sexta-feira, 29 de abril de 2022

DONA MARIA PESTANA: A FÁBRICA DE TECIDOS SÃO MARTINO AINDA EMOCIONA SEUS EX-FUNCIONÁRIOS...

 


Dentro dos festejos de emancipação político-administrativa de Miracema, que tem o dia três de maio como data comemorativa, ocorria no dia 1º de maio, em honra ao Patrono São José Operário, uma missa no pátio da Fábrica de Tecidos São Martino. Tive a oportunidade de participar de uma das últimas missas que por lá aconteceram, em 1986, quando servia o Tiro de Guerra. A data em que se comemora o “Dia Trabalhador” era aguardada com muita expectativa por funcionários, que juntos aos familiares se dirigiam ao pátio para assistirem a celebração em homenagem ao trabalhador. Após as missas eram servidos chocolates, bolos e outras iguarias aos presentes. Esses momentos são marcantes e ficam na memória daqueles que tiveram, não só o privilégio, mas a honra de trabalhar e participar desses eventos.

Afirmo que não teve em Miracema uma família sequer com um ou mais membros que trabalharam na fábrica. Da minha família materna, três tias fazem parte desse contexto. A nossa cidade perdeu uma parte de sua história com o fechamento da fábrica, e mais triste ainda ficou quando o prédio foi demolido.

 

Homenageando todos aqueles que dignificaram com seu trabalho em prol do crescimento e prosperidade da Fábrica e da Fiação e Tecelagem, destaco D. Maria Pestana, que em visita à Casa da Cultura Melchiades Cardoso, relembrou emocionada a sua época de funcionária ao tirar fotos com algumas das máquinas que durante trinta anos fizeram parte diária de sua vida profissional.



Clóvis Augusto de Souza (in memoriam), ex-funcionário da Torrefação de Café, e Maria Pestana de Souza formaram uma família de cinco filhos já com muitos descendentes: Carlos Augusto Pestana de Souza, Maria de Fátima Pestana de Souza, José Henrique Pestana de Souza (Quinho), Ana Lúcia Pestana de Souza e Cláudia Maria Pestana de Souza Fagundes. As tradicionais famílias Pestana e Souza tiveram muitos membros trabalhando na fábrica. Um adendo sobre os “Pestanas e Souzas” é o DNA de craques revelados para o futebol miracemense.





Francisco de Martino é um nome gravado para sempre na história de Miracema e do Estado do Rio, por ser o homem visionário que implantou uma grande fábrica no então distrito de Miracema, na época dos lampiões belgas. Para se ter uma breve noção da pujança da fábrica, em 1921, no ainda distrito de Miracema, empregava 50 operários e possuía 60 teares (máquinas para fins de tecelagem). Fabricava brins de algodão riscados, zíperes e tecidos de fantasia (algodão tinto e cru). Produziu 24.940 metros de tecidos de algodão cru e 59.024 metros de tecidos tintos e estampados.




 

Finalizando: Miracema respirava progresso.

domingo, 10 de abril de 2022

O FILÓSOFO DO FUTEBOL: CONSIDERAÇÕES DE ZEZÉ MOREIRA SOBRE O MUNDO DO FUTEBOL

 


Sobre previsões: “Jamais falei no sábado como meu time jogará no domingo. Futebol é imprevisível e na segunda-feira podem me chamar de mentiroso. Se tenho confiança na equipe, o que digo, na véspera, é que estamos preparados para enfrentar nosso adversário. Se não tenho, digo que será um jogo duro. Eis a chave”.

 

Sobre técnicos: “Bem, cada um tem sua norma de trabalho. Há alguns que transformam o time: ou encontram as soluções para suas deficiências ou dão maior confiança aos jogadores. Sinceramente, não sei se estou nesse grupo”.

 

Sobre métodos: “Estou no futebol há 48 anos e meu mérito, se tenho, é o de nunca deixar de trabalhar. Meu método é esse; talvez por isso tenho alcançado um milagre: fiquei quatro anos na Seleção Brasileira.

 

Sobre craques: “Não sou saudosista. O Friedenreich, o Leônidas, o Domingos da Guia e o Tim, para citar esses quatro, foram excepcionais em suas épocas, dentro de um tipo de futebol que se jogava na ocasião. Isso não quer dizer que defendo a tese de que não se adaptariam ao estilo atual. Absolutamente. O Leônidas seria hoje um fora de série, assim como o Pelé e o Tostão deslumbrariam as platéias da década de 40”.

 

Sobre ídolos: “Eles só se forjam nas grandes conquistas. Tenho a mais profunda certeza que Zito, Djalma Santos e até mesmo Garrincha – Pelé é um caso à parte – não teriam sido os ídolos que foram se não ganhássemos a Copa de 58. Por causa da derrota na Copa da Alemanha, não temos hoje ídolos nacionais; apenas de clubes, de cidades. O Marinho Chagas só será um ídolo verdadeiro se voltarmos vitoriosos da Argentina”.

 

Sobre estratégia: “Futebol, para mim, resume-se ao seguinte: o jogador deve facilitar a tarefa dos seus companheiros e dificultar a missão dos adversários, neutralizando seus pontos fortes e explorando seus pontos fracos. Elementar? Pois esse é o trabalho do treinador”.

 

Sobre títulos: “O treinador ganha para fazer sua equipe ganhar. Por isso, para a maioria, sua função resume-se em conquistar títulos. Eu, felizmente, sempre os conquistei”.

 

Sobre o jogador brasileiro: “A mistura da raça, notadamente a negra, ajuda muito o esporte. A subalimentação, por incrível que pareça, até ajuda. Ela não deixa o indivíduo com acúmulo de gordura, que é o maior inimigo do jogador de futebol”.

 

Sobre o futebol brasileiro: “Vivo há quase 50 anos no futebol e jamais tivemos uma fase tão ruim como esta. Onde estão os grandes craques do Brasil? Não os encontro. Há uma crise de talentos. Atualmente, não temos cinco grandes jogadores para integrar a Seleção”. (Maio de 1975)

 

Sobre o futebol: “Em futebol nada é impossível. Nada”.

 

Sobre a violência: “Se eu fui violento? Meu filho, futebol é jogado com os pés. Não se precisa pedir licença para usá-los. Eu, pelo menos, nunca pedi”.

 

NOTA: REPORTAGEM DE CARLOS MARANHÃO - REVISTA PLACAR/JANEIRO DE 1976.

 

quarta-feira, 6 de abril de 2022

SEBASTIÃO BRUNO: O DR. BONZINHO

 


No dia 6 de Abril de 1996, Miracema se despedia de um filho ilustre que, honrou com maestria e grandeza de um verdadeiro ser humano, a profissão que escolheu para exercer. Profissão essa cheia de cuidado, amor e generosidade para aqueles que sabem honrá-la. Medicina é a arte de dedicar a vida a cuidar da vida dos outros, praticando o amor ao próximo em sua essência. A pessoa doente não coloca somente a espera pela cura nas mãos do seu médico, mas também a sua esperança de vida. O poeta e crítico inglês, Samuel Taylor, assim definiu o médico: “O melhor médico é aquele que mais esperança inspira”.


Dr. Bruno nos deixou, mas sua história segue viva para aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

 

Presto minha homenagem a esse guardião da saúde que a todos atendia com o mesmo carinho e determinação, sem fazer a mínima distinção de sua classe social. Vestiu o jaleco branco e honrou sua profissão com muito orgulho e amor, deixando um legado inquestionável de solidariedade ao próximo. Desempenhou a sua função na medicina como poucos.

 

O modo carinhoso que ele era tratado por todos resume a sua trajetória: “Dr. Bonzinho”. Esse não media esforços para socorrer quem dele necessitava, independente das condições financeiras do paciente. Era o médico da família miracemense.

 

Tive o prazer de sua convivência na minha adolescência, porque foi ele o responsável por trazer meu pai para Miracema nos idos dos anos 60. Enveredou-se na política e representou Miracema na Câmara Municipal e na Assembleia Legislativa, mantendo a qualidade e seriedade do seu trabalho e conseguindo o respeito e admiração até dos adversários.

 

Em 3 de maio de 2008, durante os festejos de aniversário de emancipação, ocorreu a cerimônia de descerramento da placa denominando o PU (Posto de Urgência), DR. SEBASTIÃO BRUNO – DR. BONZINHO. Na oportunidade todos que fizeram uso da palavra enalteceram a brilhante trajetória do homenageado.

 

POR SÁVIO BRUNO

 

“De todas as pessoas que conheci em minha vida, não vi nenhuma que amasse tanto sua Terra Natal quanto o meu pai (Dr. Sebastião Bruno). Ele foi a pessoa com quem mais conversei. E nunca vi nem me deparei com ninguém que, como disse, louvasse tanto sua cidade, vivesse tão apaixonadamente para servi-la, aos cidadãos, a todo aquele que lhe acenasse carecendo de seus esforços ou que fosse, uma palavra amiga. Nunca vi. Trago meu pai como exemplo em cada passo que dou e, de alguma forma, caminhamos juntos.

 

Abraços a todos que tiveram a alegria de conhecê-lo. Ressalto a trajetória política que meu pai representou nossa cidade, de vereador a duas vezes Deputado Estadual, apaixonado por nossa terra Natal. Muito acompanhei de ambas as trajetórias - médico e representante de Miracema na Assembleia Legislativa da então capital, Niterói.”

 

 


domingo, 3 de abril de 2022

A NUVEM DO POLACA – POR ADILSON DUTRA






NOTA: ESSA CRÔNICA FOI PUBLICADA NO BLOG PAPO DE BOTEQUIM EM 27 DE DEZEMBRO DE 2009. 


A turma lá de cima parece que está com saudades da bola e com inveja daqueles que por aqui ficaram e fazem a festa neste final de ano. Sentado em sua nuvem particular, com mulatas, samba e um campinho particular, Jair Polaca mandou uma mensagem para Milton Cabeludo e o convidou para um papo cabeça no seu cantinho. 


Cabeludo foi e levou com ele o Juarez Beiçola e outros contemporâneos e no caminho pegaram o Pernoca e o Lauro, que estavam no entorno da nuvem do Silvinho, que tinha saído para visitar o pai, Maninho, que em outra parte observava os craques que chegavam para conversar com São Pedro.


Maninho foi localizado e levado para a nuvem do Polaca, que neste momento fazia uma ligação para o Gérson Coimbra já que a coisa fugiu do controle e precisava de uma organização no reduto. Seu Gerson chegou, botou a casa em ordem e começou a delegar poderes, mas para isto precisava da ajuda do Clarindo, que não fora localizado até aquele momento.

E a noticia do encontro se espalhou rapidamente e foram chegando os craques para uma pelada triunfal. Pintinho, com seu passo lento e tranquilo, chamou o Nenenzinho, que bateu uma mensagem para o Edil e todos seguiram rumo à nuvem do Polaca na maior prosa. O Nenenzinho queria saber se depois poderia colocar a fantasia de “mulinha” e sair pelas nuvens dançando e chamando a velha turma do “Fogaréu”. Nada disto, gritou o Cosme, se quiser samba terá que convidar o Zé do Carmo também e ele está preocupado é com o futebol de hoje. Samba é para o carnaval e é, comigo mesmo. O Mocinho e o Fota já estão de sobreaviso, disse o garoto que na terra ajudava o pai no comando da Unidos no Samba e Na Cor.


E os peladeiros foram chegando pouco a pouco, sem chuteiras, sem lenço ou documentos e o anfitrião já estava com seu livro de ouro rodando pelas nuvens e já tinha apanhado uns trocados com o Jamil Cardoso, Zé Carvalho e Nilo Lomba, seus amigos da prefeitura. E na passagem pela ala dos prefeitos o Maninho chamou o Olavo Monteiro para dar uma forcinha no meio campo de seu time, que teria, segundo ele, alguns craques da capital, levados pelo Caixa D’água e com o aval do Luiz Linhares, que a esta altura já fazia movimentação política no local.


O trio do Rink, Silvinho Moreno, Valcir Leite e Marcone Daibes, se animou e também armou uma lista de convidados, João Moreno e seu sobrinho Joltran, dois craques das peladas do Ginásio, se apresentaram imediatamente. A pelada prometia e ao que parece já tinha gente demais e faltava um homem para apitar. Pensaram em trazer um árbitro de outra nuvem, bem neutro, mas não tinham grana para levar um destes famosos e o jeito foi entregar o comando para o Rosário Mercante, que pelo menos tem crédito e sempre foi daqueles caras sérios quando apitava nos campos de grama aqui na terra.

Dirigentes demais reunidos e Caixa D’água queria fundar uma liga das nuvens, mas foi rechaçado pelo Luis Delco, mais novo no pedaço, que não queria um estranho no ninho e por isto foi chamar o Salim Bou-Issa para organizar a coisa, mas Altair Tostes passou rápido no espaço destinado as autoridades, bateu o martelo e decretou que a reunião seria entre colunas e o Farid Salim e seus manos José, Nacif e Jofre, cuidariam da alimentação enquanto o jovem Gustavo Rabelo cuidaria das camisas e das súmulas.


A turma se espalhava pela nuvem do Polaca, onze para cada lado e um punhado de reservas esperando vez no entorno do pedaço e aos poucos os dois treinadores foram chegando ao time correto e a festa estava pronta para ter o seu começo. 


Faltou espaço aqui e na nuvem do Polaca. Muitos queriam entrar em ação e o jeito foi fazer um torneio, tipo aqueles antigos Torneio Início, e a bola rolou macia durante todo o dia de Natal. 


sexta-feira, 1 de abril de 2022

FESTIVAL DA CANÇÃO DE MIRACEMA: A SEMENTE FOI PLANTADA NO FINAL DOS ANOS 60 – POR GILSON COIMBRA

 




Nota: transcrito do Blog O Vagalume, publicado em 25 de abril de 2009.

 

Porque fui o escolhido? Pelo que disse na outra comunidade? Agradeço pela distinção e pela oportunidade que estou tendo pra contar um pouco da esquecida história deste Festival. Como começou, no fundo... no fundo... eu não sei embora tenha participado ativamente da realização de pelo menos 4 deles (1969, 1970, 1971 e 1972). Acontece que o Grêmio Estudantil Alberto de Oliveira, do antigo Colégio Nossa Senhora das Graças, foi o responsável pelo nascimento do Festival em 1969. Se você me permite, preciso fazer aqui uma introdução que acho necessária para resgatar os acontecimentos que culminaram com a criação do Festival.

 

O GEAO, como nós o chamávamos carinhosamente (eu, o Luciano Mercante, o Guilherme Mercante, o Reginaldo Rizzo (grande presidente), o Afonso Leitão, o Mauro do Prof. Manuel Soutinho, a Natércia Rossi, a Bebel e muitos outros amigos) foi reestruturado na esteira dos grandes movimentos estudantis em meados da década de 60, para, juntamente com o GLERB, Grêmio Lítero Esportivo Rui Barbosa, do Colégio Miracemense, comandado por nosso amigo Carlos Luiz, revolucionar a juventude miracemense com brincadeiras dançantes, concursos de Rainha dos Estudantes, torneios de futebol de salão, etc. Nessa época, revolucionamos o Colégio N. S. das Graças, dirigido pela Profª Oraide Alves e pelo Prof. Darcy Anibal, com a transformação de seu auditório em nosso QG. Lá fizemos uma reforma... um grande mural numa das paredes (aquilo era meu orgulho)... uma colagem de fotos idealizada pelo Luciano (grande amigo que tive...) que causou alguma polêmica mas que foi um sucesso. Existia uma porta lateral, de madeira, onde fiz 4 desenhos em cartolina para cobri-la. Não tínhamos grana e a criatividade teria que ser exercitada. Um dos quatro desenhos era a figura legendária do Che Guevara (este desenho que se encontra nas camisetas hoje em dia... ele fumando um charuto). Veja só minha pretensão... tivemos que tirá-lo.

 

Os outros 3 desenhos nem me lembro quais eram (infelizmente não tenho nenhuma foto). Pois bem, o Grêmio, durante os anos em que fui diretor juntamente com esses amigos, transformou os nossos finais de semana... montamos uma excelente discoteca, fizemos muitos concursos, palestras, movimentando a vida cultural de nossa Miracema. Cabe aqui dizer do apoio TOTAL E IRRESTRITO da direção da escola. Eles traçaram para nós apenas, em linhas gerais, o pensamento da direção e nunca tivemos um atrito sequer... nem no caso do desenho do Che pois entendemos perfeitamente o posicionamento dos diretores. Foi um período riquíssimo para nós, posso afirmar... pelo menos pra mim foi.


Em 1968, com o término do Científico, me mudei pra Niterói e deixei para trás minha paixão, estruturada e mais viva do que nunca.

 
Na esteira de tudo isso, em 1969, recebi o convite dos meus amigos que ficaram em Miracema (não me lembro quais eram os diretores do Grêmio na época, infelizmente), em ajudar na organização do I FESTIVAL ESTUDANTIL DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA DE MIRACEMA. Não fiz muito, pois naquela época estudava pra fazer vestibular, mas ainda pude contribuir com alguns desenhos para que fosse confeccionado o logotipo do Festival (aquele que aparece naquela foto de jornal onde se encontram o Carlos Gualter e Zilda Santos um tanto velha, mas que guardo com carinho). Aquele time do Grêmio era vencedor... nem eu acreditava que pudesse dar em algo mais importante aquele Festival. E deu no que deu... sucesso absoluto. Aliás, ainda se usa o Hino de Abertura original escrito pelo Josemar Tostes Poly? ("Miracema canta... na voz do seu povo as mais lindas canções...")

 
Fala-se muito no Carlinhos Gualter, com razão, mas não podemos nos esquecer do Zé Cristóvão, o Josemar, o Adilson "Penacho", a Maria do Carmo, Flávio Ney Macedo, Fernando Nascimento, e muitos outros participantes daquele que foi o primeiro de uma série vitoriosa. Na organização, além da chefia do Prof. Darcy e dos que já citei acima, tinha ainda a Pingo, o Dua, o Júlio, o João do Ulisses, amigos saudosos.


No segundo ano, 1970, já sucesso absoluto, participei ativamente da realização já que havia perdido o vestibular... voltado pra Miracema pra esperar o concurso da metade do ano (naquela época não existia a proliferação de Faculdades que existe hoje... sempre havia um vestibular de meio de ano pra preencher as vagas que sobravam) e, aí sim... mergulhei de cabeça na organização. Aqui entra o Fernando Miguel, jornalista de Miracema que trabalhava em Niterói e que nos abriu as portas dos jornais do Rio. Aí sim, foi quando o Festival cresceu... a música vencedora, "Apostasia", de um rapaz de Bom Jesus – Raul Travassos – participou do Festival Estadual no Caio Martins interpretada por Maria Creusa. O festival ficou mais conhecido e aí deslanchou... outro nome a ser mencionado é de José Itamar de Freitas, que nos ajudava no contato com os artistas para convidar essa galera pro júri do Festival.

Participei ainda das edições de 1971 (IIIº) e 1972 (IVº) e depois não sei por que acabou... acho que foi por falta de apelo já que os Festivais de Música estavam em declínio. 
Pra mim foi muito importante ter participado de tudo isso, pois além das pessoas das quais já era amigo pude fazer outras amizades como a Pingo (que não vejo há muito tempo), companheira de idas e vindas pelo Rio de Janeiro atrás de artistas e personalidades da música. Guardo com carinho um recorte do Jornal Última Hora, onde aparecemos (eu, ela e Tânia) dando uma entrevista para o IVº Festival, onde deram um grande destaque... página inteira... Jorge Ben (hoje Benjor) de um lado e nós do outro. Bons tempos.