Alfonso DARÍO PEREYRA Bueno é uruguaio de Sauce, onde
nasceu em 19 de outubro de 1956. Zagueiro voluntarioso, técnica refinada, raça
acima da média, forte espírito de liderança. Jogava de cabeça erguida, com
muita firmeza e seriedade. Ótimo na cobertura e na antecipação, sempre bem
colocado e um gigante no jogo aéreo. Se fosse preciso atuava em outras
posições. Um dos mais completos zagueiros que vi jogar.
Entrou para a história do São Paulo, sendo considerado
um dos seus melhores zagueiros. Chegou ao Tricolor para jogar como apoiador,
sua posição de origem, para resolver os problemas do meio-campo do São Paulo.
No entanto, acabou como mestre da defesa.
Quando o zagueiro Oscar desembarcou no Morumbi, vindo
do Cosmos de Nova York, em 1980, estava formada uma das mais perfeitas duplas
defensivas de todos os tempos na história do São Paulo. O talento de Darío e a
garra de Oscar se completavam, conforme descrito no Almanaque do São Paulo, por
Alexandre da Costa, em 2005.
Sua adaptação ao futebol brasileiro não foi imediata, e o uruguaio não conseguia repetir as boas atuações que o consagraram pelo Nacional e pela seleção do seu país. O problema foi resolvido quando, numa emergência, o técnico Rubens Minelli decidiu improvisar o apoiador como quarto-zagueiro. Ele se saiu muito bem e não deixou mais a posição até 1988, quando saiu do São Paulo.
Atuou no Nacional (campeão uruguaio em 1976), São
Paulo – 451 jogos e 38 gols (campeão paulista em 1980/81, 1985, 1987, e do
brasileiro em 1977 e 1986), Flamengo – 12 jogos, Palmeiras – 32 jogos e 1 gol,
e Matshushita/Japão (campeão da Copa do Imperador), onde encerrou a carreira em
1992.
Disputou a Copa do Mundo de 1986 e vestiu a camisa da
Celeste em 34 jogos e marcou 14 gols.