Para as novas gerações, é difícil entender quem foi exatamente Maria Esther Bueno. Mas para quem estiver interessado em ter uma ideia do que ela representou para o esporte brasileiro, basta imaginar um Guga de saias. Ela foi eleita em 2000 a maior jogadora latino-americana do século XX.
As reverências a essa paulista nascida
em 11 de outubro de 1939 não param por aí. Maria Esther está no Internacional Tennis Hall
of Fame, em Nova York, e, até poucos anos atrás rodou o mundo dando clínicas de
tênis.
Ela foi verdadeiramente o que hoje em
dia se chama de fenômeno. Aos 18 anos,
já ganhava o seu primeiro título internacional, o Orange Bowl, nos Estados Unidos.
No ano seguinte, antes de completar 20
anos, conquistava pela 1ª vez o Torneio de Wimbledon.
Daí pra frente a sua carreira deslanchou
de forma espetacular. Durante 10 anos, esteve entre as dez primeiras colocada do ranking mundial. Seu último título foi num torneio em Tóquio, em 1974, quando
já tinha 35 anos.
Ao contrário de Guga, Maria Esther era especialista em quadras rápidas, o que não impediu que ela conquistasse vários títulos no saibro. O cartaz da tenista na década de 60 era tão grande que até um selo comemorativo foi lançado em sua homenagem. Ela foi um símbolo de uma época em que o Brasil estava na moda: campeão mundial no futebol, no basquete e a nossa música popular também atravessava fronteiras com a bossa nova. Nas quadras de tênis, Maria Esther escreveu o seu nome entre os mitos do esporte mundial.
A brasileira era uma máquina de vencer. O seu retrospecto em Grand Slams impressiona: Em Wimbledon, além dos títulos individuais de 1959, 1960 e 1964, venceu também nas duplas em 1958, 1960, 1963 e 1965. Do US Open foi tetracampeã individual (1959, 1963, 1964 e 1966) e em duplas (1960, 1962, 1966 e 1968). Conquistou também em duplas um Aberto da Austrália e um Rolan Garros. Em duplas mistas venceu outro Roland Garros. O Torneio de Forest Hill, nos Estados Unidos, ela venceu nada menos do que sete vezes. Foi a número 1 do mundo em 1959, 1960, 1964 e 1966.
No total, em 15 anos de carreira, foram
571 títulos. Maria Esther Bueno era mesmo fenomenal.
Aos 78 anos, a lendária e única morreu vítima de um câncer, na capital paulista, em 08 de junho de 2018.
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