O poder legislativo não pode ser subserviente
ao executivo. Ele deve se impor em todos os níveis e esta imposição tem que ser
regra. Infelizmente isso não ocorre!
O vereador não deve votar a favor de um
projeto para agradar ao prefeito, neste caso, se o mesmo não for benéfico para
a cidade. Esse pressuposto, também, serve para um vereador que faz parte da
oposição e vota sempre contra as propostas do prefeito. Sabemos da divisão do
quadro político entre os partidos que são da base do governo e os da oposição.
Como já dizia Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra”, e uma voz
contrária, mas devidamente consciente dos seus deveres, é benéfica em qualquer
discussão de alto nível.
No entanto, apesar das disputas políticas, os
parlamentares devem ter seus interesses pautados em prol da coletividade. Cada
vereador é eleito de forma direta, pelo voto, sendo um representante da
população, e não do executivo. A subserviência total ao governo é prejudicial em
todos os sentidos. O ideal é que todos, Legislativo e Executivo, possam
trabalhar juntos para atingir um único objetivo: cada um em sua função buscar o
bem comum em prol da sociedade. Será que isso é possível?
Outro agravante: raramente os vereadores são
cobrados em suas bases. Aí a culpa é do eleitor, que não procura saber dos
projetos do seu vereador, muito menos faz alguma reivindicação a este.
Limita-se apenas a sugá-lo, como se cobrasse o seu voto. É uma ciranda de
interesses que parece não ter fim.
É claro que há exceções, mas convenhamos, são
poucas em um universo tão grande de “eleitos” e “eleitores”. É nosso dever e
obrigação cobrar do Poder Legislativo municipal o que o vereador tem como
função primordial: REPRESENTAR OS INTERESSES DA POPULAÇÃO PERANTE O PODER
PÚBLICO. Pelo menos deveria ser o objetivo principal de uma pessoa escolhida
como representante do povo. VAMOS FICAR ATENTOS!
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