José Mendonça dos
Santos, o Dequinha, nasceu em Mossoró-RN, em 19 de março de 1929. Volante de
grande resistência física, técnica apurada e ótima visão de jogo. Foi um
jogador muito clássico e de um requintado toque de bola.
Esse nordestino fez sucesso jogando pelo Atlético de Mossoró,
Potiguar, ABC (todos do Rio Grande do Norte) e América (PE), antes de se
transferir para o Flamengo e deixar seu nome marcado na história do rubro-negro
da Gávea, onde jogou de 1950 a 1959, atuando em 384 jogos e marcando 8 gols.
Foi tricampeão carioca em 1953/54/55. Formou com Rubens uma dupla
perfeita, sendo responsáveis pelas principais jogadas de gols. Jamais foi
expulso de campo. Era um gentleman – diziam os amigos e adversários –, incapaz
de qualquer jogada violenta. Ao sair do Flamengo passou seu lugar ao promissor
Carlinhos, que no estilo e na técnica foi um perfeito substituto de Dequinha.
Teve uma breve passagem pelo Botafogo, pelo qual não chegou a disputar
partidas oficiais, atuando apenas pelo time de aspirantes. Ainda no Rio
defendeu o Campo Grande, em 1962, ao lado do ex-goleiro Barbosa. Em 1963,
Dequinha retornaria ao América do Recife após 12 anos no futebol carioca,
dividindo por pouco tempo as funções de jogador e técnico, antes de se retirar
de vez dos gramados com muita festa na capital pernambucana. Trabalhou como
técnico por mais de trinta anos, principalmente no futebol nordestino.
Participou da Copa do Mundo de 1954 e defendeu o Brasil em 8 jogos,
sendo 7 oficiais. Faleceu na capital sergipana, aos 68 anos, vitimado por uma
cirrose hepática, em 30 de julho de 1997.
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