sexta-feira, 30 de setembro de 2016

CLÁUDIO JOSÉ: O ARTILHEIRO DA TERRA DO TOMATE

Reportagem da revista Placar de 1984 com os atacantes Marcelo e Cláudio José 



Cláudio José Machado de Oliveira nasceu em São José de Ubá-RJ, em 30 de setembro de 1964. Esse atacante de estatura elevada, com faro de gol, excelente domínio de bola e ótima colocação dentro da área, começou a sua carreira nas categorias de base do Goytacaz, de Campos. Profissionalizou-se no próprio time campista e, a partir de 1984, quando foi contratado pelo Vasco, passou por diversos times do Brasil e alguns do exterior, precisamente em Portugal, marcando muitos gols e conquistando títulos.

Quando chegou ao Vasco a expectativa era muito grande em cima do artilheiro. Teve um bom início no clube, mas depois não conseguiu manter a mesma regularidade. Fez apenas 37 jogos e marcou 5 gols nos anos de 84 e 85 que defendeu o time da cruz de malta. Naquela época Roberto Dinamite estava para ser negociado com o futebol italiano e Cláudio José, ao lado de Marcelo, outro atacante que veio do Guarani, de Campinas, disputariam o honroso e arriscado privilégio de substituir o maior goleador da história do Vasco. No entanto, Roberto não saiu e Cláudio José acabou perdendo espaço no time titular. Em 1985, ainda viu surgir um “baixinho” de nome Romário, que obrigou Cláudio José a procurar novos ares.

Time do Vasco de 1984.
Em pé: Ivã, Milton Mendes, Oliveira, Nei, Donato
e Acácio; Mauricinho, CLÁUDIO JOSÉ, Silvinho, Roberto Dinamite e Rômulo.
Após passagens por Santos e Londrina – foi artilheiro do campeonato paranaense de 1986, com 15 gols – chegou ao Joinville para conquistar o seu primeiro campeonato estadual, o catarinense de 1987, numa equipe dirigida por Edu Antunes, irmão de Zico, ao lado de alguns jogadores conhecidos, tais como: o atual técnico Dorival Júnior, Moreno (ex-América carioca), Geraldo (ex-Botafogo), Paulo Egídio (ex-Corinthians), e o experiente meia Nardela, um dos maiores ídolos do Joinville.  


Disputou duas temporadas em Portugal (pelo Rio Ave e Chaves) antes de chegar ao Vitória, da Bahia, e conquistar o campeonato baiano de 1989. Jogou também pelo Bangu, entre os anos de 1990 e 1991, marcando 12 gols em 35 jogos disputados. Defendendo o time de Moça Bonita, viveu o seu dia de glória na vitória de 2 x 1 sobre o Vasco, quando marcou os dois gols.



Retornou ao futebol paranaense em 1992, novamente para defender o Londrina, e conquistou o título estadual, sendo o artilheiro do time com 9 gols, ao lado do companheiro de ataque Tadeu.


Para não perder o embalo de artilharia e títulos, foi para o Rio Grande do Norte jogar no ABC, em 1993, sagrando-se campeão potiguar e o artilheiro maior da competição, assinalando 22 gols.


Na capital cearense jogou no Fortaleza, em 1994. No início de 1995 defendeu o Madureira na disputa do Campeonato Carioca. Ainda em 1995 retornou ao futebol nordestino, para jogar no Santa Cruz, da Paraíba, sagrando-se bicampeão paraibano em 1995/96. Foi o artilheiro do time em 1995 marcando 16 gols. Continuou no futebol da Paraíba e encerrou a carreira no Treze, de Campina Grande, time pelo qual jogou nos anos de 1997 e 1998.


Quando retornou a São José de Ubá recebeu uma proposta do Itaperuna, mas optou por não voltar aos gramados profissionalmente.


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

COMO JUSTIFICAR O VOTO NESTE DOMINGO



O eleitor que estiver fora do domicílio eleitoral neste domingo (2), vai precisar justificar a ausência através de um formulário disponível em qualquer seção eleitoral. Quem preferir já pode imprimir o formulário no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde também está a relação com os locais de justificativa.

Para justificar o voto são necessários o título eleitoral e um documento oficial de identificação com foto. O eleitor que está com o título cancelado também precisa justificar para quando for regularizar o título, não precisar pagar a multa por ausência das eleições. 

O Tribunal Regional Eleitoral alertar que na hora de preencher o requerimento é preciso prestar muita atenção, porque se os dados informados estiverem incorretos o eleitor não será considerado em dia com a Justiça Eleitoral. 

Caso não faça a justificativa neste domingo (2), tem até 60 dias após cada turno da votação para apresentar o requerimento diretamente ao juiz da zona eleitoral onde está inscrito, pessoalmente ou através dos correios.


quarta-feira, 28 de setembro de 2016

ENTREVISTA NÃO CONCEDIDA PELO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE MIRACEMA AO BLOG

Fui recebido pelo senhor Maurício Santana Soares em seu gabinete, no dia 14 de junho, para solicitar do mesmo uma entrevista. Prontamente ele aceitou e até leu algumas perguntas, ficando de respondê-las posteriormente. No entanto, os dias foram passando e o presidente alegando falta de tempo não atendia a minha solicitação. No mais recente contato ele foi bem claro e disse o seguinte:
- Fui orientado a não responder em razão do período de campanha eleitoral.
Não satisfeito com a sua alegação, também fui sucinto:
- O que posso dizer é que você está sendo mal orientado, pois todas as perguntas são pertinentes ao cargo ocupado e também uma ótima oportunidade para o esclarecimento aos eleitores.

Transcrevo na íntegra todas as perguntas feitas ao vereador:

Quais são os principais desafios da Câmara Municipal?

– Mesmo estando no final de um mandato, o senhor tem alguma prioridade para o Município?

– O que poderia ter sido feito e ainda não foi realizado? 

– Faça uma avaliação do trabalho do Poder Legislativo desenvolvido na gestão 2012/2016, que se encerra no final do ano?  

– Como recebe as críticas de eleitores que afirmam ser esse atual quadro legislativo o pior da história política de Miracema?

– Excetuando-se o senhor e mais os vereadores Gutemberg, João Magalhães e Armando Azevedo, o restante - praticamente 2/3 da casa - está no 1º mandato. Essa inexperiência, num contexto geral, interfere no resultado final de uma avaliação ou os vereadores, refiro-me a todos, têm a sua parcela de culpa?    

– E o Poder Executivo, na atual gestão, como o senhor avalia?

– E o atual momento do município?

– A Câmara não poderia ter tido uma atitude mais efetiva e independente nesse imbróglio entre o Executivo e a CAPPS/CAMEDS? Os funcionários, seus dependentes e os aposentados são os únicos prejudicados em todo esse conflito. E ainda tem o agravante dos valores que deixam de circular no âmbito municipal com os prestadores de serviços médicos.     

– Tramita na Casa Legislativa algum projeto com relação a esse assunto?

– Quantos funcionários efetivos compõem o quadro permanente da Câmara?

– Falando agora sobre os assessores, cada vereador tem direito a 02. Quantos assessores têm o gabinete do presidente da casa legislativa? Peço exemplificar suas funções?  

– O nº de 09 vereadores para uma cidade pequena como a nossa não seria suficiente?

– O poder legislativo não pode ser subserviente ao executivo. Ele deve se impor em todos os níveis e esta imposição tem que ser regra. Infelizmente isso não ocorre em todos os municípios. O vereador não deve votar a favor de um projeto para agradar ao prefeito, neste caso, se o mesmo não for benéfico para a cidade. Existem os partidos que são da base do governo e os considerados de oposição. No entanto, isso também serve para um vereador que faz parte da oposição e vota sempre contra as propostas do prefeito, pois, apesar das disputas políticas, os parlamentares devem ter seus interesses pautados em prol da coletividade. Isso porque cada vereador é eleito de forma direta, pelo voto, sendo um representante da população, e não do executivo. Outro agravante: raramente os vereadores são cobrados em suas bases. Aí a culpa já é do eleitor, que não procura saber dos projetos de seu vereador, muito menos faz alguma reivindicação a este. Limita-se apenas a sugá-lo, como se cobrasse o seu voto. É uma ciranda de interesses que parece não ter fim. Por que tamanha subserviência da câmara ao prefeito?

– O concurso que foi suspenso por decisão judicial em dezembro de 2012 – no final do mandato do ex-prefeito Ivany Samel –, logo após o encerramento das inscrições e de todas as taxas pagas, até a presente data não teve uma solução para a devolução do dinheiro. Gostaríamos de saber a providência que foi tomada pela casa para reaver o dinheiro de quem pagou as inscrições. Caso ainda nada tenha sido feito, o senhor não acha que a câmara está sendo omissa nesse caso? Ainda em tempo: vai completar quatro anos e esse valor será que está depositado em juízo?

 – O Brasil precisa de uma reforma política com urgência? 

– O Voto Distrital (em que cada membro do parlamento é eleito individualmente nos limites geográficos de sua região pela maioria dos votos) é um sistema eleitoral que irá melhorar a forma como você elege um político e acompanha o que ele faz. Atualmente temos um enorme problema em que alguns deputados são eleitos sem votação própria. Com o Voto Distrital podemos mudar isto e diminuir as chances de corrupção, além de fortalecer a relação entre político e cidadão. O senhor é a favor ou contra o Voto Distrital?  
  
– Um esclarecimento aos eleitores: qual é o custo mensal para a manutenção do site da Câmara? Uma reclamação constante é sobre a desatualização do mesmo. Esse fato é comprovado pelo blog, que tem interesse em publicar as matérias aprovadas pelo legislativo. O que o senhor tem a dizer?   

– O senhor já definiu quem vai apoiar no próximo pleito?

– Muito obrigado pela entrevista. Faça suas considerações finais. 

Miracema, 14 de junho de 2016.

 Nota do blog: Comentários anônimos ou com pseudônimos não serão publicados.                                       

ELEITORES NÃO PODEM SER PRESOS A PARTIR DE HOJE. COISAS DO NOSSO BRASIL...

A partir de ontem (27), eleitores não podem ser presos ou detidos, salvo em flagrante ou para cumprimento de sentença criminal. A regra está prevista no Código Eleitoral, que entrou em vigor em 1965 e serve para garantir a liberdade do voto. No próximo domingo (2), mais de 144 milhões de eleitores vão às urnas para eleger vereadores e prefeitos. A regra vale até 48 horas após o encerramento do pleito.

Na prática, mandados de prisão não devem ser cumpridos pela Polícia Federal, principalmente na Operação Lava Jato, até a semana que vem, para evitar nulidades nos processos criminais. A regra foi inserida na legislação eleitoral em 1932, com o objetivo de anular a influência dos coronéis da época, que tentavam intimidar o eleitorado. Atualmente, juristas questionam a impossibilidade das prisões, mas a questão nunca foi questionada no Supremo Tribunal Federal (STF).


A proibição está no Artigo 236, do Código Eleitoral, e o texto diz: "Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48 (quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto."

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

OS MELHORES FILMES DE TODOS OS TEMPOS


Após a votação da BBC eleger os 100 melhores filmes do século 21, a revista "The Hollywood Reporter" fez uma pesquisa para saber os melhores filmes de todos os tempos na opinião de chefes de estúdio, vencedores do Oscar e profissionais diretamente ligados às produções de Hollywood. Como listas sempre são controversas, quem melhor do que os próprios estúdios de Hollywood para elegerem os 100 melhores filmes de todos os tempos? O resultado colocou "O Poderoso Chefão" em primeiro, seguido de "Mágico de Oz" e “Cidadão Kane” (1941). 

Vince Gilligan, criador de "Breaking Bad", inicialmente rejeitou a ideia de eleger os melhores, mas acabou cedendo em seguida e escolheu "Yojimbo, o Guarda-Costas" (1961). A lista contou com o voto de 2.120 membros da indústria do cinema, incluindo o chefe da Fox, Jim Gianopulos, Alan Horn, da Disney, o diretor Gary Ross, o produtor Frank Marshall, entre outros notáveis. 

A lista traz algumas surpresas: "De Volta para o Futuro" (1985) aparece em 11º lugar, na frente de "Lawrence da Arábia" (1962), que está em 23º. Entre os filmes preferidos estão alguns clássicos: "Casablanca" (1943), na sexta posição, "ET, o Extraterrestre” (1982), no oitavo lugar e "A Lista de Schindler" (1993) em décimo. Muitos bons filmes ficaram de fora da lista: "Os Incompreendidos" (1959), "A Doce Vida" (1960) e "Em Busca do Ouro" (1925), por exemplo, não entraram no top 100.

"Guerra nas Estrelas" (1977), "Forrest Gump" (1994) e "A Noviça Rebelde" (1965) estão entre os 25 filmes preferidos na votação. Veja a lista completa: 

Dê a sua opinião e aponte o seu filme favorito. No meio de tantos filmes excelentes é difícil fazer esse tipo de escolha. Citarei dois: "A Lista de Schindler" (1993) e "A Felicidade Não Se Compra" (1946).  Sobre a "A Lista de Schindler", o livro escrito por Thomas Keneally, recomendo a todos que são adeptos de uma boa leitura.  

Confira os 20 melhores: 
1 - "O Poderoso Chefão" (1972)
 2 - "O Mágico de Oz" (1939)
 3 - "Cidadão Kane" (1941)
4 - "Um Sonho de Liberdade" (1994)
 5 - "Pulp Fiction: Tempo de Violência" (1994) 
 6 - "Casablanca" (1942)
 7 - "O Poderoso Chefão - Parte 2" (1974)
 8 - "E.T. O Extraterrestre" (1982)
 9 - "2001: Uma Odisseia no Espaço" (1968)
 10 - "A Lista de Schindler" (1993)
 11 - "Guerra nas Estrelas: Episodio IV - Uma Nova Esperança" (1977)
 12 - "De Volta Para o Futuro" (1985)
 13 - "Indiana Jones - Os Caçadores da Arca Perdida" (1981)
 14 - "Forrest Gump - O Contador de Histórias" (1994)
 15 - "Gone With the Wind" (1939)
 16 - "O Sol é Para Todos" (1962)
 17 - "Apocalypse Now" (1979)
 18 - "Noivo Neurótico, Noiva Nervosa" (1977)
 19 - "Os Bons Companheiros" (1990)
 20 - "A Felicidade Não Se Compra" (1946)

sábado, 24 de setembro de 2016

ENTREVISTA COM O CANDIDATO A PREFEITO IVANY SAMEL


Muito se ouviu que o senhor não voltaria a ser candidato a prefeito após sair derrotado na última eleição. Isso de fato passou pela sua cabeça?
- Nunca me abati com derrotas, não sou político de temporada. Enquanto eu tiver saúde e condições de governar dificilmente pararei. A idade não é um limitador.

Sente-se preparado e motivado para administrar o município mais uma vez?
- Com certeza, ainda mais que as pessoas me procuram e me motivam. Inclusive os funcionários da prefeitura preocupados com a situação da CAPPS e CAMEDS.

Por que o eleitor deve votar no senhor novamente?
- Nesta eleição sou o único candidato com experiência em administração pública. Administrar uma cidade não é como administrar uma empresa, as semelhanças são poucas, e o atual gestor já demonstrou sua incapacidade.

Um grande desafio em Miracema, que não é de hoje, é a criação de postos de trabalho permanentes. Qual é a grande dificuldade do chefe do executivo para solucionar essa questão?  
- Nos meus três mandatos anteriores sempre lutei por esta causa. Os dois polos industriais que existem na cidade foram criados nas minhas gestões, mas nossa localização regional dificulta a escoação de produtos e encarece o preço final.
Acredito muito na educação universitária. Acho que com a criação de universidades e, consequentemente, a vinda de universitários pra nossa cidade, teria um impulso no comércio como um todo, gerando empregos imediatos, e mesmo com todas as dificuldades que o município atravessa tentar trazer empresas ainda é uma solução, quem sabe empresas de serviços.

Como analisa o problema da segurança pública do ponto de vista de ações da administração municipal? A sua gestão 2009/12 também enfrentou sérios problemas com a violência urbana.  Quais ações seriam importantes para a diminuição dessa violência que atormenta os miracemenses?
- Isso é um problema sério. A guarda municipal, como todos sabem, não é armada e, portanto, não tem como fazer esse enfrentamento. Essa ação é estadual e através da polícia militar. Cabe à administração municipal ser parceira e cobrar dos órgãos de segurança uma ação mais enérgica e eficaz. Mas o município tem também que promover ações para resgatar o jovem que está em situação de risco, dar a ele condições de prática de esportes, cultura, educação e profissionalização, para que se sinta integrado na sociedade e veja que existe um futuro pra ele fora da vida que está levando.

Exceto os dois citados nas duas perguntas anteriores, quais seriam os outros principais problemas de Miracema e que ações podem ser tomadas para solucioná-los?
- Saúde: Hoje a demanda judicial por medicamentos é um grande problema. Os recursos são poucos e o gestor tem que ser um conhecedor dos problemas da população para direcionar com acerto as verbas. O PU anexo ao Hospital é também um problema por estar muito distante, acredito que o centro é o melhor lugar pra ele.
- Educação: Existe uma grande queixa atualmente contra a merenda escolar, escola sem manutenção, falta de material didático, uniforme, entre outros. A educação é a única secretaria que possui recursos suficientes para sua manutenção. Ter um gestor eficiente e um bom programa de governo para a Educação resolve.
- Saneamento Básico: Ninguém tem dúvida da importância da obra que está sendo executada. O projeto se iniciou quando rompeu a barragem de produtos químicos em Minas Gerais e contaminou o rio Pomba, de onde vem nossa água. A CEDAE, como forma de compensação contratou uma empresa para fazer o projeto para Miracema, Pádua, Aperibé e Itaocara. Na minha gestão demos continuidade apresentando o projeto à FUNASA, mas foram feitas muitas exigências e só neste governo deu tempo de terminar. O grande problema na minha visão é a execução do projeto. Não sou engenheiro, mas será que se tivesse executando a obra a partir da estação de tratamento e abrindo as ruas uma única vez não seria mais eficiente? A estação de tratamento já estaria funcionando.

Diante da crise que o país atravessa como pretende enfrentar esse problema no município, caso seja eleito?
- Tenho informações que a dívida do município é muito expressiva, talvez o equivalente a mais de um ano de arrecadação total. Mas vejo uma saída. Sempre fui político de muito apoio no Estado do Rio e na União, e sei que o Estado está em situação muito ruim, mas isso vai passar. O Brasil está sendo passado a limpo, acredito em um futuro melhor. Sempre fui conhecido pelos funcionários por ser muito controlado, não gasto o dinheiro da prefeitura à toa, sempre priorizei áreas mais importantes. A primeira coisa a se fazer é auditar todas as contas do município, saber o que se deve realmente, chamar os credores pra conversa e abrir o jogo. Temos hoje, bem o mal, um governo estadual do meu partido. O Presidente da ALERJ é meu grande parceiro na política – todos sabem. No Governo Federal, o Ministro dos Esportes – Leonardo – é meu afilhado de casamento, o Moreira Franco – meu amigo de décadas – trabalha direto com o Presidente da República, que é do PMDB. Vejo claramente condições de governo para Miracema, só depende de nós irmos atrás dessas pessoas e cobrar.  

O senhor dará continuidade às obras que estão em andamento?  
- Com certeza. Temos que ter em mente que uma obra custeada com recursos públicos pertence ao povo, não é prioridade de prefeito ou de vereador. Não se pode nessa atual situação que atravessamos jogar recursos importantes fora.

Qual será o papel de seu vice em uma possível administração?
- O Gisvaldo é meu companheiro de política há tempos, tenho confiança nele, portanto, é meu vice.  Como disse, terei muitas viagens a Brasília e ao Rio para cobrar recursos para nossa cidade, e a cadeira do prefeito precisa ter alguém nesse tempo de confiança e sério, e o Gisvaldo é a pessoa certa pra isso, ele será fundamental para nossa gestão.  

Dificilmente o vice termina o mandato se dando bem com o prefeito. Pode nos explicar o que acontece nos bastidores para esse total desencontro de ideias?
- O vice normalmente é a pessoa de confiança do prefeito, porém, ele assume funções importantes sempre de auxílio ao prefeito. Tive um governo em que o Dr. Márcio Antunes foi meu vice e terminamos o mandato juntos, e somos amigos até hoje. O vice tem que ter a consciência do seu papel. No meu caso tive um vice que achou que deveria mandar mais que o prefeito, mas quem assina é o prefeito e aí não dá.  

Na questão das dívidas, o atual prefeito disse ter herdado aproximadamente 20 milhões de reais de seu governo.  Quais foram as reais condições que o senhor deixou a prefeitura?
- Paguei todos os funcionários e não deixei folha de pagamento atrasada, não deixei contratados sem receber. Ele veio com essa história, mas nunca provou com documentos, nunca mostrou essa tal dívida. De mentiras estamos cheios.

O senhor não acha que foi um equívoco a tentativa de se fazer um concurso público no final de seu último mandato? Até a presente data o valor pago pelas inscrições não foram devolvidos aos candidatos inscritos.
- O concurso só não saiu porque o atual prefeito foi ao Ministério Público e pediu pra não ser autorizado. Está na justiça e os valores serão devolvidos. Não entendo porque até hoje a justiça não o fez, talvez tenha faltado empenho dessa gestão. Mas se eu for eleito é uma questão de honra resolver esse problema.  

O seu governo deixou alguma dívida com a CAMEDS?
- Sim. Foram os três últimos meses do meu governo, mas apenas da parte Patronal, nunca deixei de repassar o que era descontado dos servidores. Os valores já foram parcelados em uma confissão de dívida, portanto, ela não existe mais.  

O plano de saúde do funcionalismo municipal é viável da maneira como funciona? Como o senhor analisa a situação atual?
- Sempre foi desde a sua criação. Esse plano cumpre uma função social importante no município, retira do SUS 1.300 funcionários e seus dependentes, aliviando um pouco o sistema.  Coloca os mais humildes funcionários em condições de igualdade com qualquer pessoa que tenha dinheiro na nossa cidade, porque ele pode consultar, internar e fazer exames nas melhores clínicas particulares da cidade.  Os consultórios médicos, Casa de Saúde, Hospital e clínicas preferem a CAMEDS a outros planos porque pagava em dia.  Como pode não dar certo? Faremos uma proposta de como funciona a CAC da CEDAE, que é aberto a outras pessoas e os funcionários pagam pouco por isso. O plano da CAMEDS é bom, mas acho que podemos melhorar.

A sede antiga da prefeitura, caso seja eleito, será reaproveitada?
- Nossa intenção é que no início de janeiro já começaremos a reforma. Soube que ela está destruída. E voltaremos pra lá devagar para não atrapalhar os serviços internos.  

A sua história na política miracemense começou em 1972, quando foi eleito vereador, e de lá pra cá já se passaram 44 anos. O que mudou na política do final dos anos 70 e início da década de 80 para os dias atuais?
- Naquela época vereador não tinha salários, era por vocação, e hoje não se faz política sem dinheiro e esse é o maior problema. Quem me conhece sabe que sempre tive dificuldade nas minhas campanhas por causa de financiamento, não aceito ajuda a troco de acordos, porque sou político das antigas, gosto do que faço e não preciso disso pra viver. As últimas campanhas foram inflacionadas, candidatos com muito dinheiro fizeram com que as campanhas ficassem caras, pra mim foi a maior mudança. Com a nova legislação eleitoral, espero que a justiça puna o caixa dois com mais firmeza, isso nos ajudará muito.    

O Brasil precisa de uma reforma política com urgência? O senhor é a favor ou contra o Voto Distrital?
- Sou totalmente a favor da reforma política e ela é urgente. Cansamos de ver deputados federais com 1 milhão de votos levarem com eles candidatos com 100 votos, deixando de fora candidatos com 100 mil votos – caso do Enéas e Tiririca. Totalmente injusto! Já vi também vereador que se candidatou em uma boa coligação entrar com poucos votos e outros com mais votos ficarem de fora.

Nota do blog: o entrevistado acabou não respondendo sobre o Voto Distrital.

O descrédito da classe política nunca esteve com um índice tão elevado. O que fazer para reverter esse quadro lamentável e vergonhoso?
- É verdade. Em todo esse tempo como político nunca vi nada igual. Primeiro tem que acabar com a impunidade, roubou tem que ser penalizado. Outra coisa é acabar com tanta mordomia. A Lava Jato tem que ser concluída e todos os envolvidos punidos. Já está caminhando pra isso. Quem diria que grandes empresários e políticos seriam presos neste país? Hoje eu acredito nessa limpeza.  

Falando agora sobre os contratados, que é uma doença incurável de todo governo, e nos mandatos que o senhor esteve à frente da administração municipal eles também se faziam presentes, para o bom entendedor de política é um verdadeiro cabide eleitoral. Será que não vai aparecer um político que consiga reverter esse quadro e estancar essa sangria? Qual é a sua opinião sobre esse assunto?
- Sim. Sempre tive contratos nos meus governos, mas nunca em número tão alto a ponto de não conseguir pagá-los. Quando terminei meu último governo não deixei dívidas com eles, nunca atrasei seus salários. Mas os tempos são outros, e hoje sei que a folha de pagamento está inchada e não permite tal prática. Veja há quanto tempo os atuais contratados não recebem, não tem recolhimento dos seus direitos trabalhistas. Dificilmente o próximo prefeito conseguirá manter essas contratações.  

Outro assunto que intriga o eleitor é o abandono que fica a cidade nos últimos três meses do ano quando o prefeito não consegue se reeleger. O seu último mandato não foi diferente e a população e os funcionários acabam sofrendo as maiores consequências. Com relação ao funcionalismo, o pagamento da progressão – que é um direito adquirido da classe – foi tema até de música em sua campanha de 2012. No entanto, a suspensão do pagamento das parcelas foi determinada logo após a perda da reeleição. O senhor não acha que deveria ter cumprido com suas obrigações até o mês de dezembro, deixando para o prefeito eleito o pagamento das parcelas restantes?
- O único prefeito que olhou pelos funcionários e nunca deixou de dar os seus direitos fui eu. Quando assumi o governo em 2009, todos os funcionários reclamaram que seus direitos estavam sendo violados.  Então, foi determinada uma averiguação e constatado que era verdade. Começamos a corrigir todos os problemas encontrados, e logo após os funcionários começaram a pedir o pagamento de parcelas retroativas, que eram justas, porém os valores eram exorbitantes e difíceis de pagar. Nunca me neguei a pagar, só que a dívida com os funcionários era da prefeitura e não foi meu governo que causou, foram os governos anteriores, e nunca fui para os meios de comunicação ficar difamando ninguém, pelo contrário, meu governo começou a aceitar, e era obrigação da atual administração dar continuidade nesses acertos com os funcionários, o que não foi feito.  

Foi feita a “transição” de seu governo para o atual? O prefeito já expressou em diversas oportunidades que foi proibido de entrar na prefeitura com sua equipe entre os meses de outubro e dezembro. Explica-nos nesta entrevista o que de fato ocorreu.
- O atual prefeito nunca foi proibido de entrar na prefeitura, como ninguém pode ser. A prefeitura é do povo e não minha. O grande problema é quando alguém deseja assumir antes da hora, e aí coloquei regras para a transição que ele não aceitou e não se dispôs a voltar a conversar. Mesmo assim a maioria dos secretários fez a transição. 

Dê uma nota de 1 a 10 para o seu governo no quadriênio 2009/2012?
- Todo governo tem falhas, ninguém é perfeito, mas existe aquele ditado que diz que se erramos foi porque tentamos acertar, ninguém erra por querer errar. Mesmo com toda a dificuldade enfrentada, ainda acho que foi um governo, posso dar um 9.

Muito obrigado pela entrevista e boa sorte em sua caminhada. Faça as suas considerações finais. 
- Sempre disse para meus eleitores fieis que tenham confiança. Vim do povo e sou do povo. Nunca me apropriei de nada que não fosse meu, sempre tratei a prefeitura e os funcionários com o devido respeito, é claro que não conseguimos agradar a todos, mas sempre tentei. Mais uma vez me lanço a candidato a prefeito com a certeza que posso contribuir para o desenvolvimento de nossa cidade. Boa intenção tem que estar aliada a força política e isso posso dizer que tenho mais que meus adversários. Sou conhecedor dos problemas de nosso município e vou enfrentá-los de cabeça erguida, junto com o meu povo, e esse povo sabe que pode contar comigo sempre porque nunca os abandonei. 

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

MUITO CUIDADO NA HORA DE ESCOLHER O SEU VEREADOR...



Além de propor leis e votar, vereadores devem fiscalizar o executivo.

O que faz um vereador? Veja abaixo os principais pontos para entender melhor o cargo político.

Requisitos:
Para se candidatar a vereador, a pessoa precisa ter o domicílio eleitoral na cidade em que ela pretende concorrer até o dia 2 de outubro de 2015 – ou seja, um ano antes da eleição – e precisa estar filiada a um partido político até o dia 2 de abril de 2016. Além disso, precisa ter nacionalidade brasileira, ser alfabetizada, estar em dia com a Justiça Eleitoral, ser maior de 18 anos e, caso seja homem, ter certificado de reservista.

Número de vagas:
Cada Câmara pode ter no mínimo 9 e no máximo 55 vereadores. O total de vagas depende do tamanho da população de cada cidade. Em São Paulo, por exemplo, que é a maior cidade do país, com quase 12 milhões de habitantes, são 55 vereadores eleitos a cada quatro anos. Já no menor município do país, Serra da Saudade (MG), que tem apenas 818 pessoas, são apenas 9 vereadores.

Salário e horário de trabalho:
O salário dos vereadores segue a mesma lógica, ou seja, depende do número da população da cidade. Em cidades pequenas, de até 10 mil pessoas, os salários devem ser no máximo 20% do salário de um deputado estadual daquele estado. O percentual aumenta de acordo com o número de habitantes, até chegar a 75%, no caso das cidades com mais de 500 mil habitantes. Quanto ao horário de trabalho, ele muda de cidade para cidade, pois não há uma regra fixa. É possível propor e aprovar projetos de lei determinando horários específicos ou cargas horárias a serem cumpridas, mas isso depende de cada cidade.

Trabalho no Legislativo:
Os vereadores fazem parte do poder Legislativo e, como tal, elaboram, discutem e votam as leis municipais – ou seja, que envolvem impostos municipais, educação municipal, linhas de ônibus, saneamento, entre outros temas da cidade. Para discutir e votar durante as sessões legislativas, os vereadores se organizam em partidos. Há os partidos que são considerados da base do governo (não apenas o partido do próprio prefeito, mas outros que apoiam a sua gestão) e os considerados de oposição. Mas isso não quer dizer necessariamente que um vereador que faz parte da oposição vai votar sempre contra as propostas do prefeito, pois, apesar das disputas políticas, os parlamentares devem ter seus interesses pautados pelo interesse da coletividade. Isso porque cada vereador é eleito de forma direta, pelo voto, sendo um representante da população. Por isso, deve propor projetos que estejam de acordo com os interesses e o bem-estar da população.

Votações de projetos:
Mesmo com as disputas políticas, acordos têm que ser feitos para chegar a decisões, já que são os votos da maioria que contam. Isso acontece quando são apresentados projetos, emendas e resoluções, por exemplo. Eles têm que passar por comissões, como a de Constituição e Justiça e a de Finanças, e ir para votação no plenário. Mesmo depois de aprovados, projetos e emendas precisam passar pelo prefeito, que pode vetar total ou parcialmente ou aprovar. Quando há aprovação, o projeto é publicado no Diário Oficial da cidade e vira lei. Caso o projeto seja vetado, mesmo que parcialmente, ele deve voltar a ser discutido pelos vereadores, que têm que decidir se aceitam ou não a decisão do prefeito. É importante destacar que não são apenas os vereadores e o prefeito que podem apresentar projetos de lei. Os eleitores também podem propor mudanças na Lei Orgânica do município. Para isso, precisam coletar assinaturas de pelo menos 5% do eleitorado da cidade.

Função fiscalizadora:
Além das votações, os vereadores também têm o poder e o dever de fiscalizar a administração, cuidando da aplicação dos recursos e observando o orçamento. Ou seja, é dever deles acompanhar o poder Executivo, principalmente em relação ao cumprimento das leis e da boa aplicação e gestão do dinheiro público. São os vereadores que julgam as contas públicas da cidade – julgamento que acontece todo ano com a ajuda do Tribunal de Contas, que é um órgão assessor de fiscalização do próprio poder legislativo, apesar de seu nome sugerir que ele faça parte do poder judiciário. É dever dos vereadores examinarem bem as contas da cidade, sendo que elas apenas são rejeitadas se dois terços dos parlamentares concordarem com isso. Juntamente a esse dever, os vereadores também devem checar se o prefeito e outros funcionários públicos, incluindo eles mesmos, estão desrespeitando alguma lei.

Dever do eleitorado
Para acompanhar se os vereadores estão cumprindo bem seus deveres perante a população, os eleitores podem ir às sessões legislativas ou mesmo conversar com os vereadores em seus gabinetes. Caso o eleitor descubra alguma irregularidade, é possível fazer uma denúncia ao Ministério Público.  Isso porque, resumindo, o vereador é a ligação entre o governo e o povo. Ele tem o poder de ouvir o que os eleitores querem; propor e aprovar esses pedidos na Câmara e ficar de olho para ver se o prefeito e seus secretários estão colocando essas demandas em prática. Por isso, é importante acompanhar para ver se o trabalho está sendo bem desenvolvido.

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O PARQUE EÓLICO DE GARGAÚ NO NORTE FLUMINENSE: ENERGIA LIMPA


A cerca de 350 quilômetros do Rio de Janeiro, a cidade de São Francisco de Itabapoana, no Norte Fluminense, com aproximadamente 42 mil habitantes e o segundo maior município em extensão territorial do estado, começa a atrair um novo tipo de visitante. 


O Parque Eólico de Gargaú, que teve a sua construção concluída em outubro de 2010, está atraindo turistas a fim de registrar as imensas torres de geração de energia que se destacam ao longe – o parque pode ser visto de São João da Barra, do outro lado do rio Paraíba do Sul.   
Vista da Lagoa de Gargaú 
Primeira Central Geradora Eólica da Região Sudeste, o Parque tem capacidade instalada suficiente para abastecer uma cidade de 80 mil habitantes. É a primeira central geradora de energia eólica da Região Sudeste.  

Vista da Praia de Santa Clara 
Ao todo, são 17 torres aerogeradores de 1,65 MW que integram o empreendimento, cada um com 120 metros de altura. A montagem da infraestrutura levou dois anos e envolveu 300 pessoas. Construídos na Dinamarca, os equipamentos seguiram para o Rio de Janeiro em navios e, de lá, foram transportados para Gargaú de caminhão. As abas, cada uma com 30 metros de comprimento, são feitas de fibra de carbono. A rotação das abas é de 14 RPM, o que equivale a uma velocidade máxima de 160 km/h. Os equipamentos, modelo V82, sintetizam a busca pelo que há de mais eficaz e moderno na área de energia eólica.


A região tem o segundo maior potencial eólico do País, só perdendo para o Rio Grande do Norte. O distrito de Gargaú competiu com a cidade de Arraial do Cabo para a implantação do Parque.

Igreja Matriz
O município de São Francisco de Itabapoana foi distrito de São João da Barra até o ano de 1995, quando conseguiu a sua emancipação. O nome do antigo distrito era São Francisco de Paula e o novo município foi instalado a partir de 1º de janeiro de 1997, quando tomou posse o seu 1º prefeito eleito.  

Praia Lagoa Doce
São Francisco de Itabapoana possui um dos maiores perímetros de litoral do país, com cerca de 60 quilômetros de extensão de praias, fazendo divisa com o estado do Espírito Santo. Suas praias se caracterizam pelas ondas tranquilas e temperatura amena.



São Francisco e suas praias eu conheço e frequento desde o início dos anos 70. Por laços familiares adoro esse lugar e sou suspeito de falar qualquer  coisa. Meu pai nasceu e foi criado no antigo distrito, e ainda tenho parentes que lá residem.  


O QUE VEM A SER SÍNDROME COMPARTIMENTAL? POR VICTOR TITONELLI


A Síndrome compartimental na perna em atletas de esportes de corrida nada mais é que o aumento da pressão dentro do compartimento fechado da perna, delimitado por osso e fáscia durante exercícios físicos de grande intensidade e recorrente. É uma patologia grave, pois pode fazer a compressão de vasos sanguíneos e nervos e com isso gerar uma alteração irreversível na perna.

Podem ser causadas por traumas locais, inflamações crônicas, hérnias musculares, hipertrofia muscular volumosa, principalmente em usuários de anabolizantes.

História clínica: dor recorrente durante a corrida, com impossibilidade de continuar a mesma, sensação de inchaço e pressão na perna, melhora com repouso acima de 10 minutos, fraqueza na perna, formigamento, diminuição da mobilidade do tornozelo dentre outros. Pode acometer em militares e atletas, sendo muito mais comuns em atletas competitivos do que nos recreativos.


É muito importante a periodização adequada nos treinos, seguindo sempre as orientações do seu professor para evitar essa grave patologia, e caso apresente esses sintomas, deve procurar com urgência o ortopedista, pois na maioria das vezes necessita tratamento cirúrgico.

Nota do Blog: 19 de setembro, dia do Ortopedista. Parabéns, Victor! 

domingo, 18 de setembro de 2016

NOTA DE ESCLARECIMENTO E UM RECADO AOS ENTREVISTADOS


Quando criei o blog foi com a intenção de trazer algo diferente para o leitor, sair da mesmice, principalmente com as entrevistas. Procuro em todas as minhas publicações não ser tendencioso com nenhum tema abordado. Recebi diversas mensagens inbox solicitando que o blog fizesse entrevistas com os candidatos a prefeito e o presidente da câmara municipal. Aceitei o desafio e fui buscar as informações. 

O blog é totalmente independente e não tem ligação com nenhum candidato ou partido político. Tenho total isenção e o direito de também questionar os entrevistados com toda e qualquer pergunta pertinente ao cargo que ele ocupa ou tem a intenção de ocupar. Se ele vai responder ou não, o leitor é que julgará a responsabilidade do entrevistado naquilo que está sendo proposto. De qualquer forma as perguntas serão publicadas no blog.  

O atual prefeito e candidato à reeleição Juedyr Orçay foi o primeiro entrevistado. Já encaminhei aos demais candidatos a prefeito – Ivany Samel e Clovinho Tostes – mais precisamente no último dia 5 de agosto, as perguntas pertinentes ao cargo desejado. Até a presente data ainda não recebi as respostas.

Sobre o presidente da Câmara Municipal, fui recebido pelo senhor Maurício Santana Soares em seu gabinete, no dia 14 de junho, para solicitar do mesmo uma entrevista. Prontamente ele aceitou e até leu algumas perguntas, ficando de respondê-las na íntegra posteriormente. No entanto, os dias foram passando e o presidente alegando falta de tempo não atendia a minha solicitação. No último contato mais recente ele foi bem claro e disse o seguinte:
- “Fui orientado a não responder em razão do período de campanha eleitoral”.
Não satisfeito com a sua alegação, também fui sucinto:
- “O que posso dizer é que você está sendo mal orientado, pois todas as perguntas são pertinentes ao cargo ocupado e também uma ótima oportunidade para esclarecimentos aos eleitores”.

O cidadão quando resolve entrar na política tem que saber que ele está a serviço do povo. A transparência de qualquer cargo público não é um favor, é um dever de quem ocupa o mesmo. Não estou aqui para julgar, agradar ou desagradar “A”, “B” ou “C”, quero apenas levar a informação e o esclarecimento dos fatos ao leitor, principalmente os de utilidade pública. Antes da eleição, o blog vai publicar na íntegra todos os questionamentos que foram feitos.

Aproveitando a oportunidade, informo que todo e qualquer comentário “anônimo” que for feito no blog não será mais publicado. Fui obrigado a fazer mediação devido aos diversos comentários inadequados e com palavrões, todos de figuras anônimas.



COMO CONTER A VIOLÊNCIA NO TRÂNSITO EM MIRACEMA?

Resido na Rua do Café desde quando nasci. A rua era de calçamento e, por sinal, o pior da cidade, com muitos buracos e difícil até para andar de bicicleta, imagine de moto ou carro. Após ter sido toda asfaltada, há cerca de cinco anos, apesar de ter ficado mais quente, pelo menos ficou melhor para a locomoção de pedestres e veículos. Reconheço que algumas pessoas foram contra o asfaltamento, e temos que respeitar a opinião de todos.

No entanto, toda essa facilidade para transitar está causando outro problema: a alta velocidade dos carros e, principalmente, das motos, que em algumas ocasiões mais parecem aviões supersônicos. Com a ida do Posto de Urgência para o prédio anexo ao Hospital, o fluxo de carros e motos aumentou consideravelmente.

O bairro é dividido em quarteirões, com muitas esquinas, e não temos nenhuma faixa de pedestre. Desde quando me entendo por gente ouço comentários que não se pode ter o tal do “quebra-molas”, pois é a rua do hospital. Fico imaginando outras cidades com quebra-molas e que até chegar ao pronto socorro o veículo passa sobre diversos deles. Não aceito essa justificativa e rezo para que não aconteça nenhuma tragédia com aqueles que aqui residem ou passam diariamente.

Sinto nas conversas que a preocupação maior é com as motos, na maioria das vezes guiadas por menores de idade. Esse é outro problema que os responsáveis, digo os pais, são os grandes culpados por presentearem seus filhos, acreditem, de até 14 anos, com uma moto, a "cinquentinha". 

Sobre essa situação da violência do trânsito, posso afirmar que em todas as ruas de nossa cidade acontece o mesmo problema. Perto do Posto Bendengó, onde recentemente foi inaugurado um Posto de Saúde, a faixa de pedestre parece ser insuficiente para a segurança dos transeuntes. Seria prudente a colocação de quebra-molas para dar mais tranquilidade aos munícipes que procuram atendimento médico e, por consequência, beneficiar os moradores do bairro.

Reconheço que tivemos melhoras na parte de sinalização. Se o sistema de “semáforo” for implantado conforme prometido, tenho certeza que será muito benéfico para todos. Gostaria que o órgão responsável pelo trânsito municipal nos informasse sobre a real possibilidade de se colocar “quebra-molas” em algumas ruas de nossa cidade. Com a palavra, o DEMUTRAN!   


sexta-feira, 16 de setembro de 2016

RIVELLINO NO FLUMINENSE


Rivellino estreou no Fluminense em um sábado do carnaval de 1975, marcando três vezes na goleada de 4 a 1 sobre o Corinthians, no Maracanã. Com apenas um jogo, tornou-se ídolo da torcida tricolor. Tinha apenas 29 anos de idade, e conservava a agilidade que lhe permitia humilhar o adversário com seus dribles e fulminá-los com sua irretocável “patada atômica”.

O Fluminense armou, entre 1975 e 1976, um dos melhores times de sua história, conhecido como “A Máquina Tricolor”. Francisco Horta abriu os cofres e contratou, no primeiro ano, além de Rivellino, craques do nível de Mário Sérgio e Paulo César Caju. Em 1975, Rivellino jogou 24 dos 29 jogos do Fluminense no Carioca, marcando 11 gols. Após o título, desabafou, ressaltando que não era “o sapo do Parque São Jorge”. Rivellino ganhou, de quebra, em 1975, a Taça Guanabara. No bicampeonato, o apoiador fez 28 das 32 partidas, voltando a marcar 11 gols.

Rivellino disputou pelo Fluminense 159 jogos e marcou 57 gols.  


Em julho de 1978, o Fluminense deu a seu craque a oportunidade de ganhar um bom dinheiro, facilitando sua transferência para o El Helal, da Arábia Saudita. Em seu novo time, Rivellino conquistou dois títulos nacionais e uma Copa do Rei. Em 1981, aos 35 anos de idade, foi suspenso por ter atingido o rosto de um adversário. Impedido de atuar no Brasil em função de uma cláusula contratual com o time árabe decidiu encerrar a brilhante carreira.