quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

AUGUSTO: O CAPITÃO DO EXPRESSO DA VITÓRIA

 


AUGUSTO Costa nasceu no Rio de Janeiro em 22 de outubro de 1920. Lateral-direito com forte poder de marcação, grande espírito de liderança, que o transformou no capitão do Expresso da Vitória. Dificilmente falhava tamanha era sua eficiência. Marcou época defendendo o Vasco, onde é considerado por muitos o seu melhor lateral. Disputou 311 jogos e marcou 2 gols pelo time vascaíno.


Começou no São Cristóvão e no Vasco (campeão carioca em 1945/47/49/50 e 52, e do Sul-Americano em 1948), viveu o auge de sua carreira.


Participou da Copa do Mundo de 1950 e defendeu o Brasil em 20 jogos e marcando 1 gol, sendo 18 partidas oficiais.


Após o fim de sua carreira como jogador, Augusto chegou a comandar alguns times. Em 1953, aceitou o convite do então Presidente Getúlio Vargas para ingressar na Polícia Especial. Ainda trabalhou como assistente de Flávio Costa, entre 1954 e 55, mas preferiu continuar como funcionário público. Em 1961, foi convidado novamente por outro Presidente, Juscelino Kubitscheck, para chefiar a Guarda Especial de Brasília (GEB), recém criada para manter a ordem na Capital Federal. Aposentou-se como funcionário público.


O capitão da Copa de 50 nos deixou vitimado por uma infecção generalizada, aos 83 anos, na capital carioca, em 29 de fevereiro de 2004.

 

 

domingo, 25 de fevereiro de 2024

PEPE: O CANHÃO DA VILA

 


José Macia, o Pepe, nasceu em Santos no dia 25 de fevereiro de 1935. Atacante de técnica apurada, rápido e um grande artilheiro. Seu chute fortíssimo de canhota decidiu muitas partidas difíceis para o Santos nas décadas de 50 e 60, e por isso ganhou o apelido de “Canhão da Vila”.


É o segundo maior artilheiro da história do clube, com 405 gols em 750 partidas. Pepe costuma dizer que é o maior artilheiro da história do clube. O Pelé não conta. Muitos o consideram o segundo maior jogador da história do Santos, perdendo apenas para o Rei Pelé.


Atuou somente no Santos ao longo de sua vitoriosa carreira (campeão paulista em 1955/56/58/60/61/62/64/65/67/68 e 69, do Rio-São Paulo em 1959/63/64 e 66, da Taça Brasil em 1961/62/63/64 e 65, da Libertadores e do Mundial em 1962 e 63, e do Roberto G. Pedrosa  em 1968).


Participou das Copas do Mundo de 1958 e 62, sendo bicampeão. Vestiu a camisa do Brasil em 40 jogos e marcou 22 gols, sendo 34 oficiais e 17 gols.

 

sábado, 17 de fevereiro de 2024

JORGE MENDONÇA: UM ÍDOLO PALMEIRENSE DE TOQUE REFINADO

 


JORGE Pinto MENDONÇA nasceu em Silva Jardim-RJ, em 06 de junho de 1954. Meia-atacante habilidoso, inteligente, eficiente na criação das jogadas e bom finalizador. Foi muito cobrado ao longo de sua carreira por não chegar junto nas divididas. É o único, depois de Pelé, a marcar mais de trinta gols em um campeonato paulista. Vestindo as camisas de Palmeiras e Guarani viveu o seu melhor momento.


Assim o jornalista Paulo Vinícius Coelho definiu Jorge Mendonça: “A elegância era, às vezes, confundida com falta de fibra. Acusavam-no de pipoqueiro. Os críticos devem imaginar o que seria Jorge Mendonça se não tivesse esse defeito”.



Começou no Bangu – 51 jogos e 25 gols, e passou por Náutico (campeão pernambucano em 1974), Palmeiras – 217 jogos e 102 gols (campeão paulista em 1976), Vasco – 25 jogos e 10 gols, Guarani - 142 jogos e 88 gols, Ponte Preta, Rio Branco (ES), Colorado (PR) e Paulista de Jundiaí (SP).


Vestiu a camisa da Seleção em 11 jogos e marcou 2 gols, sendo 6 oficiais e participou da Copa do Mundo de 1978.


Depois de uma carreira de destaque, Jorge Mendonça deixou o futebol em 1991, aos 37 anos. Já convivia com os males do alcoolismo. Além do álcool, a artrite já corroía o corpo. Os problemas pessoais se agravaram e a separação litigiosa pesou no bolso. Atravessou uma série de dificuldades financeiras e perdeu todo o seu patrimônio.  


Morreu ainda novo, aos 51 anos, vítima de um infarto fulminante, em 17 de fevereiro de 2006, na cidade paulista de Campinas, onde residia. Estava em casa, quando passou mal. Levado às pressas para o Hospital, não resistiu.


Morava com seu pai, e sua maior alegria era poder estar todos os dias trabalhando no Guarani, clube que aprendeu a amar quando chegou em 1981. Jorge Mendonça trabalhava desde 2002 como coordenador do Projeto Bugrino, criado pelo Guarani para integrar crianças de baixa renda à sociedade. 


domingo, 11 de fevereiro de 2024

QUARENTINHA: O MAIOR ARTILHEIRO DA HISTÓRIA DO GLORIOSO

 


Waldir Cardoso Lebrêgo, paraense de Belém, onde nasceu em 15 de setembro de 1933, foi um atacante de chute fortíssimo com a perna esquerda, presença permanente na área, grande vocação para marcar gols. Está entre os grandes nomes da história do Botafogo, sendo o seu maior artilheiro. Jogando ao lado de Didi e Garrincha, foi o goleador máximo do Campeonato Carioca por três edições seguidas: 1958 (19 gols), 1959 (25) e 1960 (25).


Um detalhe que deixava o torcedor botafoguense irritado era a frieza do atacante, que não fazia festa para comemorar os seus gols. Dizia com a mesma tranqüilidade que não havia razão para tal, pois estava apenas cumprindo com a sua obrigação de atacante. O gol podia definir um título ou garantir a artilharia de um campeonato, não importava: na comemoração, apenas caminhava para o seu campo de defesa.    


Atuou no Paysandu (PA), Vitória (campeão baiano em 1953), Botafogo – 446 jogos e 308 gols (campeão carioca em 1957, 61 e 62, e do Rio-São Paulo em 1962), Bonsucesso – por empréstimo, em 1956, e no futebol colombiano, onde encerrou a carreira em 1968.


Pela seleção foram 17 jogos e 17 gols, sendo 13 oficiais e 14 gols. Uma operação dos meniscos, em 1961, foi fator determinante para sua ausência no Mundial de 1962.

Morreu na capital carioca, aos 62 anos, de insuficiência cardíaca, em 11 de fevereiro de 1996.

 

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

JOSÉ POY: UM NOME NA HISTÓRIA DO TRICOLOR PAULISTA

 


José POY nasceu em Rosário, na Argentina, em 16 de abril de 1926. O ex-goleiro viveu uma verdadeira história de amor com o São Paulo. Sua regularidade e segurança, especialmente nas saídas do gol, o mantiveram como titular durante toda a década de 50. É o terceiro jogador que mais atuou pelo Tricolor, com 515 jogos. Foi considerado o melhor goleiro da história do clube até o surgimento de Rogério Ceni. Ficou conhecido como “A muralha argentina”.

Poy foi um goleiro tão bom que houve uma campanha para que ele se naturalizasse brasileiro antes da Copa de 1954. Seu sucesso na meta tricolor despertou essa polêmica, mas a ideia, no entanto, não foi adiante. Foi bicampeão paulista em 1953/57. Começou sua carreira no Rosário Central e também atuou no Banfield, ambos da Argentina.

Depois de encerrar a carreira de jogador, deu alegrias ao São Paulo como técnico. Revelou grandes jogadores e sagrou-se campeão paulista em 1975. Comandou o Tricolor em 421 jogos, obtendo 211 vitórias, 130 empates e 80 derrotas, em seis oportunidades entres os anos de 1964 e 1983. Foi campeão paulista em 1975.

Morreu aos 69 anos, em 08 de fevereiro de 1996, na capital paulista.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

CARPEGIANI: O SUPERCAMPEÃO

 


Paulo César Carpegiani, gaúcho de Erexim, onde nasceu em 07 de fevereiro de 1949, foi um apoiador versátil, habilidoso, firme nos toques e na marcação. Fazia muito bem a proteção da defesa e chegava com a mesma facilidade para servir os atacantes. Formado no futebol de salão, tinha total domínio da bola, visão de jogo e passe quase perfeito. A objetividade era uma de suas principais características.


Relatos afirmam que seu destino seria o Grêmio, que o aguardava para um teste. No entanto, alguns imprevistos ocorreram e Paulo César acabou no Estádio dos Eucaliptos, do Internacional.

Teve passagens marcantes pelo Internacional e Flamengo, as duas únicas equipes que defendeu ao longo de sua vitoriosa carreira. Ajudou a fazer do Internacional um dos times mais respeitados da década de 70. Participou de sete conquistas da série do octacampeonato gaúcho. No Flamengo, mais uma vez jogando com um grupo de muitíssimo respeito desfilou por um dos melhores times rubro-negros de todos os tempos, na cia de Junior, Zico, Andrade, Adílio, entre outros, que encantou o mundo da bola.


No Internacional (heptacampeão gaúcho em 1970/71/72/73/74/75 e 76, e bicampeão brasileiro em 1975/76), e no Flamengo (tricampeão carioca em 1978/79 e 79-especial, e campeão brasileiro em 1980).



No Flamengo encerrou a carreira de jogador e iniciou a de técnico. Atormentado por uma lesão no joelho, Carpegiani não pôde prolongar mais a carreira. Ele já havia feito uma operação no menisco, em 1975, e não conseguiu jogar mais após os 31 anos. Em 1981, abandonou os gramados para se dedicar a uma futura ambição: ser técnico de futebol. Começou com o pé direito e de cara foi Campeão Mundial Interclubes, no Japão, em 1981.


Participou da Copa do Mundo de 1974 e vestiu a camisa do Brasil em 17 jogos, sendo 16 oficiais.