quarta-feira, 25 de setembro de 2024

SCIREA: O LÍBERO DOS LÍBEROS

 


Vítima de um acidente de carros, na Polônia, em 03 de setembro de 1989, o ex-zagueiro Gaetano Scirea morreu aos 36 anos quando se dirigia para observar um adversário da Juventus pela Copa UEFA. Seu carro bateu em um caminhão de combustível, explodindo e causando a morte instantânea, além do motorista e de outro passageiro que estava no mesmo carro.

  

Nascido em Cernusco sul Naviglio, uma província de Milão, na Itália, em 25 de maio de 1953, Scirea começou sua carreira na Atalanta, clube com o qual estreou na Série A em 1972. No entanto, foi na Juventus que se consagrou como um dos melhores defensores do mundo, tento conquistado, dentre outros títulos, sete Scudettos. Scirea foi um dos maiores líberos do mundo, com muita técnica e ótima visão de jogo conseguiu o respeito no mundo futebolístico.


Scirea jogou na Atalanta (1972/74) e pela Juventus (1974/88), onde conquistou sete Scudettos, duas Copas da Itália, uma Copa dos Campeões, uma Recopa, uma Supercopa da Europa, uma Copa da Uefa e um Mundial de Clubes, todos pela “Vecchia Signora”. Defendeu a seleção da Itália nas Copas de 1978, 1982 e 16986, sendo campeão na Espanha, em 82.

 

Enquanto o líbero é uma contribuição genuinamente italiana para o futebol, Gaetano Scirea foi um dos maiores intérpretes da função. Jogador habilidoso e elegante, dotado de extraordinária capacidade de antever as jogadas, encerrou sua longa carreira sem receber um único cartão vermelho.

 

Fez seu primeiro jogo vestindo a camisa da seleção italiana principal em dezembro de 1975, contra a Grécia, mas somente com a aposentadoria do mítico Facchetti, em 1977, é que Scirea se tornaria o legítimo dono da camisa 6 da Itália (o motivo de ter utilizado o nº 7 na Copa da Argentina, deve-se ao fato de que a federação italiana fazia a inscrição dos jogadores, quando de uma Copa do Mundo, por posição e em ordem alfabética). O auge da participação de Scirea na Azzurra foi na Copa do Mundo da Espanha, quando foi campeão. A eliminação da Copa de 1986, no México, frente à França, foi também a despedida da seleção, onde atuou em 78 jogos e marcou 2 gols.

 

Scirea se retirou do cálcio aos 35 anos, ao término da temporada 1987/88, quando passou a exercer a função de “olheiro” da Juventus.


Seu exemplo ficou registrado para os mais novos, pois, além de respeitado e admirado dentro de campo, Gaetano Scirea era considerado um cavalheiro fora dele. Esse faz parte do seleto grupo de jogadores do exterior que sempre admirei. 

 


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