Vendo mais essa
depredação autoritária a injustificável de "manifestações de movimentos de
esquerda", fico pensando como é possível que tanta gente ainda metida a
"compreensiva e fora do Fla x Flu" é capaz de se perguntar "como
é que chegamos a esse nível de polarização política?".
Oras, e tem como não
"ser empurrado para o polo" em qualquer divergência com petistas/esquerdistas
atualmente? Tomemos como exemplo a PEC do Teto: sem nem considerarmos a questão
técnica, o fato é que, no mínimo, muuuuita
gente boa é favorável a ela (praticamente unânime entre melhores cabeças do
país, na minha opinião). Mas vamos dar o benefício e considerar que "a
sociedade estava dividida" quanto a ela.
Qual o comportamento da
esquerda? Como sempre, berra contra, compara ao AI-5, chama de "PEC do Fim
do Mundo", MENTE dizendo que "vai tirar recursos da saúde e da
educação" (quando, na verdade, eleva o piso) e sai quebrando tudo por aí
em "atos" de pura barbárie para tentar simular convulsão social.
Fui obrigado a ler um
esquerdista cobrando ironicamente "onde estão as panelas da Turma da CBF
agora com essa aprovação de hoje???", como se fosse uma
incoerência/omissão de quem era favorável ao impeachment, e não um APOIO à
aprovação da PEC do Teto. Ou seja, simplesmente vetam o direito de que alguém
APOIE a PEC do Teto, por exemplo.
Em suma, como sempre,
não conseguem ter uma opinião contrária e respeitar a posição divergente. Não,
precisam sempre associar o que não querem ao catastrofismo, impõem julgamentos
morais a quem é contrário e tratam como uma opinião simplesmente inaceitável,
incapaz de ter qualquer mérito ou bônus, somente ônus.
Diante de tudo isso,
ainda dá para ser inocente e achar possível não vivermos em uma sociedade
polarizada?
Gabriel
Rostey é sócio fundador do Site No Ângulo e possui Mestrado em Planejamento
Urbano e Regional, MBA em Gestão Estratégica e estudou Turismo com
Especialização em Planejamento e Gestão Turística.
Nenhum comentário:
Postar um comentário