terça-feira, 31 de outubro de 2023

OLDAIR: UM LATERAL ARTILHEIRO



Oldair Barchi nasceu na capital paulista, no dia 1º de julho de 1939. O ex-lateral-esquerdo iniciou a carreira como volante. Era duro na marcação, de chute forte e bom passe. Não tinha muita técnica, mas compensava como um excelente marcador.


Começou nas categorias de base do Palmeiras e logo se transferiu para o Fluminense – 135 jogos e 22 gols (campeão carioca em 1964), onde permaneceu de 1961 até o início de 1965. Depois foi para o Vasco – 138 jogos e 15 gols, e ficou por três anos no time cruzmaltino. No final da década de 60, já atuando como lateral-esquerdo, ele foi para o Atlético-MG.


Oldair é muito lembrado pelo gol que marcou diante do São Paulo, na vitória por 1 a 0, no triangular final do Campeonato Brasileiro de 1971. O triunfo abriu o caminho para o time alvinegro chegar à conquista nacional. Antes de se sagrar campeão brasileiro pelo Galo, o lateral também esteve na campanha vitoriosa do título mineiro de 1970. Com a camisa do Galo foram 281 jogos e 61 gols.


Em 1973, Oldair deixou o Atlético para defender o Ceub, de Brasília (DF), e encerrou a carreira jogando pelo Esab da Cidade Industrial de Contagem, da Grande Belo Horizonte.


Oldair lutou contra um câncer no pulmão e acabou derrotado pela doença. Morreu na capital mineira, aos 75 anos, em 31 de outubro de 2014.

 

sexta-feira, 27 de outubro de 2023

EVERALDO: O CRAQUE DA ESTRELA DOURADA

 


EVERALDO Marques da Silva nasceu em Porto Alegre-RS, em 11 de setembro de 1944. Lateral-esquerdo com forte poder de marcação, que jogava duro e sabia se impor, ótimo no desarme e um grande poder de apoio ao ataque. Já possuía naquela época características dos famosos alas.


Começou no Grêmio, depois foi para o Juventude, de Caxias, por empréstimo, retornando ao Grêmio para se firmar no futebol gaúcho e brasileiro. Foi campeão gaúcho em 1964/66/67 e 68.


Em 1972, numa partida contra o Cruzeiro, Everaldo deu um soco no árbitro José Faville Neto e foi suspenso por um ano do futebol, pena essa que foi reduzida posteriormente para seis meses. Retornou aos gramados e jogou por pouco tempo, até acontecer o fatídico acidente.


Participou da Copa do Mundo de 1970, sendo campeão da mesma. Atuou pela Seleção em 28 jogos, sendo 22 oficiais. Essa conquista rendeu uma homenagem marcante ao Everaldo. Desde 1970 a Bandeira do Grêmio tem uma estrela dourada pela glória do tricampeonato mundial, transformando-se em um atleta laureado do clube.

Morreu prematuramente e de forma trágica quando voltava de um jogo amistoso dos veteranos do Grêmio e dava seguimento à campanha para deputado estadual. Seu carro entrou embaixo de uma carreta, onde também morreram sua mulher e a filha, em 27 de outubro de 1974, aos 30 anos, em Cachoeira do Sul, interior gaúcho.

quinta-feira, 26 de outubro de 2023

VELUDO: DE ESTIVADOR A ÍDOLO DO FLUMINENSE

 


Caetano da Silva Nascimento – mais conhecido como Veludo – nasceu na capital carioca em 07 de agosto de 1930. Goleiro ágil, elástico, reflexos rápidos e excelente colocação, parecia adivinhar onde a bola seria jogada. Jogou no Fluminense – 125 jogos e 169 gols sofridos (campeão carioca em 1951), Nacional/Uruguai (por empréstimo), Canto do Rio (RJ), Santos, Atlético (campeão mineiro em 1958), Madureira e Renascença (MG), onde encerrou a carreira em 1963.


De estivador a goleiro, foi ídolo no Fluminense. Teve o azar de atuar no período em que Castilho era o titular absoluto. Mas sempre que tinha chance, Veludo brilhava em campo. Conseguiu com sua categoria se impor naturalmente e conquistar um lugar ao sol. Foi um dos grandes jogadores brasileiros na posição, mas que não foi ainda mais longe por não se cuidar fora de campo.


Tamanha era a sua capacidade, que na Copa do Mundo de 1954 foi convocado junto com Castilho, mesmo sendo reserva no Fluminense. Disputou 9 jogos pelo Brasil, sendo 8 oficiais e três gols sofridos.


Seus últimos anos de vida foram de sofrimento, tendo a companhia da bebida, sua maldita companheira ao longo da carreira, que destruiu seu fígado e o pâncreas, além da diabetes. Morreu aos 40 anos, no Rio de Janeiro, em 26 de outubro de 1970, vítima de falência múltipla dos órgãos. Nos últimos meses de vida, Veludo não tinha mais forças para andar.

 

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

DUDU E O TÚNEL DO TEMPO – POR SERGIO PUGLIESE

 


Nota: postado em sua página no dia 08 de julho de 2020. Dudu faleceu no dia anterior. Mais uma narrativa maravilhosa do Sergio (Museu da Pelada), do qual sou fã e admiro muito seu trabalho.

 

No carro, indo para Arraial do Cabo, parecia aquele menino de 14 anos que não via a hora de entrar no Maracanã ou em São Januário. Era impressionante, mas mesmo indo aos estádios semanalmente, a prazerosa sensação não cessava. Acho que isso é o que chamam de magia. O campo gigante, o gramado verdinho, a tal aglomeração, que hoje virou sinônimo de palavrão, os bandeirões, as organizadas e eles, os ídolos, nossos super-heróis.

 

Eu sempre ficava com olhar fixo no túnel à espera da entrada dos artistas do espetáculo. O primeiro que eu procurava era Dinamite, meu maior ídolo no futebol, e, em seguida, buscava Dudu. Não era difícil avistá-lo, afinal ele era grandalhão. Volta e meia eram publicadas matérias criticando seus quilinhos a mais. E eu lá estava preocupado com isso! O cara jogava uma barbaridade! Roubava a bola do adversário, avançava com um vigor de touro faminto e disparava um míssil certeiro de fora da área. A torcida delirava! "Esse gordinho joga demais!", era uma frase recorrente nas arquibancadas. Mas Dudu não era um ídolo improvável, Dudu jogava muita bola e em uma entrevista à Placar, que tenho guardadinha aqui comigo, Zico alertava seus companheiros: "Preocupem-se em marcar Dudu".

 

Chegou a ser cotado para a Copa de 82. Mas logo saiu do Vasco, foi para Portugal e nunca mais ouvi falar. Claro que ao longo do tempo busquei outros ídolos na saída do túnel, mas Dudu ficou guardado em um cantinho da memória afetiva. Jamais esquecerei o dia em que falando sobre velhos ídolos com um motorista de táxi ele disse..." o Dudu sei que anda muito doente e trabalha na Prefeitura de Arraial do Cabo". Foi impactante. Dudu, doente? Aquele gigante? Impossível! Não falei nada, mas a maquininha do tempo instalada em nosso cérebro foi rebobinando, rebobinando e voltei à arquibancada, um menino e seu ídolo indestrutível.

 

Pouco tempo depois, Armando Carvalho e Marcelo Cortez, parceiros do Museu da Pelada, nos deram o caminho das pedras para encontrarmos um Dudu debilitado, trêmulo, mas com um humor ácido, saboroso. Que resenha! Na companhia do próprio Marcelo e de Da Silva, campeão da Libertadores pelo Olímpia, do Paraguai, rimos e acariciamos nossas almas com doces recordações. Não bebemos porque seu fígado já havia pedido arrego há tempos, mas pude abraçá-lo e agradecê-lo por aqueles momentos sublimes nos estádios. Que felicidade ter chegado a tempo, nem sempre dá. Ontem, Dudu pendurou as chuteiras, saiu de campo e entrou no túnel, o mesmo túnel que eu, ansioso, esperava que surgisse, gigante, imbatível, iluminado.

 

 

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

OS ANOS DE OURO DO FUTEBOL BRASILEIRO

 


Não tenho a menor dúvida em afirmar que, as décadas de 40, 50 e 60, foram os anos de ouro do futebol brasileiro. Ganhamos três Copas do Mundo em um intervalo de 12 anos – entre 1958 e 1970 – fato esse que nunca ocorreu com nenhuma outra Seleção. E poderíamos ter ganhado quatro em um intervalo de 20 anos, se tivéssemos conquistado a Copa de 1950.

 

Essa Copa até hoje e sempre será lembrada por diversos aspectos que, muitas vezes julgamos com o coração, esquecendo-se que do outro lado tinha um adversário de bom nível, com jogadores de qualidade e uma raça que até hoje os jogadores brasileiros não conseguem igualar. Dentro das quatro linhas, time por time, será que o uruguaio não era melhor que o nosso? Os uruguaios e argentinos praticam um futebol com muito mais intensidade, é uma mística que eles carregam há décadas.

 

Nossos primeiros craques e ídolos foram Friedenreich, Domingos da Guia, Fausto, Feitiço e Leônidas da Silva. O Diamante Negro, para aqueles que não sabem é o apelido dado a Leônidas da Silva, que depois virou marca de chocolate e, foi, de fato, o primeiro ídolo do esporte que ainda encontrava muita resistência nas classes sociais mais elevadas. Para se ter uma ideia de sua importância, só havia três ídolos no Brasil do final dos anos 30: o presidente Getúlio Vargas, Orlando Silva, o “Cantor das Multidões”, e Leônidas da Silva. Com o início das transmissões radiofônicas dos jogos, foi Ary Barroso um dos responsáveis por difundir Brasil afora o futebol e fazer de Leônidas da Silva, que jogava no seu time de coração, o Flamengo, conhecido nacionalmente. Pela Seleção Brasileira, atuou nas Copas de 1934 e 1938, tendo marcado nove gols na história da competição.  

 

A Copa de 50 marcou o fim de uma geração que brilhou pelos gramados praticando um futebol de elegância e que merecia uma conquista internacional para coroar sua trajetória no cenário do futebol mundial. Algo parecido ocorreu com a geração da Copa de 1982, que foi a última de qualidade individual que a todos encantou, mesmo sem ter conquistado o título. Voltando aos anos 40 – além de Leônidas da Silva – cito Zizinho, Romeu Pelliciari, Tim, Perácio, Jair Rosa Pinto, Danilo Alvim, Heleno de Freitas, Tesourinha, e muitos outros que tiveram a infelicidade de na década de 40, quando foi deflagrada a Segunda Guerra Mundial, não ter sido disputada duas edições da Copa do Mundo – 1942 e 1946. O mundo do futebol não conheceu uma das maiores gerações de craques já produzidas no Brasil. Inclusive, a Copa de 1942 seria realizada no Brasil, conforme decisão tomada pela FIFA em 1940.

 

Nas décadas de 50 e 60 o mundo descobriu que o Brasil não formava apenas uma Seleção, pois tínhamos qualidade e quantidade de craques para todas as posições. Os surgimentos de Garrincha e Pelé coincidiram com o ápice da conquista dos três mundiais. Exceto na Copa de 1966, principalmente por motivos organizacionais – quero dizer fora de campo – a participação brasileira na Copa deixou muito a desejar. Perdemos mais uma vez o Pelé por contusão e não tivemos forças para seguir na competição.

 

Botafogo e Santos formavam a base de nossa Seleção nos anos 60. O time paulista da década de 60, para muitos, é o maior esquadrão já formado no país e um dos melhores do mundo.  Ao longo da década de 60 – junto a Real Madrid, Benfica e Milan – dominaram o cenário mundial. Grandes times foram formados aqui no Brasil ao longo dessas décadas, os dois já citados acima e outros que também marcaram épocas. O Internacional com seu Rolo Compressor na década de 40; o Flamengo conquistando três títulos cariocas em sequência nos anos 40 e 50; o Vasco com seu Expresso da Vitória; o Palmeiras com a sua primeira Academia nos anos 60; o Esquadrão Imortal cruzeirense, com Tostão e Cia que tiveram embates inesquecíveis com o Santos de Pelé; e dois do Nordeste, sendo o Náutico hexacampeão pernambucano entre 1963 e 1968, e vice-campeão da Taça Brasil de 67 – quando foi derrotado pelo Palmeiras – e o Bahia campeão da Taça Brasil de 1959, derrotando o poderoso Santos na final.

 

Depois da Copa de 70 só voltamos a ganhar um mundial em 1994, isto é, ficamos 24 anos na fila. Por muito pouco não conquistamos três Copas em um intervalo de oito anos, pois fomos vice em 98 e penta em 2002. Mesmo com esse desempenho, a qualidade do futebol apresentado não pode ser comparada ao período do tricampeonato. Não ganhamos a Copa de 82, mas aquele time até hoje é lembrado e reverenciado por todos. O ex-jogador Paulo Roberto Falcão, em relação à derrota da seleção na Copa de 82, disse o seguinte: “Acho que o futebol teria mudado se o Brasil tivesse ganhado a Copa do Mundo de 82. Predominaria o futebol técnico, de habilidade, coisa que não predominou”. Neste caso, o “se” não entra em campo e talvez nada de diferente ocorresse.

 

Não posso deixar de mencionar o maior vexame da história do futebol mundial, ocorrido na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, quando fomos eliminados após sofrer uma goleada vergonhosa da Alemanha. Ao que parece, não serviu como aprendizado e os resultados em campo corroboram que ano após ano a decadência é mais do que evidente.

 

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

CARECA: UM ARTILHEIRO NATO!

 


Antônio de Oliveira Filho é paulista de Araraquara, onde nasceu em 05 de outubro de 1960. Careca foi um jogador que possuía todas as qualidades que um atacante necessita para brilhar. Um dos mais técnicos e hábeis do futebol brasileiro e mundial de todos os tempos. Por onde passou deixou a sua incrível marca de grande goleador. Um artilheiro nato!

Ele ainda não tinha 18 anos completos quando ajudou o Guarani a conquistar o Brasileiro de 1978, revelado pelo técnico mineiro Carlos Alberto Silva. Sua passagem pelo São Paulo foi de muitos gols e conquistas importantes. Tornou-se um ídolo do tricolor paulista. Ao lado de Maradona marcou época jogando pelo Nápoli. Alemão, ex-Botafogo, também fez parte desse grupo vitorioso do esquadrão italiano.



Atuou e brilhou no Guarani – 111 gols (campeão brasileiro em 1978), São Paulo – 191 jogos e 115 gols (campeão paulista em 1985 e 1987, e do brasileiro em 1986), Nápoli – 164 jogos e 73 gols (campeão italiano em 1988 e 1990, da Copa da Itália e da Copa da Uefa em 1989), KashimaReysol/Japão, Santos, Campinas (SP) – time que fundou e pelo qual atuou em algumas partidas – e São José (RS).

Participou das Copas do Mundo de 1986 e 90. Um estiramento muscular na perna tirou Careca da Copa do Mundo de 1982. Sua ausência nessa Copa até hoje é lamentada por todos. Muitos se perguntam se a sorte do Brasil naquele mundial não teria sido outra se ele estivesse  em campo. Na Copa de 1986 fez cinco gols e se tornou a referência técnica. Pela Seleção foram 63 jogos e 28 gols, sendo 59 oficiais e 27 gols.

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

OS GÊMEOS ZÓ E KEL...

 


Zoroastro Augusto Pinto de Brito (Zó) e Clemente Gregório de Brito (Kel), são baianos de Vitória da Conquista, onde nasceram em 16 de maio de 1964. Filhos de um rico fazendeiro de café e gado – que chegou a oferecer uma plantação de 20.000 pés de café para eles desistirem do futebol – o que não foi suficiente para interromper o sonho dos gêmeos.

Iniciaram a carreira nas divisões de base do extinto Conquista, em 1978. Juntos foram para o Serrano, de Vitória da Conquista, e também jogaram no América (RJ) e no Goytacaz, de Campos. Inclusive, em 1987, o time do interior fez uma excelente campanha no campeonato carioca e eles foram destaques. O técnico Antônio Leone, ao assumir o time campista solicitou a contratação de ambos, com quem havia trabalhado no América.  

Depois atuaram por alguns times do interior paulista, entre eles, União São João de Araras. Kel teve uma rápida passagem pelo Corinthians, em 1993, marcando dois gols em sete jogos. Teve o azar de perder dois pênaltis em uma semana – contra Bragantino e Santos – e caiu em desgraça com a torcida. Kel ainda jogou no Marília, Remo, Paysandu, Novorizontino, São Caetano e Figueirense.

As histórias são muitas. Gols de Kel, algumas vezes, foram creditados ao irmão Zó, e vice-versa. Em outras vezes, um era advertido pelo juiz por infração cometida pelo outro. E quantas vezes os técnicos não passaram descomposturas no ponta de lança, certos de que estavam falando com o centroavante, conforme relatado em uma reportagem da revista Placar, de 1983, sob o título “Gêmeos em campo, que confusão!”, assinada por Washington de Souza Filho.

Por cerca de um mês estivemos juntos no Goytacaz, no início de 1987, e posso afirmar que eram muito parecidos, além de simpáticos e atenciosos. O que ajudava na identificação era o formato de rosto mais fino do Kel, e uma verruga acima do queixo, no lado esquerdo do rosto de Zó.

                                                         Goytacaz de 1987: Zó é o 2º agachado da esquerda para direita

Para minha tristeza perdi todas as fotos que tirei naquele período, pois o rolo do filme estava danificado e não consegui aproveitar nenhuma das 36 ao revelar. Naquela época era comum ocorrer tal fato.

terça-feira, 3 de outubro de 2023

PREGUINHO: UM HERÓI TRICOLOR

 


João Coelho Neto, o PREGUINHO, nasceu no Rio de Janeiro em 08 de fevereiro de 1905. Apesar de nunca ter sido profissional, esse ex-atacante, um autêntico matador, é um dos gigantes da história do Fluminense, onde ganhou títulos também no basquete, vôlei, atletismo, natação, remo, polo aquático, saltos ornamentais, hóquei sobre patins e tênis de mesa. Conquistou para o Tricolor 387 medalhas e 55 títulos nas modalidades que praticava.


Tais façanhas fizeram dele um herói tricolor e, em 1952, o clube concedeu a ele o primeiro título de Grande Benemérito Atleta. Um busto na sede do Fluminense e o nome do ginásio são homenagens mais do que merecidas. Atuou somente no Fluminense – 175 jogos e 132 gols (tricampeão carioca em 1936/37 e 38). Ele sempre se recusou a receber dinheiro do clube, permanecendo como amador mesmo após a profissionalização do futebol.


Foi o autor do primeiro gol brasileiro em Copas do Mundo, em 1930, a única que participou. Pela Seleção foram 3 jogos e 4 gols.


Preguinho era filho do poeta e escritor Coelho Neto. Inclusive, seu início de carreira foi bastante atribulado, pois seu pai, chefe de um clã aristocrático, o proibiu de praticar o esporte. Mas ele, com obstinação, ultrapassou o bloqueio que lhe era imposto e conseguiu ser um dos maiores exemplos de dedicação ao Fluminense.

                                               Nilton Cardoso, filho de Gentil Cardoso, ao lado de Preguinho em 1961

                       

O superatleta tricolor nasceu dois anos depois do Fluminense e as Laranjeiras eram uma extensão de sua casa, já que vivia com a família na mesma rua do clube.


Preguinho morreu em 1º de outubro de 1979, aos 74 anos, devido a problemas pulmonares.