado demais para sentar em uma banheira normal, então é comum usarem cadeirinhas especiais para mantê-los ali. No entanto, essas cadeirinhas não oferecem 100% de proteção.

Um porta-voz da Sociedade Real pela Prevenção de Acidentes britânica disse à BBC que as "cadeirinhas de banho normalmente trazem uma falsa sensação de segurança, já que os bebês podem se afogar em apenas alguns centímetros de água. Isso pode acontecer em questão de segundos, e silenciosamente.”

"É importante manter o bebê ao alcance do braço o tempo todo para você conseguir segurá-lo se ele escorregar na água, uma vez que ele não conseguirá se endireitar sozinho.”

Sabão
 O propósito de um sabonete é justamente limpar suas mãos e seu corpo - então esse é o último lugar onde você imaginaria encontrar germes. Mas "a bactéria pode ficar no sabonete e passar de pessoa para pessoa", disse o professor  John Oxford.

"O banheiro é o lugar ideal para um vírus permanecer e se espalhar pelos moradores da casa."

Oxford aconselha, nesses casos, a utilizar sabonete líquido em dispensador para reduzir os riscos. O Instituto Nacional de Saúde britânico recomenda, também, que equipes de saúde pública usem sabão líquido e água morna para lavar as mãos.

Toalhas
 A boa e velha toalha de secar a mão ou o corpo após o banho também pode abrigar germes. Por isso, especialistas orientam que elas não sejam emprestadas para ninguém. Mas e quanto à toalha de mão que fica no banheiro compartilhado por todo mundo, inclusive pelas visitas? "Eu evitaria até isso. Os germes podem ficar na toalha por horas. Na verdade, uma toalha é um ótimo lugar para eles ficarem, já que é uma atmosfera úmida e propícia", afirmou.

"Meu conselho seria usar toalhas de papel descartáveis ou então toalhas (de uso) individual."

Superfícies escorregadias
A combinação de chão molhado e sabão cria o perigo de quedas graves no banheiro, que podem resultar em fraturas, cortes e hematomas - sendo os idosos os mais suscetíveis. Uma estratégia para evitar isso pode ser forrar o chão com tapetes de borracha e antiderrapantes, além de instalar barras de apoio para as mãos em locais estratégicos.

Fonte: BOLNotícias


segunda-feira, 2 de abril de 2018

AUTISMO E DOENÇAS GENÉTICAS E NEUROLÓGICAS


Autismo é hoje considerado uma síndrome comportamental com etiologias múltiplas e curso de um distúrbio de desenvolvimento. Ele é caracterizado por um déficit social visualizado pela inabilidade em relacionar-se com o outro, usualmente combinado com déficits de linguagem e alterações de comportamento. O DSM III-R é relatado como um quadro iniciado antes dos três anos de idade, com prevalência de quatro a cinco crianças em cada 10.000, com predomínio mais em indivíduos do sexo masculino (3:1 ou 4:1) e decorrente de uma vasta gama de condições pré e pós-natais.

Podemos para fins didáticos, listar os seguintes problemas, de ordem genética e neurológica, envolvidos no autismo infantil:

Infecções pré-natais – Rubéola congênita, sífilis congênita, toxoplasmose, outras (citomegaloviroses);
Hipoxia neonatal;
Infecções pós-natais – Herpes simplex;
Déficits sensoriais;
Espasmos infantis – síndrome de West;
Doença de Tay- Sachs;
Síndrome de Rett;
Fenilcetonúria;
Esclerose tuberosa;
Neurofibromatose;
Síndrome de Cornelia De Lange;
Síndrome de Willians;
Síndrome de Moebius;
Mucopolissacaridoses;
Síndrome de Down;
Síndrome de Turner;
Síndrome do X frágil;
Outras alterações cromossômicas;
Hipomelanose de Ito;
Síndrome de Zunich;
Intoxicações diversas.

A pesquisa diagnóstica dos quadros de autismo depende, portanto, de uma avaliação que pode ser sistematizada da seguinte maneira, de acordo com aquilo que expusemos até o presente momento:

História cuidadosa com fatores hereditários, pré e pós-natais, bem como de problemas associados;
Estudo neuropsiquiátrico envolvendo estudo do desenvolvimento, exames neurológicos, psiquiátricos e físicos (pele, coluna, genitais), anomalias físicas bem como avaliação psicométrica;
Testes de audição;
Exame oftalmológico;
Cultura cromossômica, inclusive em meio adequado para pesquisa de X frágil;
TAC ou ressonância magnética;
EEG;
Potenciais evocados;
LCR;
Cálcio urinário;
Ácido úrico;
TORCH;

Exclusão, através de testes específicos, de fenilcetonúria e mucopolissacaridoses, bem como de outros erros inatos do metabolismo. Essa avaliação clínico-laboratorial possibilita a pesquisa das etiologias citadas até o presente, após ter sido estabelecida a suspeita clínica, considerando-se a complexidade dos quadros autísticos e a impossibilidade de estabelecermos um diagnóstico etiológico exclusivamente através de uma abordagem clínica.

Tratamento
Não se pode falar em cura para o autismo. O indivíduo autista pode ser tratado e desenvolver suas habilidades de uma forma muito mais intensiva do que outra pessoa que não tenha o diagnóstico e então se assemelhar muito a essa pessoa em alguns aspectos de seu comportamento, mas sempre existirá sua dificuldade nas áreas caracteristicamente atingidas pela síndrome, como comunicação, interação social, etc. De acordo com o grau de comprometimento, a possibilidade de o autista desenvolver comunicação verbal, interação social, alfabetização e outras habilidades relacionadas, dependerá da intensidade e adequação do tratamento. Mas é intrínseco à sua condição de autista que ele tenha maior dificuldade nestas áreas do que uma pessoa “normal”.

No entanto, superar a barreira que isola o indivíduo autista do “nosso mundo” não é um trabalho impossível. Apesar de manter suas dificuldades, o indivíduo autista, dependendo do grau de comprometimento, pode aprender os padrões “normais” de comportamento, exercitar sua cidadania, adquirir conhecimento e integra-se de maneira bastante satisfatória à sociedade.

Fonte: Casa de David