sexta-feira, 30 de junho de 2017

DO BRASIL AO BANDEIRANTES, O FERRADURÃO SACUDIU MIRACEMA

Em pé: Piazza (técnico), Onofre, Zé Maria, Paulo Joel, Manoel Lima, Homero,
Luís, Negão e Zé Paulo; agachados: Fota (massagista), Cici, Tininho, Dequinha,
Ronzê, Picão, Beto, Pestaninha, Biluzinho e Tadeu. 
Nota: não tinha intenção de fazer um texto tão grande, mas o tema é maravilhoso e quando comecei a escrever não deu mais vontade de parar.

O Brasil Esporte Clube foi fundado em 1º de dezembro de 1972. Esse foi o passo inicial de Luiz Fernando Linhares, que depois partiu para a construção de um estádio na parte alta da cidade (Cehab), no local conhecido como “buraco da égua”, já famoso por suas peladas. No final dos anos 70 e na década de 80, o futebol de Miracema reviveu os bons tempos com a inauguração de um novo estádio com capacidade aproximada de 15.000 pessoas, logo denominado “Ferradurão”, devido ao seu formato de uma ferradura. Luiz Fernando Linhares concretizou o seu sonho e, por tabela, fez do seu Brasil E.C. mais uma força regional no futebol. Foi um dos melhores times naquele período.  

No dia 17 de dezembro de 1978, numa tarde festiva, o estádio foi inaugurado em um jogo amistoso entre o Brasil E.C. e o Itajara, de Itaperuna. O Brasil venceu por 4 x 0 e o atacante Ronzê foi o autor do 1º gol do Ferradurão. O time foi assim escalado: Zé Maria, Fernando, Paulo Joel (depois Onofre), Manoel Lima e Homero Linhares; Zé Paulo, Pestaninha e Dequinha (depois Picão); Beto, Ronzê e Biluzinho (depois Carlos Feijão). Gostaria de esclarecer que essas informações foram prestadas pelo amigo Gelti Rodrigues.  


Luiz Fernando, Garrincha e Charles Borer (presidente do
Botafogo). Foto acervo da família 
Com o apoio incondicional de Luiz Fernando Linhares, um botafoguense apaixonado por futebol, que era o comandante do projeto, os miracemenses passaram a ter um compromisso nas tardes de domingo com os jogos no Ferradurão.

Uma lei nacional obrigou a mudança de nome do clube que passou a se chamar Bandeirantes Esporte Clube. Exceto os mais antigos, cito como exemplo o Brasil de Pelotas (RS), aqueles mais novos com a denominação de “Brasil” tiveram que alterar o nome da agremiação esportiva. No início foi um pouco difícil os torcedores assimilarem a mudança, mas logo o “Bandeirantes” caiu nas graças do povão. As cores verde e amarelo foram mantidas.  

Os embates nas competições municipais e regionais, mais precisamente na Copa Noroeste Fluminense, com uma rivalidade que foi se perdendo ao longo dos anos, movimentaram a região em confrontos inesquecíveis com os também tradicionais adversários, tais como: Paduano (Santo Antônio de Pádua), Aperibeense (Aperibé), Nacional e União (Itaocara), Floresta (Cambuci), Grêmio Ubaense (São José de Ubá), Laje E.C. (Laje do Muriaé), Venancense (do distrito de Comendador Venâncio/Itaperuna), Retiro (do distrito de Retiro/Itaperuna), Soledade (do distrito de Raposo/Itaperuna), Porto Alegre (Itaperuna), Porciunculense (Porciúncula), Natividade (da cidade do mesmo nome), Serrano (Varre-Sai) e o Olympico (Bom Jesus do Itabapoana). Os rivais domésticos não podem ser esquecidos, tais como: Miracema, Associação, Operário, Vasquinho, Ipiranga (do distrito de Venda das Flores) e Paraíso (do distrito de Paraíso do Tobias).

Com o surgimento da Rádio Princesinha do Norte – a partir de 1982 – uma equipe de esportes foi formada, sob o comando do narrador Adilson Dutra, e apesar de todas as dificuldades de uma rádio pequena e do interior, as transmissões dos jogos foi mais uma atração para os amantes do esporte. Durante a semana, o programa “Bola em Jogo”, a partir das 18h, além do noticiário dos grandes da capital, os times amadores da cidade passaram a ter o seu espaço no programa esportivo. Foi um somatório de fatores que fez dos anos 80 uma década inesquecível para o nosso futebol. Assim era composta a equipe de esportes: Adilson Dutra, Fernando Nascimento, Chico David, José Luiz da Silva, Wellington Ronzê, Paulo Joel, Marco Aurélio Moura, Gelti Rodrigues e nas carrapetas o incansável Chiquinho Titoneli, o técnico que preparava as linhas para as transmissões dos jogos. Grande Chiquinho!

Retornando ao futebol dentro das quatro linhas, muitos jogadores desfilaram seu talento com as camisas do Brasil e do Bandeirantes, que teve como técnico por mais tempo o professor de Educação Física Eduardo Amaral, mais conhecido como Piazza. Na equipe de apoio, primeiro o Fota, pai dos ex-jogadores Orlando Fumaça e Negão – esse último jogou no Bandeirantes –, e depois o Ismael,  foram os massagistas dessa época. A torcida era bastante animada, com charangas, e um torcedor em especial e que virou símbolo do Bandeirantes – o Furica – não pode ser esquecido. Não é Carlos Fera?

Tive a felicidade de acompanhar o início desse projeto e, posteriormente, o prazer de jogar contra e junto com essas feras. É muito difícil escolher um time ideal, mas o Bandeirantes tinha uma equipe base que até hoje é lembrada por quem vivenciou aquela época. Escolhi a minha seleção em cima dessa base: Zé Maria, Fernando, Manoel Lima, Tachinha e Luís Carlos; Zé Paulo, Pestaninha e Dequinha; Beto, Ronzê e Biluzinho. Prefiro não citar mais ninguém para evitar injustiça com muitos outros que poderiam fazer parte da lista, alguns deles, meus amigos até hoje.  
  
Não posso deixar de mencionar outras pessoas que foram muito importantes para manter acesa a chama do futebol amador, comandando as equipes – dentro e fora de campo – que também tiveram a sua importância para o nosso futebol: o eterno Jair Polaca (Miracema), Sabino,  Justo, Juca e Joci (Vasquinho), Senhor Jair (Operário), José Luiz da Silva (Associação) e outros abnegados.

Com a trágica e repentina morte de Luiz Fernando Linhares, ocorrida em 05 de março de 1981, causada por um acidente automobilístico, não somente a região perdeu um líder político em plena ascensão, mas o esporte de Miracema ficou órfão de seu patrono. Por alguns anos o projeto ainda se manteve firme, com uma dedicação incomum do também abnegado Milton Padilha, e o time seguiu disputando as competições. Posteriormente, com o declínio do futebol amador na cidade e na região, concomitantemente com a entrada de alguns times na disputa do futebol profissional, afastou-se das competições e com o passar dos anos o estádio Ferradurão foi se degradando até chegar a ser interditado. Recentemente foram feitas reformas e o mesmo já se encontra em condições de uso.

O nome oficial do estádio passou a ser Deputado Luiz Fernando Linhares, uma homenagem mais do que justa para aquele que foi o mentor dessa obra. 

O QUE NOS RESTA DESSE TEMPO, MEUS AMIGOS, APENAS SAUDADES!


GOVERNO DO RIO DISSE QUE VAI REGULARIZAR SALÁRIOS ATÉ SETEMBRO. SERÁ?


O projeto que estipula um teto de gastos nos Poderes estaduais foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), na última quinta-feira (29), por 49 votos favoráveis, 10 contrários e duas abstenções. A medida era a última exigência para o Rio aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo federal, que permitirá a regularização econômica do estado.

O secretário estadual de Fazenda, Gustavo Barbosa, disse que a meta é regularizar, já a partir de setembro, o salário do funcionalismo, que vem sendo pago com atraso desde o ano passado, e o pagamento do 13º salário de 2016, que ainda não foi pago.

“O que eu falo para o servidor é que está mais perto do problema ser solucionado. Depois de assinado o acordo, a expectativa é de 45 a 60 dias para o crédito sair. No máximo em setembro [o salário deve entrar na conta], mas vamos trabalhar para que isso ocorra antes”, disse Barbosa, que passou a tarde na Alerj, articulando a aprovação do projeto do teto com os deputados.

O texto-base substitutivo ao Projeto de Lei Complementar (PLC) 44/17, de autoria do Poder Executivo, limita as despesas obrigatórias dos Poderes. De acordo com a proposta, o limite máximo das despesas obrigatórias dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado corresponderá, em 2018, à despesa obrigatória liquidada no exercício de 2015, com correção de 15,27%, valor que foi negociado com base na inflação durante o período 2015-2016.


Fonte: ALERJ

quinta-feira, 29 de junho de 2017

MIRACEMENSE SAULO MOREIRA E O ÍDOLO ZICO SÃO AGRACIADOS COM MEDALHAS EM JUIZ DE FORA

Dr. Saulo Moreira recebendo a condecoração das mãos
da ex-assessora de Itamar, Neusa Miterhoff

O Instituto Itamar Franco, presidido pelo ex-deputado federal Marcelo Siqueira, e que ocupa a sede da antiga reitoria da UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora), na Rua Benjamin Constant, centro de Juiz de Fora, condecorou com medalhas quatro personalidades e uma instituição.

A cerimônia de entrega ocorreu no Museu de Arte Murilo Mendes (MAMM). A data foi escolhida em referência ao aniversário do ex-presidente. A Medalha foi instituída em abril de 2016 e tem como objetivo outorgar personalidades e instituições que são referência de excelência e trabalho prestado para a sociedade.

A Instituição agraciada foi a própria UFJF, representada por seu atual reitor, Marcus David. Os demais agraciados foram os seguintes: Dom Mauro Morelli (ex-presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nos estados de Minas Gerais e São Paulo); Murílio Hingel (ex-diretor do Colégio de Aplicação João XXIII e ex-ministro da Educação do governo Itamar Franco); o miracemense Saulo Pinto Moreira (ex-prefeito de Juiz de Fora); e  Zico (ex-jogador de futebol), que se fez presente na solenidade.  

Saulo Pinto Moreira nasceu em Miracema-RJ, em 15 de agosto de 1922. Filho de Dermeval Moreira e Elvira Pinto Moreira. Médico, casado, pai de quatro filhos. Foi vice-prefeito de Juiz de Fora pelo MDB na chapa de Itamar Franco e prefeito, após a eleição de Itamar para o senado (14/05/74 a 31/01/77). Sob sua gestão foi construído o calçadão da Rua Halfeld, entre  as Avenidas Rio Branco e Rua Batista de Oliveira. Posteriormente, sob a gestão de outro prefeito, o calçadão foi estendido, prolongado até a Avenida Getúlio Vargas.

Outros cargos de destaque ocupados pelo Dr. Saulo Moreira:
Diretor do Pronto Socorro Municipal de Juiz de Fora; Assessor Especial da Secretaria da Presidência da República; Ministro da Saúde no governo do Presidente Itamar Franco; Chefe de Gabinete do Governador Itamar Franco no Governo de Minas Gerais; Presidente do Instituto Itamar Franco em Juiz de Fora. 

Prefeito:
Pouco conhecido na cidade, havia sido diretor do Pronto Socorro e muitos duvidavam que pudesse fazer uma boa administração, ainda mais que iria substituir um prefeito que saía com grande aprovação popular. No entanto, Saulo surpreendeu aos que não acreditavam nele, dando sequencia ao trabalho de Itamar e realizando outras obras importantes. 

Foi o fundador da Empav - Empresa Municipal de Pavimentação, que até hoje é o principal órgão de sustentação para as obras da prefeitura. Em sua administração, pela primeira vez a prefeitura colocou asfalto pago pelos moradores nas ruas da cidade, e quando saiu após dois anos, deixou 97 ruas asfaltadas por este sistema. 

Mas sua obra mais polêmica foi o Calçadão da Rua Halfeld, que enfrentou oposição de comerciantes, vereadores e também por parte da imprensa, até a sua conclusão. Estes opositores, na tentativa de desmoralizar as obras do Calçadão, espalharam uma notícia dizendo que o prefeito estava esburacando a Rua Halfeld para achar um canivete que seu pai, Dermeval Moreira, tinha perdido num bueiro. Sempre bem-humorado, Saulo levou tudo na esportiva e no dia da inauguração do Calçadão da Rua Halfeld, distribuiu 10 mil miniaturas de canivete entre o povo que participava da festa que marcou a modernização da mais famosa rua de Juiz de Fora.

Com informações de Carlos Ferreira 

quarta-feira, 28 de junho de 2017

MAIS UMA OPÇÃO ESPORTIVA PARA OS AMANTES DO RÁDIO DA MANCHESTER MINEIRA



A Rádio Catedral FM 102,3 (www.radiocatedraljf.com.br), emissora da Igreja Católica em Juiz de Fora vai estrear em julho sua equipe esportiva com um programa diário e transmissões de jogos do Tupi. A equipe "Bola na Rede" é composta por Marcos Moreno (narrador), Giovane Rezende (comentarista), Monica Taísse (plantão esportivo), Kilder Oliveira (operador de externa e comentarista) e Carlos Ferreira, Ramon Souza e Matheus Brum (repórteres).

terça-feira, 27 de junho de 2017

DIA DE SÃO NUNCA JÁ EXISTIU, VOCÊ SABIA?



O dia 30 de fevereiro – DIA DE SÃO NUNCA – existiu em três vezes na história, em contrapartida de fevereiro ser um mês com 28 ou 29 dias no calendário gregoriano.

O calendário gregoriano, implantado em 1582, não foi prontamente seguido por todos os países. Em Novembro de 1699, quando a Suécia – em cujo reino se incluía na época a Finlândia – planejou mudar do calendário juliano para o gregoriano, havia uma diferença de 11 dias entre eles. O planejado seria omitir o dia extra dos anos bissextos entre 1700 e 1740. Assim, a mudança seria gradual, mas não foi seguida após seu primeiro ano de implantação. Desta forma, 1700 não foi bissexto na Suécia, mas 1704 e 1708 sim, contrariando o plano.

Com isto, o calendário sueco ficou um dia à frente do calendário juliano, mas ainda dez atrás do gregoriano. Assim, em 1711 os suecos resolveram abandonar o sistema, já que o calendário por eles adotado não tinha correspondentes em qualquer outro país, criando uma enorme confusão. Portanto, 1712 foi bissexto e ainda incluiu um dia a mais, o 30 de Fevereiro para voltar em sincronia com o calendário juliano.      

A mudança sueca para o calendário gregoriano foi finalmente realizada em 1753, com a exclusão de 11 dias, onde 17 de Fevereiro daquele ano foi seguido por 1° de Março.







TELEFÉRICO DO PÃO DE AÇÚCAR, PROJETADO E CONSTRUÍDO POR UM PADUANO


O “Caminho Aéreo do Pão de Açúcar“, o cartão postal símbolo do Rio de Janeiro e do Brasil, ligando os morros da Urca ao do Pão de Açúcar, foi projetado e construído pelo engenheiro brasileiro, natural de Santo Antônio de Pádua (RJ), AUGUSTO FERREIRA RAMOS (1860-1939).

O paduano Augusto Ferreira Ramos, nascido no distrito de Monte Alegre, homem com visão privilegiada, à frente do seu tempo, possuía um currículo vasto e invejável. Além do Teleférico do Pão de açúcar era um grande especialista no cultivo e aproveitamento do café, com vários trabalhos publicados no Brasil e no exterior. Formou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro e, desde 1894, foi professor da mesma instituição em São Paulo.

A inspiração para o revolucionário projeto de engenharia surgiu durante a Exposição Nacional de 1908, realizada aos pés do Morro da Urca (RJ), comemorativa ao Centenário da Abertura dos Portos, tendo sido, inclusive, um dos coordenadores. Pela sua ideia original Augusto Ramos recebeu elogios e incentivos de importantes personalidades da época, inclusive do próprio Barão do Rio Branco. Como não era abastado, conseguiu convencer pessoas da alta sociedade a investir no ousado empreendimento.

Entre os investidores, estão nomes de famílias ilustres como o industrial Manuel Antônio Galvão, Candido Gaffrée, Eduardo Guinle e Raymundo Ottoni de Castro Maya. Em 1912, o engenheiro dividia a direção do negócio com o comendador Fridolino Cardoso.

A Companhia Caminho Aéreo Pão de Açúcar foi aberta com um capital de 360 contos de réis, e a construção do teleférico custou dois milhões na mesma moeda. Para se fazer uma comparação, a bela Ponte Raul Veiga construída pelo Governo, em Pádua (RJ), no ano de 1922, teve um custo de 1.000 contos de reis. Parte do dinheiro veio do café. Como o país não possuía indústrias que fabricassem teleféricos buscou-se uma solução no exterior. Foi contratada a empresa J.Pohling, em Colônia, na Alemanha, que fabricou e montou os equipamentos.

A inauguração aconteceu em 27 de outubro de 1912, tendo sido inclusive visitada oficialmente vinte dias depois, pelo Presidente da República, Hermes da Fonseca. O teleférico do Pão de Açúcar foi o primeiro das Américas e o terceiro do mundo! 

Augusto Ramos atuou em diferentes frentes na virada do século XIX:  no ramo do café, como autor de importantes trabalhos sobre o seu cultivo e comercialização; na construção de usina de açúcar, de fábricas de cimento e papel, de uma hidrelétrica no Vale do Itapemirim, e de uma das primeiras estradas de ferro elétricas do país, no Espírito Santo; na retificação de trechos de rios na Bahia; em obras de saneamento em Curitiba e Vitória.

Sua memória há de perdurar no reconhecimento dos brasileiros, como a de um filho que soube viver o sonho de grandeza de sua terra e de sua gente.

Por João Baptista Fonseca, da Série ECOS DO PASSADO.  

segunda-feira, 26 de junho de 2017

A IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DOS ENXAGUATÓRIOS BUCAIS


A cárie dentária e doenças gengivais são causadas principalmente pela placa bacteriana que nada mais é do que uma película pegajosa e incolor que se adere à superfície dos dentes e é formada principalmente por bactérias e restos alimentares. Se a placa bacteriana não for removida ela se calcifica formando o tártaro. Portanto, uma boa higiene bucal é muito importante para evitar o surgimento da cárie dentária e problemas gengivais. 

A higiene bucal deve ser feita utilizando uma escova com cerdas macias e pontas arredondadas, e um creme dental que contenha flúor. É importante realizar a técnica de escovação dentária correta e realizar movimentos suaves para evitar ferimento nas gengivas. Complementando a escovação, deverá ser utilizado o fio dental e o enxaguatório bucal com flúor. 

O enxaguatório bucal com flúor é muito importante principalmente à noite, pois é nesse período que as bactérias se tornam oportunistas e atacam a superfícies dos dentes causando cárie dentária e problemas gengivais. Os benefícios dos enxaguatórios são muitos, dentre os quais podemos destacar: ajudam a eliminar as bactérias que causam a gengivite, a placa bacteriana, o mau hálito e a cárie dentária, atuando onde a escova dentária não alcança, pois permanece por mais tempo na boca uma vez que não devemos enxaguar a boca após a utilização. 

Existem diversos enxaguatórios bucais no mercado com diversas formulações e diversos sabores, mas é importante que o mesmo contenha flúor para ajudar a reduzir o risco de cárie dentária. É importante que, em caso de dúvidas, seu dentista seja consultado para que ele possa esclarecê-las e indicar o enxaguatório bucal ideal para o seu caso. 

Portanto, não esqueça que o enxaguatório bucal é um complemento importante da sua escovação dentária diária, devendo ser utilizado pelo menos uma vez ao dia.


Fonte: Colgate Saúde Bucal 

DEVE-SE TER MUITO CUIDADO COM O ÍDOLO - POR JOSÉ MARIA DE AQUINO

ZAGALO E JOSÉ MARIA DE AQUINO

Nota do blog: José Maria de Aquino é um renomado jornalista esportivo brasileiro, miracemense, radicado em São Paulo. 

Em dezembro de 1994, cruzei com José Carlos Bauer na Praça Marechal, perto da Rede Globo, onde eu trabalhava. Interrompi sua caminhada rápida na direção do metrô, indaguei o que fazia por ali - às segundas-feiras costumava comer uma carninha na oficina de um amigo, na Barra Funda - e indaguei como iam as coisas. Nada bem, não tinha dinheiro para comer um frango no Natal. Garanti que sim, que comeria peru em uma boa ceia. Pedi a conta no banco. Deu, dizendo que estava zerada. Providenciei a boa ceia. Um mês depois, se tanto, Bauer me ligou dizendo que a conta estava zerada. Disse a ele que conversaria novamente com os amigos - que de fato não existiam - e dei um reforço. Percebi que não era a solução.

Procurei o presidente do São Paulo, na época Fernando Casal de Rey, contei a situação e pedi para que arranjasse um trabalha para o Bauer. Como haviam dado ao Gino, ao Roberto Dias, ao Terto... Ouvi um sim e aguardei por bom tempo. Nada feito. Até o dia 15/2/1996, missa de 7o dia do falecimento de José Poy, ex-goleiro e técnico do São Paulo, na Igreja N.S.do Brasil. Coloquei-me na parte dos fundos da Igreja e notei que Bauer estava num cantinho, se escondendo, Os diretores estavam do lado esquerdo, mais à frente. Terminada a missa, um grupo deles - Nunes Galvão, José Douglas Dallora, Carlos Caboclo, Fernando Casal, Júlio Brisola - se reuniu à saída da Igreja, combinando almoçar no Paulistano. Aproximei-me, agradeci o convite para acompanhá-los e indaguei se conheciam aquela pessoa que vestia uma capa surrada, alpargatas, barba crescida, distante uns dez metros. Nenhum deles. Bauer, muitas vezes campeão pelo São Paulo, titular da Seleção Brasileira nas Copas de 1950 e 1954, tinha começado nos juvenis, ainda nos tempos do Canindé. Defendeu o São Paulo até 1954 quando, a contragosto transferiu-se para o Botafogo do Rio. Tinha se tornado "maldito", porque pediu para ser operado - fratura na perna - por um médico de Ribeirão Preto e não pelo Dr. Piragibe Nogueira, ex-presidente do clube. Mera questão de confiança. Rodou o mundo, perdeu tudo que havia amealhado com doenças e maus negócios. Pedi licença para apresentá-lo ao grupo, e o chamei. Disse: este é o Bauer, o Monstro do Maracanã, de Bauer, Rui e Noronha. O silêncio foi rompido pelo presidente Fernando Casal. "Zé Maria, não esqueci, estamos vendo...". "Acho que não vai ser preciso, presidente. Estamos acertando para ele trabalhar no Corinthians auxiliando na administração da sala de troféus.” Era mentira, mas acertei na mosca. Fernando Casal virou-se para Júlio Brisola, cobrou a resposta do pedido que havia feito a ele e, acho que um pouco envergonhado, deu dois dias para que tudo fosse resolvido. 

Tomei meu destino, Bauer pegou o ônibus para a região de Itapecirica da Serra, onde morava. Alguns dias depois ele me ligou antes da sete. Zé Maria, eles me chamaram, mas não vai dar. Por que não, Bauer? Porque querem que eu faça exames médicos. E daí? Não tem problema. Não são exames para você jogar. São só para poder ser registrado, carteira assinada, salário, vale-refeição, vale-condução e, o principal, assistência médica, que inclui sua mulher, com os problemas que tem. Tudo acertado, mais uns tempinhos e ele novamente me liga, sempre antes das 8. "Zé Maria, não dá. O Terto não sabe nada. Não ensina direito as crianças. Nem a cobrar lateral. Esqueça, Bauer. Deixa o Terto para lá. São filhos de sócios, garotos em recreação....Mais um pouco e ele queria ir trabalhar no CT de Guarapiranga, o que acabou acertado.

Se alguém tiver o cuidado de levantar a relação de ex-jogadores (e familiares) que o São Paulo ajudou e ajuda, poderá se surpreender. São muitos. Assim como são as negativas para que ergam bustos de ex-jogadores, como fazem Palmeiras e Corinthians. O projeto para a estatua de Leônidas executando a famosa bicicleta, que seria colocada na pracinha diante do estádio, nunca foi levado em conta.

Por esses dias, li e ouvi entrevista de Denílson, emocionado, reclamando que, faz tempo, o diretor João Paulo não havia permitido que recuperasse a forma física no refis do São Paulo, na Barra Funda. Denílson começou nos juvenis do São Paulo em 1994 e teve seu passe negociado com o Betis, da Espanha, em 1998, por 32 milhões de dólares. Jogou em vários clubes do mundo, mas não perdeu seu carinho pelo São Paulo. Merecia ser acolhido, como tantos outros, muitos que nem começaram ou defenderam o clube, foram. Talvez tenha cometido um pequeno pecado: não pedir, antes, autorização a quem de direito. É preciso disciplina e hierarquia. Como faltou ao dirigente humildade para um melhor diálogo, ainda que fosse para manter o não. Explicando os motivos.

As manchetes tricolores dos últimos dias falam de Lugano. Da demora em chamá-lo a renovar o contrato, da injustiça em propor a ele redução do salário, de oferecer como compensação um jogo de despedida. Lugano foi um exemplo de profissional, até onde se sabe. Chegou ao São Paulo em 2003, com 22 anos. Não era um craque como Pedro Rocha, Dario Pereyra, nem mesmo como Pablo Forlan. Mas soube ver que a torcida reclamava por um líder no time, que encarasse os adversários, gritasse etc, e assumiu o posto. Ficou três anos. Em 2006, aproveitou a fama que ganhou e foi fazer fortuna pelo mundo. Voltou dez anos depois, cansado, lesionado, com 35 anos. Um erro da torcida que exigiu sua volta e da diretoria que teve medo de dizer não. As virtudes de Lugano estavam aliadas à juventude, que já não tem. Atleta não é como intelectual ou como os bons vinhos, que quanto mais velhos, melhor ficam. Mais uma vez faltou dialogo das partes. Coragem à diretoria. Dias atrás, contra o Atlético Paranaense, querendo mostrar uma qualidade que nunca teve - e isso não é uma condenação - quase fez um gol contra, atrasando para o goleiro uma bola que devia ter jogado para escanteio. Não se vence o tempo. 




domingo, 25 de junho de 2017

CAFÉ PODE REDUZIR RISCO DE CÂNCER DE PRÓSTATA EM MAIS DE 50%, DIZ ESTUDO


Uma pesquisa realizada por três institutos italianos, sendo um deles o Instituto Neuromed (importante instituto neurológico da Itália), concluiu que tomar três xícaras de café por dia pode reduzir em mais de 50% o risco de câncer de próstata. De acordo com o estudo publicado na revista "International Journal of Cancer", é melhor que a bebida não seja descafeinada e também seja preparada "à italiana": ou seja, um expresso puro, com alta pressão e temperatura da água bem elevada.

Os pesquisadores italianos estudaram o consumo de café de cerca de 7 mil homens. "Analisando os costumes relativos ao consumo de café e os casos de câncer de próstata registrados na amostra, pudemos evidenciar uma diminuição do risco, de 53%, nas pessoas que bebiam mais de três xícaras por dia", disse George Pounis, especialista do Neuromed e chefe do estudo.

Em outra etapa do experimento, os pesquisadores testaram como os extratos de café agiam nas células de tumores em proveta. Os extratos com cafeína mostraram capacidade de reduzir significativamente o crescimento de células cancerígenas. Essa capacidade diminuiu bastante quando foram testados extratos de café descafeinados, indicando que o efeito benéfico é devido à cafeína em si, mais do que outras substâncias presentes na bebida.

"O nosso estudo indica que os consumidores habituais de café, que bebem mais de três xícaras por dia, têm menores probabilidades de ter tumores na próstata", afirma Francesco Facchiano, um dos especialistas envolvidos na pesquisa. Facchiano, no entanto, alerta para os excessos do consumo de café. "Naturalmente, é bom que os excessos sejam evitados", diz, lembrando que o alto consumo pode ter efeitos negativos.

Fonte: Agência de notícias Ansa

sexta-feira, 23 de junho de 2017

AMAURI: O EX-GOLEIRO PADUANO QUE FEZ HISTÓRIA NO GOIÁS


José Amauri Soares dos Santos nasceu em 4 de novembro de 1951, em Santo Antônio de Pádua (RJ). A sua vitoriosa carreira de goleiro teve início em 1965, na base do Paduano, tornando-se titular da equipe principal com apenas quinze anos de idade. Observado pelo também ex-craque Luiz Carlos, que brilhava no futebol carioca, aceitou o convite e foi para o juvenil do Flamengo. Em pouco tempo, tornou-se titular, chegando a ser convocado para a Seleção Carioca de Juvenis.

Na equipe de profissionais do Flamengo, Amauri teve a sua grande chance com o técnico Fleitas Solich, em 1971, ao substituir o goleiro Ubirajara Mota que estava machucado. Foram sete partidas com a camisa rubro-negra. Com a chegada do técnico Zagalo, deixou de ser aproveitado e teve o passe emprestado ao futebol catarinense, em 1972, e, em seguida, vendido ao Goiás.

A sua passagem pelo Goiás foi marcante e logo no de 1973 conseguiu a expressiva marca de 589 minutos sem sofrer gols no Campeonato Brasileiro.  Recorde esse que, até hoje, não foi batido por outro goleiro do clube. Conquistou o bicampeonato goiano 1975/76, e voltou a ser destaque na imprensa nacional em 1976, como o goleiro menos vazado daquela competição, levando o Goiás pela primeira vez à segunda fase da competição.  

Após a sua gloriosa passagem pelo futebol goiano, defendeu por dois anos o Americano de Campos-RJ. Em 1º de agosto de 1982, foi o grande destaque da rodada do Campeonato Carioca e foi eleito o goleiro do Fantástico daquele final de semana com a surpreendente vitória do Americano sobre o Flamengo, por 1 x 0, no já extinto estádio Godofredo Cruz. O Rubro-Negro formou com a seguinte equipe: Cantarelli, Antunes, Figueiredo, Mozer e Júnior; Andrade, Adílio e Zico; Lico (depois Wilsinho), Peu (depois Jason) e Tita. Que meio de campo inesquecível!
Amauri no gol do Tupi em 1988. 

Ao se transferir para o Tupi de Juiz de Fora (MG), voltou a brilhar, sagrando-se campeão mineiro do interior de 1987. Por onde passou foi ídolo e deixou sua marca de um goleiro exemplar.

Em novembro 2012, no intervalo de um jogo pelo Campeonato Brasileiro, o Goiás fez uma justa homenagem ao ex-goleiro que defendeu a equipe esmeraldina por nove temporadas. Ele foi convidado para receber um quadro com a foto dele das mãos do presidente do clube, revivendo os seus momentos de glórias junto à fanática torcida goiana que compareceu com mais de 42.000 pessoas, para prestigiar e ovacionar com gritos de guerra o seu grande ídolo, levando-o às lágrimas.

Fonte: Jornal A FOLHA com alguns dados acrescidos. 

quinta-feira, 22 de junho de 2017

PR INAUGURA 1ª PLANTA DO BRASIL QUE PRODUZ ENERGIA A PARTIR DE ESGOTO, RESTOS DE ALIMENTOS E PODAS DE GRAMA


A Itaipu Binacional inaugurou, em Foz do Iguaçu, no Paraná, uma unidade de demonstração de biogás e biometano. A planta é a primeira do Brasil que utiliza como matéria-prima uma mistura de esgoto, restos orgânicos de restaurantes e poda de grama. Ou seja, trata-se de um projeto inovador. Normalmente a produção de biogás em território nacional é feita apenas com dejetos de animais.

Por mês, a planta de biometano vai utilizar aproximadamente 10 toneladas de restos de comida e de resíduos orgânicos, além de 30 toneladas de poda de grama. O modelo passará por 20 meses de teste e poderá ser replicado em todo o país com grandes vantagens ambientais e econômicas.

A estimativa de produção é de 4 mil m³ de biometano por mês, quantidade suficiente para atender uma frota de 80 veículos, por exemplo, considerando um consumo médio de 800 km por veículo ao mês. Atualmente já são quase 70 veículos da frota de Itaipu abastecidos com biometano. Outro subproduto do processo é o biofertilizante que será aplicado em mais de 200 hectares de áreas verdes da empresa.

O suinocultor José Carlos Colombari, de São Miguel do Iguaçu, é prova viva das vantagens econômicas e ambientais proporcionadas pelo uso do biogás. A granja de Colombari conta com cinco mil suínos, que produzem cerca de 45 m³ por dia de efluentes líquidos, que são direcionados a dois biodigestores de lagoa coberta. Com os resíduos, o suinocultor consegue produzir diariamente 750 m³ de biogás. Energia limpa para usar e vender!

BOL Notícias 

MASTER DO FLAMENGO CONFIRMOU PRESENÇA EM JOGO DA SOLIDARIEDADE EM PÁDUA


O maior clube esportivo da região, o Paduano Esporte Clube, também está mobilizado na causa dos irmãos João e Júlia, que têm comovido a região devido à necessidade de um tratamento caro para conseguirem amenizar os efeitos da doença. Para ajudar a arrecadar dinheiro, o Paduano estará promovendo um amistoso beneficente no próximo dia 15 de julho (sábado).

A partida será realizada às 15h no Estádio Waldo Carneiro Xavier (Campo do Paduano). O time do Paduano Master irá disputar contra o time do Flamengo Master. O Flamengo confirmou a presença de craques que passaram pelo clube, como Rondinelli, Júlio César Urigueller, Adílio, Renato Carioca, Nélio, Cláudio Adão, Jorginho, Beto, Uidemar, Bigu, Marquinhos, Carlinhos, Delacir, Zé Carlos, Piá, Paulo Henrique, Andrade e Adriano.


Os ingressos custam R$ 20,00. Toda a renda do jogo será revertida no tratamento de João e Júlia. Os irmãos portadores de amiotrofia muscular espinhal (AME) precisam de R$ 6 milhões apenas para iniciar o tratamento. 

Fonte: Folha Itaocarense (texto e foto)

quarta-feira, 21 de junho de 2017

LEONEL BRIZOLA: UM GRANDE LÍDER NA ACEPÇÃO DA PALAVRA!


As duas derrotas eleitorais – 1989 e 1994 – cortaram as pretensões presidenciais de Leonel de Moura Brizola, um dos políticos mais temidos pela direita, pelo centro e pela esquerda. A direita repugnava seu passado revolucionário, o centro temia seu populismo e a esquerda não confiava nele por causa de suas alianças.

Esse gaúcho nascido em 22 de janeiro de 1922, no povoado de Cruzinha, que pertenceu a Passo Fundo até 1931, e a partir daí a Carazinho, formou-se em engenharia em 1949, mas gostava mesmo era de política.  Casou-se em 1950 com Neuza Goulart, tendo Getúlio Vargas como padrinho. Fez carreira brilhante como deputado estadual e prefeito de Porto Alegre. 

A ascensão nacional começou quando era governador do Rio Grande do Sul e peitou os militares que não queriam permitir a posse de João Goulart, na Presidência da República, após a renúncia de Jânio Quadros. Convocou os gaúchos, armou a Brigada Militar, transformou o Palácio Piratini em fortaleza, montou uma cadeia de rádio para defender a legalidade – e Goulart acabou tomando posse. Brizola ficou com fama de valente.

Quando os militares derrubaram Goulart, em 1964, Brizola era o deputado federal mais votado do país e tentou reagir como em 1961, mas foi derrotado e fugiu para o Uruguai. Cassado e exilado, de lá liderou a primeira tentativa de revolta contra os militares, a guerrilha de Caparaó, em 1966, financiada por Fidel Castro. Passaram-se 13 anos para que o retorno fosse concretizado.

Foi um dos primeiros a voltar após a anistia de 1979. Tentou organizar as bases de um novo trabalhismo com o PTB, sigla que perdeu para Ivete Vargas, e depois criou o Partido Democrático Trabalhista, PDT, mas foi suplantado nacionalmente pela ascensão do sindicalismo que surgira no ABC paulista, sob a liderança do metalúrgico Luís Inácio Lula da Silva.

Elegeu-se governador do Estado do Rio de Janeiro em 1982 e em 1990.  Em 1998 candidatou-se a vice-presidente na chapa de Lula, mas foram derrotados por Fernando Henrique Cardoso. Em 2000 tentou a prefeitura do Rio, mas novamente saiu derrotado. Em 2002 foi derrotado mais uma vez na tentativa de se eleger senador. 

Já debilitado por algumas infecções, entre elas uma respiratória, Brizola veio a falecer em 21 de junho de 2004, no Rio de Janeiro, devido a uma grave insuficiência cardíaca. Ele foi sepultado em São Borja, na fronteira do Rio Grande do Sul com a Argentina. 

Definitivamente estava encerrada uma das mais extensas biografias políticas do Brasil.

terça-feira, 20 de junho de 2017

TOSTÃO: O MINEIRINHO DE OURO



Inteligente, habilidoso, oportunista e driblador, o doutor Eduardo Gonçalves de Andrade foi um dos grandes jogadores da história do futebol mundial. 

Um gênio e um drama. Durante nove anos, o Mineirão assistiu às duas faces do futebol de Tostão. Os toques sutis de perna esquerda, que encantavam o mundo nos anos 60, pareciam fadados à eternidade até 1º de agosto de 1969. Nesse dia, num amistoso do Brasil contra a Colômbia, em Bogotá, em uma dividida com o zagueiro Castaños, Tostão sofreu uma lesão no olho que, naquele momento, não parecia ser tão séria.  


O pior ocorreu em 24 e setembro do mesmo ano, no Pacaembu, quando o zagueiro Ditão, do Corinthians, ao tentar afastar a bola, acertou a mesma no rosto de Tostão, atingindo violentamente  o olho esquerdo, que imediatamente foi retirado de campo com fortíssimo derrame. O primeiro diagnóstico não fez por menos: deslocamento de retina e urgente necessidade de intervenção cirúrgica, que obrigou o craque, à época com 22 anos, a fazer uma cirurgia de alto risco que poderia afetar sua visão. O processo cirúrgico foi um sucesso e, após ficar afastado por cerca de seis meses, retornou às vésperas da Copa do Mundo. Tostão foi peça importantíssima na conquista do mundial pela Seleção Brasileira, no México, em 1970. 

Atuou mais dois anos no Cruzeiro antes de encerrar a carreira no Vasco, em 1973, para o qual foi vendido por dois milhões e meio de cruzeiros, um valor recorde para o futebol da época. Não ocorreu o acerto com o Cruzeiro para a renovação de seu contrato e seu passe foi colocado à venda. Outro fator determinante para sua saída, talvez o principal, foi a contratação do técnico Yustrich, após a demissão de Orlando Fantoni. Vários clubes demonstraram interesse. Fluminense e Vasco brigaram por último. Os portugueses mais abastados bancaram a transação e o Vasco levou a melhor. No dia 12 de abril de 1972, o craque desembarcava no Rio, em um Galeão tomado por cerca de 10 mil pessoas, e seguiu de carro aberto até São Januário. No entanto, as expectativas não foram justificadas e Tostão marcou apenas 6 gols em 45 jogos disputados. Fez seu último gol em 10 de fevereiro, na vitória de 1 x 0 do Vasco sobre o Flamengo. Os problemas na retina voltaram e um nova cirurgia no olho foi necessária. Seguindo os conselhos médicos, Tostão optou por encerrar a carreira, aos 27 anos.    

Tostão e Dirceu Lopes
Em Belo Horizonte, Tostão, nascido em 25 de janeiro de 1947, jogou apenas até os 25 anos, mas deixou sua marca. De 1963 a 1972 disputou 373 jogos e marcou 242 gols, sendo o maior artilheiro da história cruzeirense. Conquistou o pentacampeonato mineiro (1965/66/67/68/69), e a Taça Brasil (1966), entrando na história como o maior nome do futebol das Alterosas. De 1965 a 1969, foi artilheiro do Campeonato Mineiro. O craque, por tudo isso, foi uma figura importante para firmar o nome do Cruzeiro no cenário nacional. Formou uma dupla infernal com Dirceu Lopes.

Pela Seleção, com apenas 19 anos disputava sua primeira Copa do Mundo, na Inglaterra, em 1966.  Foi artilheiro das Eliminatórias de 1969 - com dez gols -, e eternizou-se  no ano seguinte com o tricampeonato na Copa do México. Vestiu a camisa amarela em 65 jogos e marcou 36 gols, sendo 54 oficiais e 32 gols.

Muitos foram artilheiros como ele. Poucos, pouquíssimos tiveram a sua visão de jogo. Ele sabia demais! 

Como crítico e analista esportivo, virou um craque das letrinhas. Suas crônicas são excelentes e demonstra mais uma habilidade do Dr. Eduardo, que abraçou a medicina após abandonar os gramados e ficou por muito tempo afastado do meio esportivo.                                         

segunda-feira, 19 de junho de 2017

ENCONTRADAS IRREGULARIDADES EM CARNES E MORTADELAS DE CINCO MARCAS


A Proteste - Associação de Consumidores encontrou substâncias irregulares em carnes da Friboi, Frialto e Montana e nas mortadelas Cerrati e Confiança. Os resultados foram divulgados nesta segunda (19) pela entidade. Entre as substâncias estão aditivos para conservação e outras que indicam deterioração dos produtos.

A Proteste constatou a presença de nitrato em cortes de contrafilé Friboi JBS e nas picanhas Frialto e Montana. Segundo a entidade, esse aditivo é empregado nos produtos cárneos com o objetivo de melhorar o aspecto e prevenir o crescimento microbiológico, além de atuar como um antioxidante, ou seja, atua aumentando o tempo de conservação desses produtos.

O uso dessa substância, no entanto é restrito a carnes processadas e embutidas – e, ainda assim, dentro de um certo limite, já que acima dele, cogita-se que o nitrato dê origem a componentes tóxicos e até cancerígenos. Apesar de a quantidade estar dentro do limite seguro para consumo humano, "nas carnes frescas e congeladas, como é o caso das citadas, sua utilização é proibida", diz nota da associação.

Segundo a Proteste, esse aditivo pode estar sendo usado pelas empresas para encobrir falhas no processamento do alimento ou alteração na qualidade do produto. Nas mortadelas foi constada a presença de peróxidos acima do esperado. "Como são os primeiros compostos que se formam quando uma gordura se deteriora, esse resultado demonstra que os produtos não estavam bem conservados e apresentavam algum tipo de deterioração, estando, por exemplo, rançosas", diz a Proteste.

A associação enviará os resultados ao Ministério da Agricultura requerendo aumento da fiscalização, bem como a retirada do mercado das amostras que contém peróxidos e nitrato. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também receberá cópia desses resultados. As amostras analisadas tiveram a validade expirada até no máximo 2 de maio. Mesmo assim, a Proteste orienta os consumidores que tenham os lotes analisados em casa a procurarem os serviços de Atendimento ao Consumidor das empresas e exigirem a substituição.

Fonte: Agência Brasil