De acordo com dados da
Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB), mais de 12 milhões de
brasileiros convivem com o diabetes. Podemos dizer que o número é bastante
expressivo e preocupante. A doença, principalmente quando não tratada de forma
adequada, pode causar doenças secundárias sérias, e até a perda da visão.
Para minimizar a
cegueira por diabetes, um grupo de pesquisadores das faculdades de Ciências
Médicas (FCM) e da Unicamp, desenvolveu um colírio especial.
O medicamento atua no combate à degeneração gradativa da visão das pessoas
portadoras do diabetes, a chamada retinopatia
diabética.
O colírio que previne a
retinopatia diabética é o resultado de uma pesquisa que permanece por mais de
20 anos. Na verdade, esse foi o tempo que os cientistas levaram para conhecer a
fundo o mecanismo de ataque das células nervosas e de irrigação sanguínea na
região ocular.
As
complicações do diabetes
O diabetes pode levar a
complicações na retina em 40% dos casos. Os sistemas nervoso e vascular da
retina passam a ter alterações progressivas que podem levar a cegueira. Isso
ocorre muitas vezes, justamente no momento em que a pessoa está em idade ativa.
A
boa notícia tarda, mas não falha!
O tratamento para a
retinopatia diabética era realizado de forma invasiva, como a cirurgia, a
fotocoagulação com laser e até injeções intravítreas até então. A criação do
colírio significa uma inovação e revolução na cura da cegueira por diabetes. Os
pesquisadores da Unicamp acreditam que, com a chegada do colírio, os
tratamentos para outras doenças da visão, como o glaucoma, também possam ser
beneficiados.
Cegueira
por diabetes: a cura em gotas
Após muitos testes na
Unicamp, a eficácia do colírio foi comprovada. Nos testes iniciais, não foram
observados efeitos colaterais e o sistema nervoso da retina foi protegido
corretamente. Porém, antes de chegar às farmácias, o medicamento precisa passar
pela fase clínica de testes, utilizando seres humanos. Isso só deve acontecer
quando houver interesse por parte das empresas farmacêuticas em realizar o
licenciamento da tecnologia junto a Inova Unicamp, agência de inovação da
universidade.
Tudo foi financiado
pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), vinculada
ao Ministério de Educação.
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Fonte: terra.com.br
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