terça-feira, 26 de setembro de 2017

A COLONIZAÇÃO SÍRIO-LIBANESA NO NOROESTE FLUMINENSE


Extraído do site do INSTITUTO HISTÓRICO DE PETRÓPOLIS (RJ)

Os sírio-libaneses, costumeiramente denominados “turcos” em razão de terem a Turquia como porta de saída do Oriente, pois lhes fornecia o passaporte de emigração, são os estrangeiros que mais se adaptaram aos nossos costumes, possivelmente pela docilidade de temperamento, por professarem a mesma religião, serem pacientes e adotarem, em definitivo, a nova terra como a pátria, destruindo qualquer intenção de retorno à terra de origem.

Aqui deram os primeiros ensaios como imigrantes efetivamente a partir do início do século XIX e, com o desenvolvimento da cultura cafeeira, fortaleceram a corrente migratória para o Brasil. Descendentes dos fenícios, comerciantes natos como os antepassados, tinham facilidade para mercancia.

Ao aqui chegarem, muitos deles, com um baú às costas, cortando várzeas, vencendo morros, atravessando córregos e rios aproximaram-se das fazendas onde, de início, com fala não inteligível expunham suas mercadorias.

Posteriormente, após algumas economias, “o bom turco” adquiria um burrico para varar o longo e penoso percurso, e lá ia ele à frente puxando o animal, agora não mais com miçangas, botões, alfinetes, agulhas, colchetes, dedais, fitas, ligas, elásticos, meias, grampos para cabelos, espelhos, sabonetes, extratos e outros artigos de toucador, como nos primeiros tempos, mas com tecidos finos como seda, lingerie, organza, organdi, linho, cambraia, voil, crepe, tafetá, rendas guipir e richelieu, tudo que o apurado gosto exigia. As vendas eram certas e o pagamento, ainda que a prazo, “era dinheiro contado”, pois “o calote”, era palavra inexistente na cartilha dos compadres. Depois de algum tempo, outro animal era adquirido, desta feita para sua montaria.

E assim, numa faina incessante, durante anos no “mascate”, conseguia “o turco” amealhar algum dinheiro para, afinal, se fixar numa vila distrital, principalmente em zona cafeeira de grande população e circulação de riqueza visível. Numa casinha modesta com poucos cômodos, mas com terreno suficiente para ampliação se estabelecia o “filho do Líbano” com sua família. Era o raiar de uma nova vida.

Ele não ficaria mais tantos dias ausente e distante da esposa e haveria, doravante, de ter tempo para dispensar aos filhos, inclusive com a educação. Quanto à alimentação, embora já estivesse ele adaptado ao paladar nacional, sua mulher poderia oferecer-lhe refeições que o fizessem recordar de Richi Maya, Tiro, Sídon e Beirute – como as saladas de pepinos “ao vinagrete”, cortados ao comprido; as coalhadas secas, regadas ao azeite de oliva, saboreadas com nacos de pão; a esfirra de acelga ou carne moída; o quibe cru com bastante cebola e hortelã – frito ou assado, o último denominado “de bandeja”; hamis; tabule; kafta e outras iguarias que o fartavam ao ponto de, após o regalo tirar um breve cochilo, e se refazer para dar continuidade às suas atividades.

Costumeiramente “o turco” dava ao estabelecimento o seu próprio nome, v.g. “Casa Mansur”, “Casa Simão”, “Casa Maron” e “Casa Karin” ou o consagrava com o nome do santo de sua devoção: “Bazar São Jorge”, “Bazar São João”, “Bazar Santo Antonio”, “Bazar São Miguel”, entre outros e, ali, o sortimento de tecidos, ferragens, louças, chapéus, armarinhos e secos e molhados, refletia a sua abastança patrimonial. Quando o colono, sitiante ou fazendeiro se deslocava para realizar algumas compras na vila, a “matriarca” logo ingressava no ambiente e, após cumprimentar o freguês, dizia de plano: “gombadre, brimeiro gomer debois faz gombras”, onde era ele, de maneira gentil, conduzido para uma farta mesa existente no interior do imóvel com inúmeras guloseimas ostentando dois grandes bules de ágata com leite e café.

Esses libaneses que contribuíram para a colonização de nosso país tornaram-se grandes compradores de café, comerciantes ou industriais e muito de seus descendentes ocupam hoje lugar de destaque em diversas atividades públicas e privadas, orgulhando-nos, bem como aos seus ancestrais.

REGIÃO NOROESTE

Bom Jesus do Itabapoana
Abdalah, Adib, Alli, Antonio, Aride, Assad, Bomeny, Bussad, Chaloub, Chebe, Chicle, Couze, Crissaff, Curi, Cury, Daruich, Aud, Eid, Elias, Elkik, Faial, Farid, Felício, Felippe, Felix, Feres, Gazem, Habib, Hette, Hobaica, Jabour, João, Jorge, Kalil. Karim, Kastor, Lahud, Mansur, Maron, Melhim, Miguel, Mouzi, Naciff, Nagib, Namen, Nassar, Ourique, Paulo, Kiffer, Quirino, Rachid, Saad, Said, Saleme, Salim, Salomão, Tabet, Tannus, Tebet, Tuffi, Turques, Ximenes.

Cambuci
Buissa, Gazal, Jorge, Kiffer, Latuf, Nametala, Namen.
Itaperuna
Bussad, Chacour, Chaia, Chaie, Chaquer, Chequer, Farah, Farid, Feres, Gazal, Haman, Latif, Latuf, Mansur, Maron, Merchid, Nabi, Nacif, Nefa, Salim, Tuffi.

Itaocara 
Alexandr e, Ameis, Antonio, Bechara, Buissa, Curi, Cury, Daib, Farid, Felix, Gazen, Jorge, Kiffer, Latif, Maron, Miguel, Nacif, Namen, Saad, Salim, Salomão, Sarruf, Tuffi, Wagaleir.

Miracema
Amin, Assad, Buissa, Cacheado, Chacourr, Chaia, Chiclala, Farid, Felix, Nacib, Nacif, Namen, Nametala, Neder, Rachid, Salim.

Santo Antonio de Pádua
Assef, Bendia, Chain, Chiclala, Daher, Elias, Hainborque, Haikal, Jasbick, Jorge, Kelly, Man sur, Massaud, Nacif, Richar, Sader, Simão.

FONTE: Autor - Dr. Antônio Izaias da Costa Abreu – Titular da Cadeira Nº 3 do Instituto Histórico de Petrópolis (RJ), e com informação de João Baptista Fonseca. 

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

GERSON CANHOTINHA DE OURO NO SÃO PAULO E NO FLUMINENSE


Gérson no São Paulo 


Quando chegou ao São Paulo, Gérson ainda não era o jogador definitivamente consagrado pelo título mundial obtido pouco mais tarde no México. Embora já somasse 49 jogos e 11 gols pela Seleção Brasileira, muitos continuavam a jogar-lhe sobre os ombros parte da responsabilidade pelo fracasso na Copa do Mundo de 1966.

O craque, no entanto, calou a boca dos seus detratores. Como ocorrera no Botafogo, logo se tornou peça chave na conquista dos títulos paulistas de 1970 e 1971, em time formado também por estrelas como os uruguaios Forlan e Pedro Rocha, e pelo artilheiro Toninho Guerreiro, ex-companheiro de Pelé, no Santos. Missão cumprida. Gérson voltou ao Rio em 1972, para vestir outra camisa tricolor, a do seu Fluminense. Pelo São Paulo disputou 75 jogos e marcou 11 gols.

Gérson no Fluminense 

Gérson chegou ao Fluminense em junho de 1972, a tempo de reforçar o time no turno do Campeonato Carioca. Estava com 32 anos de idade, mas não perdera a velha categoria. Pelo contrário, sua experiência poderia ser decisiva para uma equipe que reunia um punhado de bons jogadores, como o goleiro Félix, o lateral Marco Antônio, o apoiador Denílson e o ponta Lula.

No primeiro ano, Gérson ficou apenas com o vice-campeonato. Perdeu a decisão do Carioca para o Flamengo. Mas no ano seguinte, realizou o sonho de conquistar o título por seu clube de coração, embora tenha participado de apenas nove das 25 partidas da equipe na competição, revezando-se com dois jovens jogadores saídos da divisão de base do tricolor, Cléber e Carlos Alberto Pintinho.

Gérson jogou sua última partida pelo Fluminense em 16 de novembro de 1974, na vitória de 1 a 0 sobre o Madureira. A velocidade do futebol aumentava forçada pela tática da correria desenfreada lançada pela Holanda, na Copa da Alemanha, e o grande apoiador, próximo dos 34 anos, perdia o fôlego. No dia 26 de fevereiro de 1975, Gérson anunciou sua despedida. Pelo Fluminense disputou 57 jogos e marcou 5 gols.

Seus números pela Seleção Brasileira são os seguintes: 85 jogos e 19 gols marcados, sendo 69 jogos e 15 gols em partidas oficiais. 






quinta-feira, 21 de setembro de 2017

GERSON CANHOTINHA DE OURO NO FLAMENGO E NO BOTAFOGO



Gérson no Flamengo 

Gérson ingressou nos juvenis do Flamengo em 1958, convidado pelo então coordenador das divisões de base do clube, o ex-jogador Modesto Bria. Participou da conquista do tricampeonato carioca da categoria, e em 1960 já integrava o time principal rubro-negro. Na Gávea, ganhou o Torneio Rio-São Paulo de 1961, formando em ataque também composto por Joel, Henrique, Dida e Babá. Jogou em 10 das 12 partidas, marcando seis dos 22 gols da equipe na competição. E levantou o título carioca de 1963, embora tenha participado de apenas três dos 24 jogos do time no campeonato.

Trocou o Flamengo pelo Botafogo em setembro de 1963, em transação forçada por um desentendimento com o técnico Flávio Costa, iniciado na decisão do Carioca de 1962, contra o próprio alvinegro. Flávio o escalou na ponta-esquerda, para, teoricamente, marcar Garrincha. Mesmo entendendo que o treinador não deveria destinar-lhe tal função, que fugia às suas características, Gérson participou da partida. O Flamengo perdeu de 3 a 0, Garrincha deu um show de bola, e o meia seguiu questionando a missão.

No jogo contra o Botafogo, em 21 de julho de 1963, Flávio ameaçou lançá-lo novamente como falso ponta. Gérson recusou-se, foi sacado da equipe, mas ainda participou do empate de 0 a 0 com o Vasco, em 24 de agosto. As relações entre jogador e clube, no entanto, já não eram cordiais. Acabou tendo o passe posto à venda pelo então presidente Fadel Fadel, tomando, em seguida, o rumo de General Severiano. Pelo Flamengo disputou 152 jogos e marcou 86 gols.

Gérson no Botafogo 

Gérson treinou pela primeira vez com a camisa do Botafogo em 18 de setembro de 1963. General Severiano viveu um dia de festa. Afinal, todas as vezes que o alvinegro tirava um craque do Flamengo, conquistava o título. Foi assim com Sílvio Pirilo, em 1948, com Servílio, em 1957 e com Jadir, em 1962. Gérson chegou para ocupar de Fifi, que não passara de promessa, mas só pôde atuar efetivamente pelo Botafogo no ano seguinte, pois a transferência ocorrera com o Campeonato Carioca em pleno andamento.

Gérson conquistou o Torneio Rio-São Paulo de 1964 – dividido com o Santos – teve que amargar a comemoração dos rubro-negros pelo título carioca de 1965, mas não tardou a obter novas glórias com a camisa preta e branca. Foi sob seu comando que o Botafogo ganhou duas vezes a Taça Guanabara, à época um torneio separado, e o bi carioca, todos em 1967 e 1968. O técnico Zagalo, quase um estreante, formou um supertime, no qual Gérson era encarregado de lançar bolas para o infalível ataque composto por Rogério, Roberto Miranda, Jairzinho e Paulo César.  

Gérson marcou 15 gols nos campeonatos cariocas de 1967 e 1968, e ainda participou da conquista do Taça Brasil – a Copa do Brasil da época –, neste último ano. Em setembro de 1969, recebeu excelente proposta do São Paulo, que buscava um jogador capaz de ajudar o clube a dar um fim a 13 anos de jejum de títulos, e transferiu-se para o Morumbi. Pelo Botafogo disputou 248 jogos e marcou 96 gols.





quarta-feira, 20 de setembro de 2017

WILSON MOREIRA: MAIS UM DA FAMÍLIA MOREIRA QUE SE AVENTUROU NO MUNDO DA BOLA


Wilson Faria Moreira nasceu no Rio de Janeiro, em 06 de março de 1935.  Por ser filho de um treinador famoso – o saudoso Zezé Moreira – seu início no Botafogo foi bem complicado. Muitos diziam que só jogava porque seu pai era técnico. Ele sentiu na pele essa pressão que é muito comum no meio esportivo.

Foi assim que começou a história do atacante Wilson Moreira no futebol. Aos 18 anos de idade, ainda juvenil do Botafogo, ele treinava com a Seleção Brasileira – Zezé era o técnico e o levou para assistir à Copa do Mundo de 1954, na Suíça.

Botafogo 1956: Wilson Moreira é o 4º agachado, a partir da
esquerda, ao lado de Didi. 
Chegou ao time principal do Botafogo e depois de um período no alvinegro, Vasco e Fluminense demonstraram interesse em contar com seu futebol. O Vasco venceu a parada e Wilson partiu pra São Januário. Teve que deixar o Botafogo para mostrar que a sua presença no time não era à custa de seu sobrenome.


Vasco 1958: Wilson Moreira é o 3º agachado, a partir da
esquerda, entre Vavá e Rubens. 
Wilson chegou ao Vasco para ser reserva de Vavá e participou da conquista do Campeonato Carioca de 1958, contribuindo com cinco gols, em sete jogos, todos do primeiro turno. Uma proposta da Espanha, do Real Bétis, de Sevilha, seduziu Wilson Moreira e ele partiu para o futebol europeu. Retornou ao Brasil, em 1960, e jogou por empréstimo no Fluminense. O Vasco demonstrou novamente interesse em contar com o jogador e comprou seu passe junto ao time espanhol, no final de 1960.  

Fluminense 1960: Wilson Moreira é o 3º agachado, a partir da
esquerda, ao lado de Telê Santana. 
Depois de altos e baixos no time cruzmaltino, Wilson resolveu dar um tempo com o futebol e se dedicou aos estudos, fazendo faculdade de direito. No entanto, depois de quase dois anos afastado dos gramados, estava treinando no Fluminense, sob o comando de seu pai, e acabou acertando com o Botafogo, retornando ao clube onde começou.

Numa reportagem da Revista do Esporte, de 1962, o título da matéria era o seguinte: “Botafogo contratou atacante pelo telefone”.  O primeiro parágrafo resume bem o motivo dele não ter ficado no tricolor. “O drama sentimental de um pai escrupuloso e honesto impediu o ingresso de Wilson Moreira no Fluminense. Com efeito, Zezé Moreira, seu genitor, preferiu sofrer agruras com o problema da armação do seu ataque a ter que pedir ao seu clube para contratar o seu filho, que vinha treinando com agrado nas Laranjeiras. O Botafogo, diante da decisão do Fluminense, não hesitou em contratar Wilson Moreira, por nele reconhecer inegáveis méritos de atacante.”

Wilson Moreira em 1957 
Os estudos falaram mais alto e logo depois Wilson Moreira decidiu encerrar definitivamente a carreira, antes mesmo de completar seus 30 anos. Atendeu também a um desejo de sua mãe, pois era filho único e ela queria que o mesmo retornasse aos estudos – havia trancado a faculdade de direito. Assim foi feito e pouco tempo depois Dr. Wilson Moreira já era advogado e foi seguir sua vida fora dos gramados. Em uma entrevista concedida por Zezé Moreira, em 1993, ele disse que jamais insistiu para ele ser jogador e afirmou que o filho “nunca foi entusiasmado com o futebol”. Isso explica muita coisa.

Exerceu a profissão e depois assumiu o posto de Inspetor em uma companhia francesa. Inclusive, reside há muitos anos em Paris.  

Resumindo: ele pagou caro por ser filho de um treinador famoso. Teve o privilégio de jogar em uma época que o Brasil produzia craques aos montes, e conviveu com muitos deles no Botafogo, Vasco e Fluminense, tais como: Garrincha, Nilton Santos, Didi, Paulinho Valentim, Almir, Bellini, Vavá, Castilho, Pinheiro, entre outros. 

domingo, 17 de setembro de 2017

CARTEIRA DE HABILITAÇÃO CASSADA OU SUSPENSA? SAIBA COMO REGULARIZAR


A Carteira Nacional de Habilitação, a famosa CNH, é o documento mais importante para dirigir de forma regular por todo o País. No entanto, infrações constantes, com geração de multas, podem fazer com que ela seja suspensa ou cassada. Esses motoristas ficam proibidos de dirigir.

Após ser notificado sobre uma dessas situações, é preciso saber como proceder para evitar complicações. Confira o que deve ser feito nesses casos.

Suspensão da CNH
A suspensão acontece quando o motorista atinge 20 pontos de penalização dentro do período de um ano. Assim que notificado sobre a suspensão, o motorista pode apresentar uma defesa em relação às multas que constam em seu nome. Se o pedido for indeferido ou caso a defesa não seja apresentada, o motorista terá sua carteira suspensa por até 12 meses.

O condutor deve entregar sua carteira em uma Unidade de Trânsito, onde receberá autorização para realizar um curso de reciclagem, oferecido pelo Detran e Centros de Formação de Condutores (CFCs/autoescolas) de qualquer município do Estado. E ele deve ser realizado durante o período em que o condutor estiver proibido de dirigir.

Cassação da CNH
Ter a Carteira de Motorista cassada é um ato mais grave do que a suspensão, podendo ocorrer em diversos casos. Quem cometer uma nova infração dirigindo no período de suspensão ou que for reincidente na suspensão dentro de 12 meses, por exemplo, terá a habilitação cassada.

Após a notificação, o motorista terá 30 dias para apresentar a defesa junto ao Detran. Caso o pedido seja indeferido, o condutor fica impedido de dirigir por um período de 2 anos. A contagem do prazo da penalidade começa com a entrega da CNH ou com a inserção de bloqueio no prontuário do motorista (se a CNH não for entregue por ele até a data-limite que consta na notificação enviada pelo Detran), que o proíbe de dirigir e o impede de emitir a segunda via ou renová-la.

Cumprido o prazo de cassação e iniciado o processo de reabilitação, o motorista deve fazer o curso de reciclagem, oferecido pelo Detran e Centros de Formação de Condutores (CFCs/autoescolas), após ser considerado apto no exame médico e na avaliação psicológica.

Quando o condutor terá habilitação cassada
A cassação da Carteira Nacional de Habilitação é aplicada em três situações:

1- Quando o condutor, que tiver sido penalizado com suspensão do direito de dirigir, for pego conduzindo qualquer veículo;

2- Quando o condutor for condenado judicialmente por delito de trânsito, caso a ser aplicada a Resolução nº 300 do CONTRAN.

3 – No caso de reincidência, no prazo de doze meses, nas infrações previstas no inciso III dos arts.:

Art. 162. Dirigir veículo: III – com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo.
Art. 163. Entregar a direção do veículo à pessoa nas condições previstas no artigo anterior.
Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a conduzi-lo na via.
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.
Art. 173. Disputar corrida por espírito de emulação.
Art. 174. Promover, na via, competição esportiva, eventos organizados, exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via.
Art. 175. Utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar ou exibir manobra perigosa, arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus.

Fonte: Brasil ao Minuto



sábado, 16 de setembro de 2017

CÉSAR: O ATACANTE PREDESTINADO DE SÃO JOÃO DA BARRA


Natural de São João da Barra (RJ), César Martins de Oliveira, nascido em 13 de abril de 1956, está imortalizado na história do Grêmio por um voo destemido na pequena área do velho estádio Olímpico, para estufar as redes do Peñarol em um peixinho certeiro, que carimbou o primeiro título da Taça Libertadores do tricolor em 1983, levando à loucura os mais de 80 mil gremistas.

César se profissionalizou no América-RJ, clube pelo qual se tornou artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1979. O destaque no brasileirão fez com que o Benfica, de Portugal, logo o contratasse. Teve bons momentos no futebol lusitano e conquistou os títulos do Campeonato Português de 1981 e da Taça de Portugal de 1980 e 1981.
César é o penúltimo agachado a partir da esquerda. 
Em janeiro de 1983 foi contratado pelo Grêmio. Atacante de referência e muito oportunista, César permaneceu no tricolor gaúcho por uma temporada e meia, disputando 48 jogos e marcando 15 gols. Assim como ocorreu no Benfica em sua última temporada, as lesões o impediram de ter feito um número maior de jogos pelo Grêmio. Foi campeão da Taça Libertadores e do Mundial Interclubes em 1983.

Uma grave lesão entre o fêmur e a bacia, em 1984, acabou abreviando a carreira do atacante. Mesmo assim, ainda jogou pelo Paysandu (PA), São Bento (SP) e quando já pensava em parar recebeu uma proposta de um amigo, e foi defender o Pelotas (RS), onde foi comandado pelo técnico Luiz Felipe Scolari. No mesmo Pelotas encerrou a carreira, em 1987, aos 31 anos. Não suportou mais as dores e resolveu dar por finalizada sua trajetória no futebol profissional.

Em 2013, César e os demais campeões foram homenageados no novo estádio do Grêmio na comemoração dos 30 anos do primeiro título da Libertadores. Cada um recebeu uma placa alusiva à conquista. Foi um momento emocionante e de reencontro daquele grupo inesquecível que deu o pontapé inicial para escrever o nome do Grêmio no cenário do futebol mundial.
Espinosa, China, Baideck, Mazzaropi e César
César mora atualmente na praia de Atafona, em São João da Barra, sua cidade natal, que fica no litoral norte do estado do Rio, e faz divisa com Campos.  

terça-feira, 12 de setembro de 2017

COMO SURGIU O DINHEIRO? QUEM ROUBOU NÓS JÁ SABEMOS...


Atualmente a produção de moedas depende da economia interna.

Até chegar à forma que conhecemos hoje, o dinheiro passou por muitas modificações. No início da civilização, o comércio era na base do escambo, ou seja, na troca de mercadorias. Só no século VII a.C. que surgiram as primeiras moedas feitas de ouro e prata. A princípio, essas peças eram fabricadas em processos manuais e muito rudimentares, mas já refletiam a mentalidade e cultura do povo da época.

Durante a Idade Média, surgiu o costume de guardar as moedas com ourives e, como garantia, era entregue um recibo. Era bem parecido com o processo que acontece hoje quando depositamos o dinheiro no banco e, depois, usamos o cartão para resgatar. Aos poucos esses comprovantes passaram a ser usados para efetuar pagamentos, circulando no comércio e dando origem à moeda de papel.

Com o surgimento dos bancos, essas instituições assumiram para si a função de emitir as moedas de papel, que foram chamadas também de Bilhetes de Banco. No Brasil, os primeiros recibos foram emitidos pelo Banco do Brasil em 1810 e tinham seu valor preenchido à mão, como é feito com os cheques.

Aos poucos, como já aconteciam com as moedas, os governos passaram a controlar a emissão de cédulas de dinheiro para evitar as falsificações e garantir o poder de pagamento. Atualmente, quase todos os países possuem seus bancos centrais, que são encarregados de emitir cédulas e moedas.

A confecção das moedas contemporâneas obedece a um rigoroso padrão de impressão, dando ao produto final grande margem de segurança e condições de durabilidade. As principais unidades monetárias usam a base centesimal, isto é, a moeda divisionária da unidade equivale a um centésimo de seu valor. No caso do Brasil, temos o Centavo de Real.

No mundo moderno, além do dinheiro vivo, impresso em cédulas reguladas pelo Governo, o comércio também usa outros mecanismos financeiros de intenção de pagamento, como o cheque e o cartão de crédito/débito. Essas tecnologias foram criadas para dar mais praticidade e segurança para as transações.

Brasil
A Casa da Moeda, instituição brasileira responsável pela impressão do dinheiro, foi criada em 1694 por Dom Pedro II, rei de Portugal, para atender a demanda de fabricação de moedas no Brasil Colônia. Além do dinheiro, a estatal produz hoje outros produtos de segurança, como passaportes com chips e selos fiscais.

No entanto, a fabricação de novas cédulas é regulada pelo Ministério da Fazenda por meio do Banco Central do Brasil, visto que a quantidade de dinheiro em circulação dentro de um país deve ter como base a quantidade de serviços e produtos oferecidos pela economia nacional. Por esse motivo, um país não pode tentar contornar uma crise colocando mais dinheiro em circulação. Se isso acontece, o mercado tende a aumentar o preço das mercadorias, gerando inflação.

Dessa maneira, a fabricação de cédulas deve-se, principalmente, à substituição de notas velhas e não para aumentar a quantidade de dinheiro que circula dentro do país. Mesmo assim, a tiragem anual de moedas impressiona. Em 2013, foram R$ 3,1 bi em cédulas e R$ 2,3 bi em moedas.

Real
Vários foram os nomes dados à moeda brasileira: Reis, Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro Real e, em 1994, foi implantada a atual moeda: o Real. Vários foram os modelos, tamanhos e dispositivos de segurança usados na fabricação das cédulas.

Antes da atual moeda, diversas personalidades foram homenageadas. Pedro Álvares Cabral, Marechal Deodoro da Fonseca, Tiradentes, Santos Dumont e o ex-presidente Juscelino Kubitschek foram algumas das personalidades que estamparam as notas.

O design atual das cédulas brasileiras não homenageia pessoas. Em um dos lados da nota, consta a Efígie simbólica da República; do outro lado, animais da fauna brasileira – cada nota com um animal diferente. 


sexta-feira, 8 de setembro de 2017

ATROFIA MUSCULAR DA COXA X ARTROSE DO JOELHO - POR VICTOR TITONELLI


A osteoartrite ou artrose do joelho é uma doença inflamatória e crônica, que causa uma lesão na cartilagem articular de forma irreversível, podendo causar sérias limitações nas atividades diárias do indivíduo portador da mesma.

Ainda não existe, até o momento, nenhuma medicação capaz de reverter completamente esse processo, porém existem alguns que podem melhorar esse estado e impedir a progressão, mas isso será citado em outro post.

Então, o que devo fazer para diminuir os sintomas relacionados à osteoartrite do joelho?

Todos os artigos científicos são unânimes em afirmar, que o fortalecimento muscular de membros inferiores, principalmente do quadríceps, é uma das principais atividades que o portador dessa doença deve realizar. Isso mesmo: MUSCULAÇÃO, para o fortalecimento do quadríceps.

Ainda existe muita resistência dos pacientes, principalmente os que se encontram na faixa etária acima dos 50 anos, em relação à prática da musculação. Acho que principalmente nessa faixa etária que essa atividade deve ser estimulada, pois coincide com a taxa de queda hormonal, e com isso gerando a sarcopenia (perda de massa e força muscular gerada pelo envelhecimento). Além da musculação, as atividades aeróbicas de baixo impacto, tais como atividades na água e bicicleta, também devem ser estimuladas nos pacientes portadores de artrite do joelho.

Muito importante é a participação do fisioterapeuta e do profissional de educação física no trabalho de fortalecimento muscular do quadríceps nesses pacientes. 

Victor Titonelli é médico ortopedista especialista em Cirurgia do Joelho.
Trabalha no INTO - Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia. 


MARCÃO: O EX-ZAGUEIRO PADUANO QUE BRILHOU NO FUTEBOL PARANAENSE


Marco Antônio de Almeida Ferreira nasceu em Santo Antônio de Pádua-RJ, em 20 de dezembro de 1965. Zagueiro de ótima técnica, forte poder de recuperação e que gostava de partir para o ataque. Se tivesse seguido o conselho de sua mãe, Marcão seria policial militar. Ele tem um irmão que seguiu essa carreira.

No entanto, a paixão pela bola falou mais alto e o volante acabou virando um grande zagueiro. Em 1980, pelas mãos do ex-jogador Walter Miraglia, que o levou para o São Cristóvão, foi aprovado nos testes e depois o futebol paranaense foi o seu destino. No profissional do Atlético Paranaense jogou de 1985 a 1988, retornando em 1999 para encerrar a carreira em 2000. Teve o privilégio de participar do primeiro jogo da inauguração da Arena da Baixada. Foi campeão paranaense em 1985 e 1988 (Atlético) e tetracampeão paranaense de 1993/94/95/96 (Paraná Clube). Fez história e deixou o seu nome marcado no clube que surgiu com a fusão do Colorado com o Pinheiros – o Paraná Clube.

Depois do Atlético passou por Guarani, de Campinas, Santa Cruz, Mogi Mirim, Paraná Clube, Internacional (RS), futebol japonês, novamente o Internacional (RS), Inter de Limeira (SP), Brasil de Pelotas (RS), e retornou ao Atlético (PR). Marcão fez parte do grupo da Seleção Brasileira de Novos, de 1986, sob o comando de Jair Pereira, na disputa do Sul-Americano do Chile, que valeu vaga para os Jogos Pan-Americanos do ano seguinte.
Orlando Fumaça é o primeiro a partir da esquerda.
Marcão, ao fundo, de camisa branca. 

Para dimensionar a importância do ex-zagueiro no sul do país, em 2006, o jornal Gazeta do Povo, do Paraná, escolheu os 100 melhores jogadores da história do futebol paranaense. Marcão se fez presente na relação do seleto grupo. Em 1986, Marcão jogou com o miracemense e ex-zagueiro Orlando Fumaça, no Atlético.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

VOCÊ SABIA? LEI FEDERAL EXIGE QUE JOVENS POSSAM VIAJAR DE GRAÇA PELO BRASIL


O documento ‘Identidade Jovem’ ainda oferece outros benefícios. 

A lei em questão protege os benefícios dos jovens entre 15 a 29 anos que possuem o documento virtual Identidade Jovem, ou id Jovem. Criado no início desse ano pelo Governo Federal, o objetivo do documento (que funciona como um aplicativo de celular) é facilitar o acesso de jovens estudantes de baixa renda à cultura e eventos esportivos.

O programa contempla, além do pagamento de meia-entrada em eventos culturais e esportivos, como já acontecia com a carteirinha de estudante, que todas as empresas de transporte terrestres ou aquaviários reservem dois lugares gratuitos para os jovens que tenham a Identidade Jovem – e também mais duas vagas com desconto de 50%, no mínimo, no valor das passagens, a serem utilizadas depois de esgotadas as vagas gratuitas.

Para se cadastrar, basta estar entre a faixa etária estipulada, comprovar renda familiar de até 2 salários-mínimos e baixar o app (iOSAndroid ou Windows Phone) – dá para fazer pelo site. Alguns dados serão solicitados, como o Número de Identificação Social (NIS), então o cartão será gerado. Além disso, segundo a Caixa, o jovem deverá estar inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Não há necessidade de imprimir para fazer uso dos benefícios, basta apresentar o QR Code gerado pelo app e pronto.

Caso as empresas se recusem a oferecer os seus direitos, o Governo Federal recomenda que seja feita uma denúncia pelo número 166, a Agência Nacional de Transportes Terrestres, no e-mail ouvidoria@antt.gov.br ou no site da Agência, na aba “Fale Conosco”, e também nos postos da ANTT disponíveis nos principais terminais rodoviários do país. O jovem deve solicitar uma justificativa formal da recusa por escrito – em que deverá constar a data, a hora, o local e o motivo.

Vale dizer que a reserva de vagas em ônibus interestaduais deverá se feita, no mínimo, três horas antes da viagem. 

Fonte: Bol/SOS Solteiros/

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

LOUREIRO NETO: O “PEZÃO” QUE DEIXOU SAUDADE...


Manuel Fernandes Loureiro nasceu em Braga, Portugal. Veio para o Brasil quanto tinha cinco anos.

Durante um cursinho pré-vestibular, ainda muito jovem e querendo estudar Engenharia, Loureiro conheceu o narrador esportivo Avelino Dias, também aluno. Durante uma conversa e outra sobre futebol, foi convidado para participar de um programa na Rádio Vera Cruz. Foi Avelino quem, inspirado num radialista de São Paulo, Loureiro Júnior, o batizou de “Loureiro Neto”. O Brasil perdeu um engenheiro e o rádio esportivo ganhou um repórter de alto nível.

A chegada à Rádio Globo foi em 1977, convidado por Waldir Amaral. A primeira entrada no ar, no programa Globo Esportivo.  Fez uma dobradinha com Kleber Leite que marcou época no radio carioca. Foram 30 anos participando das transmissões de futebol da emissora. Como repórter, integrou a equipe de ouro do rádio, com Waldir Amaral, Jorge Curi, João Saldanha, Mário Vianna e outras feras. Depois, comentou jogos e comandou atrações como o “Papo de Botequim” e o “Enquanto a Bola Não Rola”.

Em 2002, o sucesso do seu “Papo de Botequim”, apresentado à noite, o levou a assumir o Manhã da Globo, que substituiu o programa de Haroldo de Andrade, então o mais importante comunicador da rádio. Em 2011, retornou seu programa noturno, agora batizado de “Botequim da Globo”, transformando o horário num espaço nobre para o samba e a MPB.

Vascaíno e mangueirense, a partir de 2013 passou a sofrer com problemas cardíacos, que o levou a óbito em 26 de fevereiro de 2014, aos 61 anos, após ficar mais de quarenta dias internado.

Descrito pelos colegas como “o mais carioca dos portugueses” – assim ele gostava de ser chamado – Loureiro Neto, o popular “pezão”, só deixou boas lembranças e saudade...


domingo, 3 de setembro de 2017

DIRCEU LOPES: MAIS UM CRAQUE DO CRUZEIRO DOS ANOS 60


DIRCEU LOPES Mendes, mineiro de Pedro Leopoldo, onde nasceu em 03 de setembro de 1946, foi um meia-atacante extremamente habilidoso, veloz e de muita garra, conduzia a bola ao ataque e tabelava como poucos. Era um excelente finalizador. Com seu 1,62m, o baixinho foi titular absoluto nos 12 anos em que atuou pelo Cruzeiro. 

A presença de Dirceu Lopes em campo era garantia de bom espetáculo e belos gols. Junto com Tostão, formou uma das maiores duplas ofensivas do futebol brasileiro. Juntos, marcaram 472 gols pela equipe mineira. Para os locutores mineiros, ele era o “Dez de Ouro” ou “O Príncipe”, mas para a torcida cruzeirense era o “O Baixinho” que entortava os marcadores. Foi um dos destaques da brilhante equipe do Cruzeiro dos anos 60. Durante os anos em que vestiu a camisa Azul Celeste, ele encarnou como ninguém o espírito vencedor da equipe. Faz parte do seleto grupo dos grandes craques da história do clube. É o segundo maior artilheiro com 223 gols em 601 jogos. 
  

Dirceu Lopes começou a carreira pelo time de juniores do Pedro Leopoldo, de sua cidade natal. Em 1963 se transferiu para os juniores do Cruzeiro, transformando-se num dos maiores fenômenos produzidos pelas divisões de base do clube.  Além do Cruzeiro, onde ganhou 9 títulos mineiros (1965/66/67/68/69/72/73/74 e 75 e da Taça Brasil em 1966), jogou no Fluminense – 23 jogos e 6 gols, Uberlândia (MG), Democrata, de Governador Valadares, e Democrata de Sete Lagoas, onde encerrou a carreira aos 36 anos, em 1982, sem o mesmo brilho que a todos encantou no Cruzeiro. Uma contusão no calcanhar, em 1975, o afastou dos campos por treze meses e quando retornou nunca mais foi o mesmo jogador. Dirceu Loques despertou o interesse de diversas equipes, entre elas o Santos, que o queria para substituir Pelé, quando esse decidiu parar de jogar. O negócio, porém, não se concretizou. 


Com João Saldanha no comando do Brasil, Dirceu Lopes era nome quase certo para a Copa do Mundo de 1970. Com a entrada de Zagallo, acabou cortado com a alegação de haver “muitos jogadores para a sua posição” no grupo. Disputou 19 jogos e marcou 4 gols pela Seleção, sendo 14 oficiais e 3 gols. Com todo esse talento e história no futebol brasileiro, é mais um entre outros grandes jogadores que não disputaram uma Copa do Mundo. Essa acabou sendo a maior frustração de Dirceu Lopes em sua trajetória vitoriosa no futebol.